Vampira: O começo #Wattys2017

10. Pedido

Descemos do carro e antes que eu pudesse me afastar ele me puxou pelo braço.

- Eu sei que é proibido mas não estou aguentando mais. - disse e então me deu um beijo demorado e profundo.

- Você é louco - falei assim que ele me soltou.

- Por você - falou com um sorriso malvado - estou ficando mesmo, louco por você... Qual é a droga de perfume que você usa? Ou não é o perfume? Estou ficando viciado, viciado em tudo que é seu - se aproximou de mim e falou em meu ouvido - até nesse seu jeito de me ignorar e fingir que não gosta de mim. Porque eu acho que gosta ou pelo menos espero que goste.

- Você as vezes exagera, mas esta conseguindo me conquistar - abracei ele e disse em seu ouvido. - seu bobo ou melhor, meu bobo.

Ele me deu outro beijo na boca e terminou com um no pescoço que me fez arrepiar.

- Vai lá para casa hoje? Compro uma pizza e a gente assiste algum filminho. - falou sorrindo.

- Eu vou, qual o filme? - falei.

- 2019 é bem legal, vampiros voltando a ser humanos por causa do sol... O sol queimando vampiros...

- Pode ser - falei dando um selinho - mas agora vamos para a sala.

Na hora do intervalo eu e Philipe sentamos com nossos únicos amigos.

- Eu vi aquilo no estacionamento - disse Gaspar.

- E ele me contou - falou Linda - que vocês estavam se beijando no estacionamento, estão namorando mesmo? Ou só ficando?

- Estamos nos conhecendo - disse Philipe me abraçando e beijando meu rosto - e gostando muito disso.

- Assumam logo, é tão ruim não assumir - disse Gaspar - lembro quando eu e Linda somente ficávamos daí os caras davam em cima e eu não podia falar nada e se ela ficasse com eles eu nem podia reclamar porque a gente estava solteiro.

-Mas eu não ficava com ninguém - concluiu Linda - mas concordo que era ruim, aquelas suas "amiguinhas" te cantando o tempo todo. Era meio complicado para mim fingir que não ligava.

- Ainda bem que Angel não vive cercada de amigos. - disse Philipe com um tom alegre - eu não sei fingir nada, ia bancar o ciumento mesmo.

- É só pedir que resolve o problema. - disse Raquel.

- Vamos para a sala - disse levantando, já estava ficando irritada - já estamos atrasados.

O restante da aula seguiu normalmente.
Quando o sinal tocou me coloquei na direção do estacionamento da faculdade e percebi um carro parado perto do carro de Philipe, era ele, era o mesmo carro que havia bloqueado a minha saída no primeiro dia de aula, mas o carro estava vazio. Me aproximei da Lamborghini de Philipe e sentei em seu capô para ficar esperando por ele.
Pouco tempo depois ouvi soar o bip do alarme e alguém abriu a porta do carro, mas não era ele, não era o homem lindo que havia visto aquele dia, era uma garota, provavelmente a mesma que ele havia buscado naquele dia.

- Oi meu bem, vamos? - disse Philipe chamando minha atenção com um selinho.

- Vamos sim - disse olhando para ele - você tem que parar de fazer isso!

- Isso? O quê? - perguntou-me.

- Ficar me beijando na universidade na frente das pessoas, sabe que é proibido qualquer cena de "romance". - disse.

- Vamos falar disso no caminho pode ser? - falou me encarando.
- Espero que tenha me entendido - disse por fim.

No caminho para casa ele estava muito serio.

- Você vai lá em casa hoje? - disse Philipe.

- Não sei, parece que você está bravo - disse.

- Não estou bravo, estou magoado.- ele me disse - mas quero que vá, precisamos conversar e decidir tudo isso logo.

- Tudo isso? - disse curiosa.

- Vá e descubra - disse-me ele parando na frente de casa e me dando um beijo da bochecha - tchau.

Desci do carro e corri em direção a casa, estava com pressa, tinha que me arrumar logo e sair antes que meu pai chegasse.
Fui para o banheiro, tomei um banho demorado, vesti uma roupa qualquer e sai de casa.
Toquei a campainha um pouco ansiosa e antes que eu tocasse pela segundo vez ele já estava abrindo o portão.

- Entre - disse-me.

A casa dele era encantadora. Nas paredes do muro haviam vasos de rosas vermelhas e pretas, a casa era branca com bege, as portas eram enormes e de madeira artística, ao entrar pela porta observei dois sofás de couro preto, uma televisao enorme, sinceramente eu não sei aonde ele encontrou ela para comprar. Os móveis eram quase todos pretos, sendo uma decoração realmente linda.

- Vamos para o quarto? - ele me perguntou.

- Você me chamou para conversar, não é mesmo? - perguntei assustada.

- Boba, não irei fazer nada, é para conversar mesmo, lá em cima é melhor. - disse zombando de mim.

- OK, então vamos! - falei.
Subi uma escada enorme. Passei por um corredor com vários diplomas.

- São da minha família - falou ao perceber que eu estava olhando - meu pai acha obrigatório termos copias dos diplomas de todos em nossas casas.

- Interessante, quase todos formados em áreas Químicas e Científicas. - falei.

Ele fez que som com a cabeça.
Entramos no quarto. "Uau" disse em pensamento. Era extremamente deslumbrante, uma cama preta com cabeceira almofadada branca, uma parede coberta de espelho, muitas almofadas, uma televisão enorme, carpetes felpudos no chão, e duas portas que imaginei ser o banheiro e o closet.

- Sente ou deite aí na minha cama. - disse Philipe - pois irei começar e demorarei terminar o que tenho para falar.

Sentei na beirada da cama encarando-o. De repente ele se sentou ao meu lado e me colocou deitada em seu colo, dando-me logo em seguida um beijo na boca.

- Como eu já havia dito, estou apaixonado por você, sou muito ciumento, mas apesar de você não ser de muitos amigos tenho medo que possa te perder. - Começou a falar olhando em meus olhos - não quero que pense que só vou fazer isso por causa da pressão que colocaram hoje, pois não sou assim, eu já iria pedir muito antes independente do que eles achassem e outra não sou de assumir nada sem realmente gostar da pessoa. E então Angel, sua garota viciante, você quer namorar comigo?

- Eu realmente estou surpresa - disse levantando - você não é como os outros, você faz coisas além do que esperamos, por exemplo aquele buquê sem necessidade, tipo obviamente eu adorei só que eu não espera você me dar aquilo do nada - continuei - quando você chegou na sala eu não esperava nem que você conversasse comigo, pois você é muito gato e pode ter a mulher que quiser, então por que justo eu? Quando você me beijou eu realmente fiquei aterrorizada, pois jamais esperaria que eu e você tivesse alguma chance. E agora com esse pedido, apesar de achar que você está louco eu aceito sim... Mas não se arrependa. - falei rindo da situação.

Ele me puxou e começamos a se beijar intensamente, foi quando ele parou.

- Já ia me esquecendo, isto é seu. - falou me dando uma caixinha, quando abri lá estava minha primeira e espero que única aliança de compromisso.