11. Fantasia

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Já em casa, deitada em minha cama, eu estava perdida em pensamentos.
"O que ele viu em mim? Sinceramente eu não sei, mas espero que realmente dure, que realmente seja verdadeiro..."
"Hoje é sexta, então teremos um sábado e um domingo todo para ficarmos juntos, talvez essa era uma vantagem dele morar sozinho, poderemos aproveitar sem nenhum pai perturbando, porque se fosse nos ver aqui em casa minha mãe ia atormentar."
"No próximo final de semana ele ira oficializar para meus pais. AiAi vou ficar muito ansiosa."
Dormi e quando acordei minha mãe não estava em casa e meu pai como sempre já estava no hospital.
Peguei meu celular para olhar a hora e então percebi duas mensagens.

√Amor o que você está fazendo? Vamos ao shopping? - Philipe :)

√Vou passar para te pegar 8 horas, OK? - Philipe

Já eram 7:30 da manhã, levantei rapidamente e tomei um banho, vesti uma roupa mais sofisticada para a ocasião, depois comi alguma coisa. Olhei no relógio e já eram oito horas, corri para a porta e quando estava quase chegando no portão ouvi o barulho da campainha.

- Oi meu amor - disse Philipe quando abri o portão.

- Oi meu bem, eu estava com saudades! - disse.

- Sério? - perguntou-me Philipe.

Fiz que sim com a cabeça e então ele me puxou pelo braço e me beijou, era um beijo diferente dos outros, mais intenso, mais amoroso, mais carinhoso, talvez porque eu estava cada vez mais apaixonada.
Um amor recíproco, tudo o que eu havia sonhado, tudo o que eu sempre quis e enfim tudo se encaixou. Tudo o que eu havia procurado durante minha pré-adolescência agora estava aqui bem na minha frente, gostando de mim talvez até mais do que eu goste dele, se por acaso for possível.

- Vamos ao shopping? - falou me abraçando apertado.

- Lógico, mas o que você pretende fazer lá? - perguntei.

- Vamos comprar roupas para um baile a fantasia. - disse-me

-Haha, com qual você pretende ir? - disse curiosa.

- Vamos de casal, o que você comprar, eu também comprarei. - disse me encarando - não posso correr o risco de algum cara se aproximar pedindo para dançar porque você é o par perfeito para ele.

- Vai fingir que tem ciúmes de mim? - disse sorridente, mas sinceramente estava gostando e desejava que realmente ele tivesse - por que você teria ciúmes de mim? Não tem nexo isso.

- Não estou fingindo nada, realmente morro de ciúmes, lembra outro dia quando aquele menino da nossa turma de Química Molecular pediu para sentar em dupla com você que eu me meti na conversa e disse que você já tinha me chamado - disse-me com cara de ódio - minha vontade era arremessar ele contra a parede.

- Mas por quê? - insisti.

- Pelo simples fato que eu já estava gostando de você, por medo de te perder, por medo de outro se declarar primeiro e te tomar de mim, porque... porque você é tudo o que eu quero agora, tudo o que eu preciso e se for para viver em um mundo que você não seja só minha eu prefiro não viver. - disse com um olhar que me deu um nó na garganta.

"Não vou chorar, não vou chorar." - disse em pensamento.
Ele acariciou meu rosto e o puxou para mais perto do dele. Em um segundo nós estávamos cara a cara e ele olhava profundamente dentro dos meus olhos, foi quando ele me puxou e me deu um beijo apaixonado, um beijo leve e carinhoso, um beijo que demonstrou tudo o que ele sentia, uma sensação indescritível.

- Chega, vamos logo para dar tempo de assistir um filminho - disse me empurrando e abrindo a porta do carro. - entre.

Entrei rapidamente e em poucos segundos ele já estava do meu lado no carro. Acelou e em menos de una hora já estavamos estacionando no shopping.

