Blank Space [Projeto 1989]

Capitulo 6

Logico que no café da manhã meu pai ficou me enchendo o saco pela hora que cheguei, mas nem era tão tarde, eram umas duas horas da manha. Ele deveria ficar feliz que eu não dormi na casa do Alex, ele me fez o convite e eu recusei, somos amigos, nos divertimos juntos, mas nunca dormimos juntos, isso é algo muito mais intimo do que fazemos, não queria misturar as coisas.

—Então, Judith, aconteceu alguma coisa entre você e o Vinícius? — Perguntei assim que ela saiu da sala do meu pai.

—Não, Cris. Ele ficou me fazendo companhia enquanto você "conversava" com o irmão dele.

—Vocês também deveria ter esse tipo de conversa, é muito empolgante.

—Não, obrigada. Mas eu não sabia que vocês eram namorados.

—Alex não é meu namorado.—Fiz uma careta.

—Não?!

—Não, ele é um bom amigo e quando queremos nos divertir ficamos juntos.

—Sexo sem compromisso?

—Isso mesmo, sexo sem compromisso.

—Você não fica com medo de se apaixonar por ele?

Virei pro lado, não queria tocar no assunto amor.

—Não, por que ele sabe que não sou uma garota que se apaixona fácil e eu não me apaixonaria por ele, somos amigos acima de tudo.

—Se você diz.

Ela começou a mexer no computador e eu fiquei perdida em meus pensamentos.

Nunca mais queria me apaixonar na vida, quando isso aconteceu só me trouxe dor e sofrimento, não queria ser iludida novamente.

—Senhorita Cristina, na minha sala. Agora.

E pra melhorar ainda mais o meu dia. Meu delicioso chefe acabou de chegar.

Pera, eu pensei delicioso?

Sacudi a cabeça para afastar esses pensamentos e segui pra sala do idiota.

—Meus compromisso, quais são?— Ele perguntou sem olhar pra mim.

Reprimi um palavrão e passei toda a agenda de hoje, que vamos confessar não estava nem um pouco vazia, só hoje ele tinha varias reuniões, e um jantar com com um outro senador que ate esqueci o nome.

Estava preste a sair da sala quando sua voz me parou.

—Você irá me acompanhar no jantar hoje a noite.

—O que? —Virei-me encarando-o.

—Você é minha secretaria, Cristina, tem que me acompanhar em todas as reuniões e tomar nota de tudo e depois fazer um relatório.

—Não quero ir a esse jantar.

—Não perguntei se queria ir, senhorita Cristina, estou apenas lhe informando que a senhorita irá nesse jantar. Queira ou não.

Babaca arrogante, pretensioso, idiota, filho da mãe.

Se ele acha que vai ficar com a ultima palavra está muito enganado. Ninguém manda em Cristina Medeiros.

Não falei nada, quando sai bati a porta com força.

—Vocês dois nunca vão se dar bem, né?

—Não, Judith. Nunca vou gostar daquele idiota.

Ela balançou a cabeça e continuou seu trabalho.

Respirei fundo tentando me acalmar. Sinceramente, aquele homem me tirava do serio.