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~ toque do despertador ~ 


– Droga... – Resmunguei, abrindo um dos olhos e olhando para o despertador. – Já acordei.

Percebi que ainda estava com a roupa da festa a fantasia que ocorreu na noite passada. Para complementar, ainda tinha uma abóbora de Halloween do meu lado.

Então, com bastante dificuldade e com uma dor de cabeça absurda, levantei da cama cambaleando e me apoiando na parede, assim foi a difícil trajetória para retirar a roupa.

Como eu entrei nessa roupa?

Assim que consegui retirar o apertado vestido, talvez pelos muitos salgadinhos que comi durante a festa, fui direto para o banho. 

. . .

Vestida e com a dor de cabeça amena, peguei meu celular que estava em cima da cama e desci para o primeiro andar. Assim, logo após descer as escadas senti-lo vibrar. 

Era Júlia, minha melhor amiga. 

Oi Bia, gostou da festa?  – Questionou, em um tom rouco.  

– O que você acha? – Ri – Eu me diverti bastante, mas acho que comi demais. 

Todas nós! – Retribuiu a risada – Já processou toda a comida de ontem? Eu estou faminta! 

– Nem me diga, nem parece que comi tanto – Respondi

– Ótimo, estou passando ai para te buscar, vamos na lanchonete do centro.

~ Fim da ligação ~

Sentei no sofá para então esperar a Júlia que não demoraria tanto, já que ela mora a dois quarteirões.

~ celular tocando ~

– Ué, ela desistiu? – Perguntei sem olhar para o visor. – Desconhecido?

– Alô? 

Bia?

Essa voz não me parece estranha. – Sim sou eu, quem fala? 

– Que bom ouvir sua voz. Te farei uma visita, assim podemos conversar melhor. Aqui o sinal é muito ruim, estou na estrada, nos falamos depois.

~ Fim da ligação ~

Até achei que poderia ser um bandido, um maníaco ou aqueles caça talentos de TV. Mas eu conheço aquela voz. É marcante, rouca, forte.

Depois de aproximadamente dez minutos, meu pensamento foi interrompido pela buzina do carro de Júlia. Apenas coloquei meu celular no bolso e sai.

Amizade ColoridaOnde histórias criam vida. Descubra agora