Capitulo 21

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Capitulo 21

A vontade que eu tenho é de mata-lo nesse instante. Como ele ousa vir aqui na minha casa depois de tudo que ele me fez? E quem foi que deixou ele subir?

__ O que você faz aqui? __ Minha voz sai baixa, mas me suspreendo por não ter gaguejado.

__ Sabe, fiquei com saudade da minha Deusa do Sexo.

__ Seu filho da...

__ Cristina quem é? __ Carlos pergunta e aparece ao meu lado e vejo que seu semblante se fecha, sim ele lembra do Felipe. __ O que esse filho da puta está fazendo aqui?

__ Você quebrou meu nariz desgraçado! __ Felipe diz __ Acho que chegou o dia de eu retribuir o que você fez!

Carlos me coloca atraz dele e Felipe vai pra cima dele.

__ PAREM OS DOIS AGORA!

Os dois param antes que consigam trocar o primeiro soco.

Me enfio no meio dos dois.

__ Você, __ Aponto pro Felipe __ Some da minha vida de uma vez por todas, desaparece. Esquece que eu existo.

__ Você esqueceu que eu existo, Cris? Esqueceu tudo que eu te fiz passar?

Ele não vai dizer, ele não pode dizer.

__ Felipe...

__ Parece que pra você não se lembrar de mim você tirou aquela criança que carregava. Se é que aquele filho era meu mesmo.

Só escuto o estalo do tapa que dei em seu rosto.

__ Nunca mais ouse falar comigo desse jeito, você não sabe de um terço da minha vida, não sabe o que eu passei depois que você foi embora da minha vida. E quer saber eu fico feliz por você ter ido. Eu tenho nojo de você, Felipe. Não sei como eu consegui te suportar por tanto tempo.

__ Sabe o que você é, Cristina? __ Ele se aproxima de mim. __ Uma vadia mimada que age por impulso pra chamar a atenção do papai que é governador e não tem tempo pra você.

Eu estava lutando contra as lagrimas. Eu não iria chorar, não na frente dele.

__ Mas aquele video que eu fiz da gente fodendo ajudou não é? Seu pai te deu bastante atenção depois que viu, certo?

Só vi o punho do Carlos acertando a cara do Felipe de novo.

__ Vai embora seu desgraçado! __ Ele segura o Felipe pelo colarinho da camisa e o joga do lado de fora do apartamento. __ Não ouse aparecer aqui nunca mais.

Assim que Carlos fecha a porta eu desabo no chão e começo a chorar.

Ele se senta no chão e me abraça.

Não digo nada. Não consigo.

Sinto como se tivesse sendo esmagada pelo peso do meu passado.

Meu coração doí como se alguem o estivesse arrancando.

Me sinto sufocada pelas minhas lagrimas. Me sinto sufocada pela minha consciencia.

Então eu me levanto e pego o primeiro vaso que vejo e taco ele na parede. Faço isso com toda a decoração da casa.

Quebro tudo.

Grito o mais alto que posso.

Então caio no meio da bagunça de cacos.

Sinto Carlos me pegando no colo e me levando pro meu quarto.

Ele não disse uma palavra, não fez um unico questionamento.

Blank Space [Projeto 1989] Onde histórias criam vida. Descubra agora