- O que tua mãe estava a falar era verdade. Eu estava sim envolvido em jogos que não eram propriamente algo de que eu me orgulhe. – Ele disse e fez aspas quando disse a palavra jogos.
Eu engoli em seco. O que mais é que ele teria feito?
- Esses jogos basicamente consistiam em engatar miúdas.
- O quê? – Eu perguntei chocada.
- Eu disse que não era nada de que eu me orgulhasse.
- Mas porque é que fazem jogos com isso?
- Dinheiro.
- Dinheiro?
- Sim, na altura eu entrei porque estava viciado na bebida.
- Então isso foi depois de…
- Sim. Foi depois daquilo da Sarah. – Ele respirou fundo antes de continuar. – O Ash escolhia uma miúda e, passadas duas semanas, quem tivesse com a miúda ganhava 500 euros.
- Wow.
- Durante essas duas semanas, eu, o Harry e mais uns poucos tentávamos ficar com essa miúda. O primeiro a fazer sexo com ela ganhava 200 euros e o prémio subia dependente daquilo que cada um lhe fazia. Cada vez que um de nós fizesse sexo com ela juntava-se mais 100 euros ao prémio da semana, mesmo que não a tivéssemos conquistado ao fim das duas semanas. Mas havia uma regra, nós só podíamos interferir se a miúda deixasse.
- Vocês faziam isso?
- Sim.
- Quanto… Quanto dinheiro é que tu fizeste?
- Muito.
- Quanto?
- Emily é melhor tu não-
- Quanto Louis? – Eu insisti.
- Milhares! – Ele berrou, fazendo-me estremecer.
A minha mente estava uma confusão. Primeiro foi o Louis com aquela miúda. Depois ele e o John a discutirem. A discussão com a minha mãe. A ameaça dela. O facto de até ela saber mais sobre o Louis do que eu. O que ele me acabara de contar.
Milhares…
Ele tinha usado dezenas de raparigas ou mais para ganhar dinheiro, para seu próprio benefício. Tudo por causa de um vício! Quantas raparigas é que ele usou? Durante quanto tempo é que ele fez isso? E porque é que o Ash e o Harry tinham que estar sempre envolvidos?
Será que ele ainda tinha o vício? Será que ele estava a fazer o mesmo comigo? Será que tudo o que ele fazia comigo servia para que ele pudesse ganhar mais dinheiro? Será que ele ganhou dinheiro extra por causa daquela noite? Fazia sentido por causa do que o Ash disse ao Harry sobre eu ter dono e ele ter que jogar limpo!
- Emily… - Ele tentou agarrar na minha mão, mas eu afastei-a dele.
- Pára. Tu… tu estás a fazer o mesmo comigo? – Eu perguntei e ele não respondeu, apenas baixou a minha cabeça, o que fez com que eu começasse a ficar com medo. – Louis.
- No início sim, mas-
- Oh meu Deus! Eu não acredito! – Eu cortei-o. – Eu pensei que tu me amavas, mas afinal era só para ganhar dinheiro!
- Emily, deixa-me-
- Não! Eu não quero saber. Não há nada que tu possas dizer que mude o que tu fizeste.
- Tem calma.
- Calma? Como é que eu posso ter calma se acabo de descobrir que tudo o que eu vivi até agora é uma mentira que tu criaste para teu próprio benefício.
- Não é uma mentira, eu amo-te!
- Não, não amas. Pessoas que amam não escondem coisas. Muito menos coisas destas! Se tu me amasses querias-me ver feliz e tu só me fizeste sofrer nestes últimos dias. Tu és egoísta ao ponto de me fazeres apaixonar por ti para ganhares dinheiro!
- Isso não é verdade…
- Deus! Eu não acredito que tu fizeste mesmo isto! Oh meu Deus! Foi tudo uma mentira.
- Emily, não foi, eu amo-te. Eu não estou a mentir quando digo isto. Por favor acredita em mim.
- Já viste bem as vezes que eu já acreditei em ti? E para quê? Para depois descobrir que era tudo uma mentira. Eu espero que tenha valido a pena o sacrifício de estar comigo.
Eu levantei-me do sofá e dirigi-me à porta, enquanto tirava as chaves do carro do bolso, lembrando-me só depois que o meu carro estava na universidade. Boa! Ainda por cima tinha que ir a pé. Eu abri a porta do apartamento, mas a mão de Louis fechou-a de imediato, impedindo-me de sair.
- Larga a porta. – Eu pedi tentando ficar calma e tentando impedir as lágrimas de cair.
- Não. – Ele contrariou com a voz rouca. – Não te vás embora.
- Da última vez que me pediste isso eu cometi o erro de te dar ouvidos, mas não desta vez.
Eu virei-me para ele e empurrei-o com toda a minha forças, fazendo com que ele desse três passos atrás. Abri a porta e desci as escadas a correr. Eu sabia que ele me ia apanhar facilmente, principalmente porque ele podia conduzir e eu não. Quando acabei de descer as escadas, Louis já lá estava a impedir que eu passasse da entrada.
- Louis sai. – Eu ordenei.
- Não.
- Se tu não saíres eu vou gritar.
- Força.
Eu abri a boca para gritar e ele impediu-me beijando-me bruscamente. Por momentos, foi como se a minha mente deixasse de trabalhar e eu correspondi ao beijo, mas depois lembrei-me do que ele me tinha feito e empurrei-o, separando-o de mim. Eu saí do prédio e comecei a andar pela rua fora, fazendo o caminho até à universidade.
Felizmente ele entrou para dentro e não veio atrás de mim.
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tan tan taaaaan muita coisa neste capítulo, mais um segredo do Louis e o facto de ele estar com a Em por causa de dinheiro :o
btw: OMG não me matem, mas eu tive que estudar, porque a época dos testes está a chegar e tals e eu queria mesmo acabar este capítulo hoje e tinha que ser mesmo aqui por causa do que vai acontecer a seguir, que é também muito importante.
e, mais uma vez, não me matem, eu compenso-vos com este gif ali do lado e com bué de double updates nas férias de Natal :(
- Clau :)
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Dark [Louis Tomlinson Fan Fiction] (pt) *EDITANDO*
FanfictionEmily Fray é uma rapariga timida, simpática e pouco experiente no que toca ao amor. Louis Tomlinson é um rapaz misterioso, perigoso, o tipo de pessoa que é olhado de lado, o tipo que faz as pessoas atravessarem a rua quando o vêm. Então, o que é que...