Acidente do Amor

5-Como Assim?

Leonardo Martins

-Pai, eu tive uma alucinação? -Perguntei ao me sentir bem, depois de ter desmaiado.

-Não filho, o que você viu, não era uma alucinação !

-Então, ela realmente ...-Um funcionário apareceu, nós atrapalhando.

-Desculpa interrompe, mas, a paciente, quer fala com um cara da voz! -Falou o enfermeiro.

-Ãn ? Do que ela tá falando? -Perguntei, confuso.

-Eu vou ir vê-la, e tenho uma notícia, ela perdeu totalmente a memória, e tem outra coisa ...-Antes que meu pai falasse, eu decidi falar.

-Vou ir vê-la, agora!-Falei me levantando da cama, de algum dos quartos .

-Você não pode vê ela agora!-O enfermeiro metido a besta, tentou me impedir.

-Olha aqui seu imprestável, eu sou o filho do dono, eu posso tudo!-Falei saindo de lá, e indo de encontro a ela.

-Deixe ele ir!-Ouvi meu pai resmungar, assim que eu me afastei deles.

Eu não estou acreditando, o que está acontecendo, é um milagre.

Mas, o que será agora ? Ela não lembra de nada.

O importante é que a Sophia, finalmente acordou.

Eu estou tão ansioso, nervoso e feliz, muito feliz, como nunca tinha ficado, depois que tudo aconteceu.

Minha vontade era sair gritando ao mundo, que ela tinha acordado de tão feliz, que eu estou.

-Posso entrar? -Perguntei abrindo a porta, e enfiando a minha cabeça, para olha-lá.

-Você! -Ela olhou-me, e sorriu.

Como assim "Você" , como ela lembra de mim, se ela nem me conhece?

Entrei no quarto, e fechei a porta, ainda sem entender, por que ela falou isso.

-Você me conhece? -Perguntei, assustado.

-Não exatamente, eu não lembro de absolutamente nada, mas da sua voz sim!-Ela me olhou, com serenidade.

-Dá minha voz? -Aquilo não dava pra entender, minha mente tava bugando.

-Sim, no tempo que eu estava passeando por vários lugares, eu ouvia sua voz, eu tentava voltar, mas eu não conseguia, porém, a cada dia que me contava as coisas, eu chegava mas próximo da sua voz!-Ela tinha um brilho em seu olhar.

Aquelas coisas que ela falava, não fazia o mínimo de sentido, mas eu terei que conversar depois sobre isso, com meu pai.

Os olhos dela são azul, pelo que eu percebi eles ficam esverdeado.

Sua boca não era mais branca, e sim rosada, sua pele estava com um pouco a mais de cor do que antes, e seus cabelos, estavam brilhantes.

-O que foi?-Ela perguntou, sua voz é doce, e as vezes um pouco rouca, mas um rouco fofo.

-Nada!-Falei, e parei de encará ela.