Capitulo 31

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Capitulo 31

–– Você deve ser a Ariela! –– A doutora Bruna diz.

––Sim. ––Ariela diz animada ––É você que vai me curar?

Bruna se ajoelha na frente dela.

––Vou fazer de tudo para que você seja curada bonequinha, prometo.

––Obrigada. ––Ariela abraça a medica, Bruna me olha e eu lhe dou um sorriso.

––Bonequinha, que tal se você acompanhar a enfermeira Lola?

Ela aponta para uma mulher que estava do seu lado.

––Vamos, Ariela?

––Mamãe?

––Pode ir querida, daqui a pouco eu te encontro.

Ela me da um abraço e depois acompanha Lola.

––Ela é uma fofa.

––Sim ela é.

––Mas me diga, Cristina.

––Me chame de Cris, por favor.

––Certo. Cris, como foi a viagem?

––Tranquila.

––Ela teve algum ataque?

––Não, se eu não soubesse que ela tem a doença diria que ela é uma criança saudavel.

––Sim, todos pensariam a mesma coisa, mas sobre o tratamento...

–– Vai ser dificil para ela, não é?

––Sim. Muito. É uma radioterapia muito forte, como o tipo de cancer que ela tem é mais comum em adultos, podemos ter uma esperança.

––Podemos?

––Sim, nós podemos. Como o tratamento é muito forte a maioria dos idosos não resistir, por causa da idade. Mas a Ariela é uma criança e é forte, eu tenho esperanças de que ela se recupere e de que essa recuperação seja rapida.

Eu solto um suspiro de alivio.

––Eu quero muito que a senhora esteja certa.

Ela sorri.

––Tudo bem que eu estou com uma certa idade, mas não precisa me chamar de senhora.

Olho para ela, realmente não aperentava ser velha, eu daria a idade da minha mãe, quer dizer, da mulher que eu pensava ser minha mãe.

––É casada, Cris?

––Não, mas deixei um namorado no Brasil.

––Corajoso ele de deixar uma moça tão linda como você viajar sozinha com a filha.

––Infelizmente ele não pode vir. Ele trabalha demais.

––É uma pena.

––Mas ela vai vir, sempre que tiver com um tempo livre. Ele ama a Ariela.

––Quem não amaria? Ela é tão fofa. ––Bruna sorri. ––Richard, querido.

Olho para trás e vejo um homem, um pouco mais novo que meu pai, eu arrisco dizer.

––Cris, este é o Doutor Richard, ele é neurocirurgião. Diretor do hospital e meu marido.

Minha boca literalmente estava aberta.

––Muito prazer, doutor Richard. ––Eu disse em inglês.

––Pode falar em português, Cristina. Eu entendo perfeitamente.

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