- Prepare-se para a indecisão. - disse-me sorrindo.

- Ja estou. - falei.

Descemos, Philipe pegou em minha mão e entramos dignigos de um casal apaixonado.
Haviam vários lojas, lanchonetes, entre outros estabelecimentos dentro do shopping. Fantasy era o nome da loja em que entramos.

- Bom dia, que tipo de fantasias vocês gostariam de olhar?- disse a recepcionista.

- Que tipo amor? - perguntou-me Philipe.

- Heróis. - falei animada.

Duas horas depois eu já havia experimentado mais de 100 tipos diferentes de fantasias e ainda não tinha conseguido me decidir, pois Philipe não queria me ajudar e eu estava indecisa.

- Amor, faz assim você experimenta a fantasia de Batman e a de super homem - disse por fim - daí eu vejo qual fica melhor em você para eu poder escolher a minha...

Quando ele colocou a fantasia de Batman eu suspirei, ele estava lindo, afinal ele sempre está. Porém quando ele colocou a fantasia de super homem, eu não tive duvida, certamente teria que ser aquela, ele estava deslumbrante, a cor azul do uniforme combinava perfeitamente com seus olhos.

- Phe, vamos levar essa! Você vai de superman e eu de mulher maravilha. - disse ainda deslumbrada.

- Perfeito, será um casal lindo - disse a vendedora.

Confesso que eu estava um pouco enciumada, pois desde o momento que chegamos ela não tira o olho de Philipe, já elogiou seus olhos, seu perfume e ainda perguntou se ele malha. Sem contar que ela praticamente me ignora, pois tudo o que ela fala se refere a ele. Por fim ela ainda perguntou se eramos namorados e quando disse que sim, ela transpareceu um olhar decepcionado, soltando uma frase "mas você é tão novo, deveria aproveitar a vida". Eu quis mata-lá, mas preferi ignorar.

- O que vamos fazer agora? - ele me perguntou quando estávamos pegando as compras.

- Vamos para casa! - Exclamei.

- Sério? Nem um programinha à dois? - falou com um sorriso malicioso.

- Não, estou cansada - disse com um sorriso torto.

- OK. - confirmou-me.

No caminho para cada fomos em silêncio, e então me surpreendi quando ele abriu p portão e entrou em sua casa sem me deixar descer em minha casa.

- UAI? O que ouve? - disse assustada.

- Venha, sente no sofá, vamos conversar - disse abrindo a porta.

Entrei atrás dele sem questionar e sentei no sofá, ele sentou logo em seguida.

- Por que você esta assim? - perguntou-me.

- Por nada - disse tentando esconder.

- Apesar que eu sei o que é, queria ouvir da sua boca - disse com um sorriso angelical.

-  É isso mesmo. - disse abaixando a cabeça.

Ele sentou nais perto de mim e me deitou em seu como, me deu um beijo na boca me abraçando apertado.

-Não adianta eu pedir para você não ter ciúme, porque é impossível não ter.- falou - mas eu quero você se sinta segura.

-Como? -perguntei.

- Assim - me abraçou e me beijou intensamente, puxou o meu cabelo para trás beijando meu queixo e descendo pelo pescoço me fazendo arrepiar - Eu só quero você, entenda, o que eu preciso eu achei e se eu escolhi você é porque vai ser só você... EU TE AMO ANGEL.

"Ham? O quê? Nesse momento me correu um frio na espinha, pela primeira vez alguém além de minha família tinha falado que me amava. O puxei e olhei dentro de seus olhos."

- Eu Também - e então o beijei ainda mais intensamente.

"Trim trim trim"
Era meu celular.

- Alô, mãe? - disse ao telefone.

- Vem para casa agora. - disse minha mãe em um tom super bravo e desligou.

- Tenho que ir - disse para Philipe - conversamos por whats - conclui saindo pela porta.

Vampira: O começo #Wattys2017Onde histórias criam vida. Descubra agora