Chegamos ao hospital, a Frederica teve de ser operada eu estou em pânico, ela perdeu demasiado sangue e se ela não sobreviver, o que é que faço? A culpa é toda minha se eu não tivesse sido um garoto mimado na altura ela agora poderia estar em casa comigo e com a Grace.
[...]
- Doutora a pressão dela está a baixar, vamos perdê-la.
- Não, não vamos. Não no meu turno. Vamos reanimar, desfibrilhador.
- Aqui!
- 1,2,3, afastar! Vamos lá Frederica não desista agora, pense no seu marido e na sua filha eles precisam de si.
- Doutora!
- Eu já sei. 1,2,3, afastar! Vamos aumentar.
- 300
- 1,2,3, afastar. Conseguimos! Vamos estancar a hemorragia, acabar e avisar a família.[...]
Vejo a médica vir na minha direção, o meu coração acelera. Tenho medo do que ela possa dizer, e se acabar tudo? E se ela não resistiu? Eu mato a Júlia se isso acontecer.
- Então doutora?
- Infelizmente as notícias não são as melhores. Tivemos complicações na cirurgia, mas conseguimos trazê-la de volta, no entanto ela está em coma.
- NÃO, ISSO É MENTIRA. Choro desesperado e agarro-me à médica na esperança de que ela diga que é tudo mentira e que a Frederica está bem.
- Eu lamento. Mas ainda há esperança. O coma não significa a morte.
- Mas ela pode nunca mais acordar, o que é que eu faço se isso acontecer?
- Eu acredito na força dela acredito que vai recuperar e que muito em breve estará em casa.
- Eu... eu posso vê-la?
- Lamento, mas não. Talvez amanhã, as horas pós-cirurgia são as mais decisivas. Vá para casa e descanse.
- Ela vai completar 18 anos daqui a um mês. No dia do nascimento da Grace ela estava tão feliz, uma felicidade que eu nunca lhe tinha visto. Ela não pode morrer agora. Nós lutamos bastante para chegar até aqui.
- Eu compreendo, mas vá para casa. Qualquer alteração nós comunicamos.
- Está bem.Eu fui para casa dos meus pais que estavam com a Grace e vou dormir lá. Aquela casa sem a Frederica não faz o mínimo sentido. E além do mais eu preciso de ajuda para cuidar da Grace, porque sozinho não consigo.
- Pai, a Grace?
- Está com a tua mãe no quarto. Como é que está a Frederica?
- Ouve complicações na cirurgia e ela está em coma. Pai o que faço se ela não sobreviver ou não acordar? Digo e choro.
- Tem calma. Vais ver que tudo vai ficar bem. Vamos ver a Grace e a tua mãe.
Quando chegamos ao quarto a minha mãe e a Grace já estavam a dormir achei lindo o momento.
- Parece que hoje vou dormir no quarto de hóspedes.
- Parece que sim.
Fui para o meu quarto a pensar em tudo. Como é que as coisas vão ser daqui para a frente? O que vou dizer à minha filha se a mãe não sobreviver? Com tantas perguntas acabei por adormecer.
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Era Só Uma Aposta
Teen FictionFrederica, uma adolescente de 17 anos, nerd, doce, linda e muito reservada apaixona-se pelo rapaz mais popular da escola, Carlos. Ele é exatamente o seu oposto, um rapaz vulgar e grosseiro. Digamos que é um conjunto do rapaz certo e errado. Um dia...