Capítulo 15

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- Infelizmente o número não está no sistema.
- Obrigada por procurar. Eu tenho a certeza de que estas mensagens não passam de uma simples forma de gozar comigo.

Quem quer que esteja a fazer isto só me quer assustar, por isso não lhe vou dar esse gosto.

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- Frederica, podemos então falar?
- Sim diretora. Eu ia ter de contar e ainda nem eu me tinha mentalizado do que estava a acontecer.
- A professora Camila disse que não foste à aula porque estavas indisposta.
- Sim... Eu... Eu não sei muito bem como dizer isto. Eu... estou grávida.
- Grávida!?
- Eu sei que eu sou demasiado jovem e que foi um erro, eu sei de tudo isso. Mas eu preciso de apoio não de julgamentos.
- Quem é o pai?
- O Carlos.
- Estás tramada. Desculpa, mas é a verdade.
- Eu sei. Nós vamos casar daqui a um tempo.
- Casar!?
- Sim, ideia dos nossos pais. Ideia essa que não me agrada.
- Eu não sei o que dizer.
- Eu só preciso de uma justificação perante as aulas de Educação Física.
- Estás dispensada. Vais ficar na biblioteca a fazer algo nessa hora de aula.
- Eu não quero que ninguém além dos professores saiba. Posso pedir que não conte a ninguém?
- Claro.
- Obrigada.
Por agora eu não queria que mais ninguém soubesse, não era por vergonha de ser mãe adolescente, mas sim por medo dos julgamentos dos outros. Se eu já era julgada por ter sido levada para a cama por uma aposta eu iria ser muito mais julgada quando se soubesse que eu tinha ficado grávida.

Era Só Uma ApostaOnde histórias criam vida. Descubra agora