Era Só Uma Aposta

Capítulo 7

- Olá filhas. Ficamos surpresos quando nos disseste que vinhas com a Frederica, Carolina.
- Bem tive de vir por causa de um assunto. Onde é que anda a Paloma?
- Está em casa de uma amiga.
- Pai, mãe nós precisamos de falar.
- Eu vou abrir a porta.
- Boa Tarde.
- Boa Tarde, entrem.
- Quem são estes senhores Carolina.
- Isso vai ter de ser a Frederica a explicar.
- Pai, mãe estes são os pais do Carlos e este é o Carlos. Eu pedi-lhes que viessem porque tenho uma coisa para contar.
- Diz logo Frederica, porque me fizeste vir aqui?
Olhar para o Carlos dava-me nojo e repugnância. Eu ainda não queria acreditar no que ele tinha feito. Fazer uma aposta e humilhar-me em frente de toda a escola é de uma mente doentia.
- Eu... Eu estou grávida.
- O quê?
- Como?
- Eu não acredito. Eu não vou ser pai.
- Cala-te Carlos, fizeste a asneira agora vais ter de arcar com as consequências.
- Mas mãe...
- A tua mãe está certa, filho.
- Eu não quero, eu tenho 17 anos.
- Tivesses pensado nisso antes.
Os meus pais não diziam nada e isso era o que mais me assustava.
- Filha...
- Eu sei...
- Agora já não há volta a dar. Nós vamos apoiar-te no que pudermos.
- Obrigada mãe.
- Vocês agora vão ter de decidir o que querem fazer. Mas vão ter de casar.
- Eu vou para o meu quarto. Agora eu quero ficar sozinha.
- Os senhores ficam para jantar.
- Eu vou falar com a Frederica.

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- Posso?
- O que é que tu queres?
- Tu não o podes ter essa coisa.
- Esta coisa como tu dizes é um bebé e é teu filho.
- Eu não posso ter um filho, eu tenho 17 anos.
- Tivesses pensado nisso antes de fazeres o que fizeste.
- Eu não quero casar.
- Nem eu, mas a culpa é tua agora arca com as consequências.