Capítulo 16

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Eu estava de queixo caído com a reação daquelas crianças, e mais ainda quando Carlos abraçou cada uma delas.

—Calma crianças! — Marta disse batendo palmas. — O Edu vai falar com todo mundo!

Então ele realmente fez isso.

Conversou com todas as crianças que estavam naquela sala.

Dava atenção, ria.

O som da risada dele era incrível!

—Ele tem um talento com as crianças que é maravilhoso, não é? —Marta perguntou ficando ao meu lado.

—Eu nunca imaginei que veria isso.— Falei olhando ele brincar com um garoto de dois anos.

— As crianças amam ele, faz muito bem pra elas que ele venha brincar com elas.

Fiquei calada.

Nunca imaginaria isso vindo dele.

Ao observar as crianças correndo de um lado para o outro, brincando e rindo, lagrimas vieram aos meus olhos, por que pensei em minha filha.

—Não chore querida!— Marta me olhou.

—Não é isso. É que me lembrei de alguém ao ver essas crianças, principalmente esses bebês. É muito triste saber que os pais delas não as aceitaram.

—Isso é realmente muito triste, mas fazemos o nosso melhor para que essas crianças se sintam amadas.

Olhei novamente para Carlos e o vi conversando com duas adolescentes, as duas olhavam com cara de apaixonadas para ele.

—Digamos que o Edu tenha um charme com as mulheres. — Marta comentou ao notar pra onde eu olhava.

—Elas não tem culpa por acharem ele bonito.

—Realmente não tem, mas confio plenamente nele, sei que essas crianças são quase filhos para ele, ele nunca...

—Eu sei, Marta, mas ele tem culpa sim, não deveria ser tão bonito.

—Você como namorada dele deve odiar as outras mulheres em cima dele.

—Não gosto nem de pensar nessa possibilidade — Não disse a verdade a ela.

Gostava quando os outros pensavam que éramos namorados, mesmo não sendo verdade.

—Acho que você vai adorar conhecer uma menininha que está no quarto. Edu veio aqui hoje por causa dela, mas acho que não vai ser liberado tão cedo. Quer vir?

—Claro.

Acompanhei Marta até o andar de cima, entramos em um quarto todo decorado com imagens de princesas.

Então eu vi uma garotinha linda deitada na cama.

—Ariela? Eu trouxe uma visita pra você!

A menina me olhou e eu me apaixonei por ela na hora.

Ela tinha olhos verdes, cabelos loirinhos e cacheados nas pontas.

Parecia um anjinho.

—Oi Ariela, tudo bem?

Ela se sentou na cama e abraçou um ursinho de pelúcia.

—Oi.— Ela disse baixinho.

—Ariela, essa é a Cristina. Ela pode te fazer companhia um pouquinho?

Ela apenas balançou a cabeça. Marta não disse nada, apenas saiu.

—Posso me sentar ao seu lado?

Blank Space [Projeto 1989] Onde histórias criam vida. Descubra agora