Capítulo 48

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- Nada inspetora, não conseguimos nada com este telefonema. Só conseguimos ameaças.
- Tenha calma. Temos de ser pacientes. Quem quer que tenha a Grace vai queres algo em troca e é por aí que vamos apanha-lo(a).
- Calma? A minha filha está desaparecida à 2 dias e cada dia que passa é menos uma possibilidade de a encontrar. E está a pedir-me calma.
- Tal como a menina eu também tenho filhos e também sofreria assim, mas agora a Grace precisa da mãe forte.

[...]

O meu telemóvel toca tenho esperança de que sejam notícias da Grace. Mas não era a minha tia.

Ligação On

- Sim tia. Digo eu
- Olá Frederica. Ouço choro do lado da linha dela.
- Tia o que se passa, porque estás a chorar? 
- A Abigail.  Ela tentou matar-se. 
- O quê? Como? Eu vou já para o hospital.

Ligação Off

Chego ao hospital e a minha tia está lá com a minha mãe.

- O que é que se passou?
- Ela... Ela cortou o pulso até atingir uma veia. Agora está em coma. 
- Eu não acredito. A culpa é minha. Se eu não tivesse discutido com ela isto não estava a acontecer. As lágrimas começam a escorrer dos meus olhos e eu abraço a minha tia.
- A culpa é minha. É a única coisa que consigo dizer.

[...]

Os dias passam e nada das melhoras da Abigail e do desaparecimento da minha pequena. Cada dia que passa é menos uma esperança de encontrar a Grace. Recebi uma ligação e é outra vez daquele número.

Ligação On

- Olá! diz ela sarcástica.
- A minha filha?
- Ela está bem, para que eu te a devolva quero algo em troca.
- Dinheiro? Eu arranjo o dinheiro que for preciso.
- Não é dinheiro. Eu quero uma troca, o Carlos pela monstrinha.
- Tu és doida.
- É isso ou nada feito. Dentro de 2 horas volto a ligar para saber a resposta.

Ligação Off

Eu não posso fazer isto, mas é a vida da minha filha.

E aí leitores o que fariam, trocavam ou não?

Era Só Uma ApostaOnde histórias criam vida. Descubra agora