- Sim. – Eu respondi e os seus olhos arregalaram-se uma vez mais.
Os seus lábios apanharam-me de surpresa ao beijarem-me de forma sedutora e um pouco necessitada. As mãos de Louis estavam agora nas minhas costas, enquanto ele se deixava cair para trás lentamente puxando-me com ele sem deixar de me beijar. Quando ficámos deitados, ele rodou os nossos corpos e ficou em cima de mim.
- Lou? – Eu murmurei, quando ele estava prestes a beijar-me e ele parou observando o meu rosto com atenção. - Vai… vai doer outra vez? – Eu perguntei rápido demais, apercebendo-me mais tarde do que realmente tinha dito e deixado escapar.
- Outra vez? – Ele perguntou sério e eu suspirei derrotada, eu já sabia que tinha que lhe contar, mais cedo ou mais tarde.
Ele afastou-se de mim e eu sentei-me ao seu lado.
- Esta… não vai ser a minha primeira vez.
- Nem a minha, mas Emily isso não faz mal. – Ele disse sorrindo docemente.
Eu não gostava da ideia de Louis ter estado com outras raparigas, principalmente quando, de certeza, elas tinham mais experiência do que eu e sabiam fazer coisas que eu nem o nome sabia, mas eu não podia pensar nisso agora. Eu tinha que lhe conta-
- Emily, elas não foram nada para mim e nem eu para elas de certeza. Apenas a Sarah teve significado e tu sabes o que é que aconteceu depois disso. – Louis explicou.
- Não, não é isso. – Eu disse e mordi o lábio. – Eu… hm…
- O que foi? – Ele perguntou preocupado.
- Quando eu era mais nova, eu tinha doze anos, eu acordei com a minha mãe aos gritos na sala e, quando eu desci as escadas, o meu pai que estava bêbedo, estava em cima dela e tinha as calas desapertadas e ele estava a tentar… ele… hm-
- Eu já percebi. – Ele disse quando viu que eu não queria e não conseguia dizer as palavras e eu fiquei-lhe grata por isso.
- A minha mãe mandou-me sair dali e foi o que eu fiz, mas, mesmo do lado de fora da casa, eu conseguia ouvir os seus gritos e eu não podia deixá-la ali. Eu corri de volta até à casa, eu tinha que a ajudar e, então, o meu pai-
- Emily. – Louis disse, mas eu ignorei-o, eu tinha que lhe contar o meu maior segredo e tinha quer agora ou eu acho que não voltaria a ter coragem de o fazer.
- Ele começou a falar coisas estranhas que eu não entendia e ele tinha uma arma e ele meteu em cima de mim e-e começou a t-tirar-me a roupa e-
Eu fui interrompida quando os braços do Louis me rodearam o corpo fortemente num abraço reconfortante. Eu meti-me de joelhos, abraçando-o com toda a minha força. Eu podia ficar assim toda a minha vida, abraçada a ele, neste silêncio confortável.
- Respondendo à tua pergunta. – Louis disse alguns segundos ou minutos depois e clareou a voz. – Não, não vai doer tanto agora, mas tu não precisas de o fazer. Eu não te vou deixar por causa disso. Eu não te vou deixar por nada.
- Mas eu quero. – Eu respondi com toda a certeza e ele olhou para mim com um olhar que eu nunca antes tinha visto, era um misto de adoração e preocupação. – Louis.
- Tens mesmo a certeza? – Ele perguntou e eu abanei a cabeça. – Eu não quero que te sintas pressionada, não quero que te sintas obrigada a fazer algo que não queres. Eu não estou contigo por causa disso. Eu amo-te. – Ele disse e eu fiquei sem palavras.
Eu abri a boca para dizer qualquer coisa, mas voltei a fechar. Ele olhava para mim atentamente enquanto esperava a minha resposta.
- Eu quero.
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Dark [Louis Tomlinson Fan Fiction] (pt) *EDITANDO*
FanfictionEmily Fray é uma rapariga timida, simpática e pouco experiente no que toca ao amor. Louis Tomlinson é um rapaz misterioso, perigoso, o tipo de pessoa que é olhado de lado, o tipo que faz as pessoas atravessarem a rua quando o vêm. Então, o que é que...