Sabe aquela sensação que temos quando estamos prestes a perder alguém? Tentamos relembrar dos melhores momentos com aquela pessoa... O que nos proporciona uma alegria imensa, ou ao menos deveria. A tristeza toma conta do nosso ser como uma forte invasora, que, muitas vezes, não podemos combater. É uma batalha crucial, sem segunda chance e sem lugar para os fracos.
É quando o coração bate cada vez mais acelerado e desejamos que essas batidas sejam doadas para aquele ente querido que estamos perdendo.
Regina realmente não sabia o que fazer. Emma estava, sem dúvidas, morrendo. Se ela não fizesse nada, não haveria saída. Ela continuava contorcendo-se, e seus olhos começaram a arregalar-se.
Aquela convulsão tinha de parar! Podia-se perceber sangue escorrendo de seu nariz. Era bem possível que Emma tivesse hemorragia interna. Regina tinha duas opções: agir contra o mundo e todos, levando Emma para a clínica, ou realizando algum procedimento de risco em seu laboratório. Em ambos os casos, elas poderiam ser visto. Era tudo ou nada, 8 ou 80.
Primeiramente, ela precisava fazer com que a convulsão parasse. Ela deitou Emma de lado, abraçando-a. Ela acariciava Emma, e suas lágrimas escorriam sobre o fraco corpo da loira. A letra de uma música veio à cabeça de Regina, e ela começou a cantá-la com uma voz suave e límpida.
"Você pode me dizer todos os seus pensamentos
sobre as estrelas que enchem os céus poluídos
e me mostrar para onde você corre
quando ninguém sobra para tomar o seu lado.
Mas não me diga onde termina a estrada
porque eu simplesmente não quero saber,
não, eu não quero saber.
Não me diga se estou morrendo.
Não me diga se estou morrendo"
Aos poucos, os tremores foram parando e Regina fechava os olhos, acalmando Emma.
–Aí está, passou.- falava ela, chorando.
–Eu não vou a lugar nenhum, Regina.- sussurrou Emma, com uma voz fraca, e continuou cantando a mesma música que Regina cantava para ela:
"Você acredita no dia em que você nasceu?
Diga-me você acredita?
Você sabe que todo dia é o primeiro do resto da sua vida.
Quero sentir, toda a química no interior.
Quero sentir só para saber que estou vivo."
Regina a olhava com aquele sorriso que só Emma reconhecia. Olhar de felicidade, da mais pura de todas.
–Aqui, deixe-me limpar o seu nariz...- disse Regina, com uma voz aliviada. As convulsões precisam passam involuntariamente quando acontecem, e tudo que se pode fazer é esperar. Aqueles segundos foram alguns dos mais desesperadores da sua vida. -Nunca mais me pregue um susto desses, Srta. Swan, nem pense nisso!- abraçando-a.
–Sabe o que é mais engraçado, Emma? Eu vivi todos esses anos infeliz. Agora, eu pareço ter uma chance de felicidade, mas parece que ela escorre pelos meus dedos sem que eu possa segurá-la. Acho que não mereço um final feliz depois de todas as coisas que eu fiz. As pessoas acham que eu sou um monstro...
–Regina, olhe para mim. O que você viveu nesses anos passados ou o que as pessoas pensam de você não importa. Só quem pode definir quem você é, é você mesma. Esquece de todas as coisas ruins e, principalmente, perdoe a si mesma. Deixe o passado para trás! E eu garanto, eu vou te apoiar para o que der e vier daqui para frente.- dizia Emma, passando as mãos desde as costas até os ombros de Regina.
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No Amor e na Guerra
Ficción históricaEmma Swan e Regina Mills são duas mulheres que veem o seu futuro predestinado diante dos seus olhos. Depois de perderem os seus primeiros amores, a jovem judia exilada na Inglaterra e a médica alemã decidem traçar o seu próprio destino. As duas nunc...