Capítulo 56

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No dia seguinte eu, o Carlos e a Grace voltamos para casa e claro que a D. Grace ficou triste mas pronto.
Acordei e vesti a minha a princesa, hoje eu iria ao hospital visitar a Abigail e ver a minha tia. Nunca mais tive notícias desde que a tentativa de suicídio da Abigail, sinto que sê certa forma ela também me culpa, só não tem é coragem de o dizer, talvez porque no íntimo dela saiba que isso não vai alterar o que aconteceu. Mas eu preferia que ela gritasse comigo, me acusa-se de dar a filha um motivo para morrer, do que este silêncio ensurdecedor.
Eu fiz exatamente o que a minha mãe fez com a minha tia.

- Outra vez a pensar na Abigail? O Carlos entrou e eu nem sei conta de tão absorvida que estava nos meus pensamentos. 
- É muito difícil não pensar. Estava tudo tão bem e de um momento para o outro tudo desabou, o meu mundo ruiu. Primeiro as ameaças depois o rapto da Grace e por fim a Abigail.  Eu tenho medo de ir ao hospital, voltar a vê-la naquele estado saber que fui eu quem a colocou ali... é horrível.
- Hey, tu não a colocaste ali, não foste tu que lhe cortaste o pulso, foi ela, tu não tens culpa. Estavas desesperada e precisavas de um culpado e tentaste encontrar um da maneira mais fácil. Mas foi a Abigail que decidiu, não tu.
- Talvez... Eu vou embora. Até já.    

[...]
Chego ao hospital e a primeira pessoa que vejo é a minha tia, ela está parada no corredor com um copo de café na mão, tinha uma olheiras horríveis como se não dormisse à semanas.

- Tia...
- Olá! Soube que já tinhas voltado para casa e que estavas bem.
- Sim. Como é que ela está?
- Na mesma, não reage não dá sinal de vida. Nada! Começo a perder a esperança.
- Tia, eu peço desculpa. Eu não devia ter dito o que disse à Abigail, eu estava desesperada... e agi por impulso.
- Não tens de pedir desculpa talvez eu no teu lugar reagi-se da mesma maneira. Eu é que devia ter estado mais atenta, ela estava a sofrer e eu simplesmente nem reparei. Que tipo de mãe é que faz isso?
- A tia foi uma boa mãe, eu é que não a devia ter acusado da culpa do desaparecimento da Grace...
- Todos nós erramos alguma vez na vida.
- Eu queria vê-la, posso?
- Claro.

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