Vampira: O começo #Wattys2017

16. Isabela

Agora sem o espanto dos lobos me perseguindo percebi detalhadamente como a floresta era bonita,  com tantas diversidades de árvores. Seu cheiro era doce como rosas, apesar de ser uma vampira aquele cheiro era bom,  me trazia conforto.
Apesar de todo o sofrimento que tive nesses últimos tempos,  ter encontrado Daniel foi uma das melhores coisas que aconteceu comigo depois desse turbilhão de acontecimentos ruins.
Eu não sei se era verdadeiro,  apesar das histórias eu não acreditava muito em destino e nem em alma gêmea. Mas eu havia sentido sim algo diferente algo estranho que fez com que eu me sentisse completa.
Desde aquele primeiro dia que o vi,  eu já havia ficado confusa, eu já  planejava como o reencontrar. Ele era algo especial para mim,  no fundo desde o começo eu sentia que ele tinha que ser meu.

- Não está com fome? Vamos logo doninha - falou me dispertando dos meus pensamentos.

- Hã?  - eu o fitava.

- Caçar,  comer - disse-me sorrindo - o que estava pensando parece que ficou confusa,  sei lá. Você ficou estranha derrepente.

Me aproximei dele e o abracei beijando sua boca,  o puxei com intensidade para mim,  peguei em seu cabelo e deslizei meus dedos suavimente neles. Se fosse uma humana eu já estaria sem ar.
Separei nossos corpos.

- Por que você demorou tanto? - disse começando a chorar - eu perdi tudo,  matei meus pais,  perdi minha dignidade, me apaixonei por alguém que não devia e agora sou um monstro,  um monstro que pode te machucar a qualquer momento.

- Eu não demorei, eu sempre estive ali - falou e derrepente abaixou a cabeça - me perdoe por não ter evitado a morte de seus pais,  eu te segui até  em casa, mas minha irmã soltou um grito de socorro e eu vim salva-lá e não  estive lá quando você mais precisou. Me arrependo demais por isso.

- A culpa não foi sua - falei - Philipe me avisou,  mas eu não entendi.

- Você não sabe como fiquei louco  quando voltei  e não te encontrei. Pensei que iria te perder para sempre - disse me abraçando.

- Vamos brincar? - falei com olhar ameaçador - de matar.

Em poucos segundos eu já estava escondida atrás  de uma árvore  me preparando para atacar minha presa,  foi quando ouvi o uivo de um lobo,  parecia um uivo furioso.
"Não dá,  tenho que comer" - pensei.
Corri e ataquei o cordeiro. Me alimentei o mais rápido que pude e corri em direção ao lugar onde havia ouvido o uivo.
Chegando lá,  encontrei vários lobos e uma mulher muito linda  jogada ao chão, ela já estava sem vida.

- Foi ela - disse um homem apontando para mim. - ela que matou minha esposa.

"Eu?  Como assim? " - pensei.
O homem pulou na minha frente se transformando em lobo e veio em minha direção, foi quando Daniel surgiu em meio a floresta e interveio o ataque.
"Ela não teve culpa" - escutei como se ele estivesse falando,  mas não era ele, era um cara bem parecido com ele,  que estava murmurando para seu companheiro em meio a multidão.
Vi outros lobos preparando para vir em minha direção.
Eu queria defender Daniel,  mas queria ainda mais que ele não precisasse brigar com ninguém por mim.
"Vou embora, não vou ficar aonde não sou bem vinda." - pensei correndo em outra direção.
Eu corria e chorava, parecia que meu amor havia visto minha partida e decidido me segui, ele e o restante da matilha.
Corri ainda mais rápido,  pois apesar deles serem lobisomens não havia nada que corresse mais rápido que eu.
Pulei em um grande lago que havia no final do caminho para despistar meu cheiro de Daniel. Saindo do outro lado continuei há correr.  Foi quando dei de cara com uma cabana.
"Vixi, humanos,  ainda bem que estou bem alimentada " - pensei.

- Quem é  você? - disse alguém atrás de mim - não parece do clã  de Daniely.

- Sou Angel,  não pertenço ao mundo dos lobos. - disse me virando e deparando com uma garota loira, de estrema beleza.

- Então como atravessou esse lago,  é  quase impossível um humano fazer essa travessura. - falou me encarando - A não  ser que seje vampira.

- Como sabe que existimos?  - perguntei.

- Sou uma,  descendente. - falou-me - quase uma aberração.  Sou filha de vampiro com humana. Só existem três  espécies nossa. Um no Brasil, uma em Forks e eu.  Esta fugindo de algo?

- Bem,  eu estou tentando me esconder - disse - parece que os lobos não gostão muito de vampiros - menti.

- Eles estranhão vampiros novos,  principalmente se estes se alimentarem de pessoas - disse a garota - sou Isabela,  ou Bela,  quer entrar? Aqui dentro eles não sentirão seu cheiro.

- Obrigada,  mas acho melhor não - falei.

Escutei o barulho da porta abrindo.

- Uai,  o que está fazendo aqui- disse Daniely quando saiu para fora da cabana - Bela essa é  Angel minha cunhada.

- Então Daniel resolveu me trocar - disse Bela, olhando para mim com cara de nojo.

- Como assim? - perguntei.

- Não ligue para ela,  só esta brincando. - disse Dani - agora venha aqui e diga-me o que aconteceu.

Corri até  ela e a abracei,  voltando a chorar.

- Sabe Dani,  eu e o Dan estávamos caçando, mas alguém foi assassinado e eles estão atrás de mim. Eu não queria trazer problemas para seu irmão,  então acho melhor eu ir embora - falei.

- Você não pode,  você o mataria - disse Dani - e se não conseguir viver na comunidade ele vai embora com você.

- Não,  eu não quero que ele se afaste da família,  eu posso matá-lo a qualquer momento.  Vou me afastar,  essa é  a melhor solução, diga que eu o amo - disse beijando a testa dela e voltando a fugir.

Corri desesperadamente adentrando florestas,  parando enfim depois de alguns minutos.
"Acho que agora ele não me alcança mais" - pensei.
Sentei em um tronco de árvore  caído  no chão, derrepente comecei a ouvir passos e exalei um cheiro que certamente era de um vampiro.
"Calma,  sou uma vampira, ele não pode me machucar." - pensei.
O barulho estava aumentando,  resolvi me levantar e fiquei em posição de defesa,  se acaso ele tentar me atacar eu o mato.
O cheiro estava se aproximando e eu estava ficando tensa.
"Será que é  Philipe?  Ele disse que sempre estaria por perto." - pensei.

- QUEM ESTÁ AÍ?- gritei.
Mas minha única resposta foi o eco.