Dark [Louis Tomlinson Fan Fiction] (pt) *EDITANDO*

Capítulo 20

Abri a porta do dormitório e Kahlan já não estava lá. Boa! Eu precisava de falar com ela. Olhei para as horas no ecrã do meu telemóvel e peguei nos livros de literatura.

Quando estava a ir para a sala de aula vi Harry que me piscou o olho, mas eu revirei os olhos e ignorei-o. Ele era tão parvo! Porque é que ele tinha dito aquilo? O que é que ele ganhava com aquela mentira? Eu pensei que ele estava a ser simpático e ele faz isto.

Ugh!

A minha aula de literatura foi bastante interessante, Shakespeare era um dos meus autores favoritos de sempre. Desta vez tínhamos começado a estudar Otelo, era impressionante como um sentimento de ciúmes e umas mentiras podiam destruir a vida de tanta gente.

Eu quase que me esqueci do Louis e do Ash, foi como se estivesse a voltar atrás no tempo, quando os meus pensamentos não eram constantemente ocupados por um rapaz de olhos azuis coberto por tatuagens.

- Emily! – A voz de Kahlan chamou, quando eu estava no corredor. – Eu estava super preocupada contigo com a maneira como ele te arrastou do dormitório e depois… depois não voltaste a aparecer e… - Ela respirou.

- Eu… hm… eu dormi em casa dele. – Eu expliquei envergonhada.

- Uh! O que é que aconteceu?

- Eu juro que não te percebo. – Eu disse e era verdade. Primeiro ela diz para eu me afastar dele e agora estava ali quase aos saltinhos.

- Isso quer dizer que aconteceu alguma coisa! – Ela acusou e eu não respondi. – Oh meu Deus, tu estás a corar.

- Kahlan pára. – Eu pedi.

- Então conta-me o que aconteceu. – Ela ordenou arrastando-me até ao dormitório. – Vá lá, diz-me o que é que aconteceu. – Ela sentou-se ao meu lado na minha cama.

- Hm… ele… hm…

- Ele tentou fazer sexo contigo? – Ela perguntou e eu engasguei-me.

- Hm… sim, quer dizer… não sei… eu acho que sim, mas não aconteceu nada… disso.

- Então? – Ela olhou para o relógio. – Tens dois minutos.

- Ok, calma, credo! Eu… t-toquei-lhe… lá? – Eu contei e senti as minhas bochechas tão quentes que elas podiam explodir a qualquer momento.

- Wow! – Ela riu-se. – Quem diria que farias alguém como o Louis vir-se.

- Kahlan! – Eu repreendi devido à sua escolha de palavras o que a fez rir ainda mais.

- Então como é que vocês estão agora? – A campainha tocou e nós começamos a ir para a sala de aula.

- Não sei.

- Não sabes? Vocês são namorados não? – Ela perguntou confusa.

- Eu acho que não. O Louis é diferente, eu não sei se ele namora ou se ele sequer gosta de mim e, além disso, eu não disse que queria namorar com ele, eu nem sequer gosto dele! – Eu defendi-me, falando depressa.

- Continua a enganar-te a ti mesma. – Ela disse entrando na sala ao lado.

Eu entrei na sala onde ia ter aula a pensar no que ela disse. Será que eu gostava do Louis? Bem… eu acho que sim, quer dizer, eu gostava de quando ele estava ao pé de mim e… aquele beijo… Bolas! Será que ele gostava de mim? Eu tinha que ter em mente que ele podia muito bem só querer que eu me entregasse a ele para depois me deixar. Não que nós estivéssemos juntos.

Ugh!

Porque é que era tudo tão difícil?

A campainha tocou e eu peguei nas minhas coisas, mais uma aula que eu perdera a pensar em Louis. Não que isso acontecesse com frequência ou assim. Meti as minhas coisas no dormitório e fui ter com a Kahlan à entrada principal para irmos almoçar a um novo restaurante que ela tinha descoberto, já que ambas tínhamos a tarde livre.

- Conheci o rapaz perfeito. – Kahlan disse pelo caminho.

- Tu dizes isso sempre que conheces um rapaz. – Eu brinquei.

- Sim, mas costumo enganar-me sempre, então do Caleb eu nem vou falar, e este parece mesmo um príncipe encantado.

- Príncipe encantado? – Eu ri-me.

- Pelo menos eu conheço rapazes, não sou como tu que qualquer dia se casa com Tumblr.

- Não era má ideia, ele percebe-me e não fala.

- Mas será que é melhor do que o Louis?

- Nem sei porque é que estás a falar dele. – Eu disse e deixei escapar um suspiro involuntariamente.

- Uh… alguém está apaixonado. – Ela gozou entrando no restaurante.

- Ah-ah. Que piada. – Eu disse sarcástica e bati-lhe ao de leve no braço.

O rapaz trouxe-nos o menu e algum tempo depois nós já estávamos a comer. Olhei pela janela do restaurante e vi Louis… com Ash… um pouco mais à frente num beco. Mas que raios? Louis tinha a sua mão no pescoço de Ash e estava a empurra-lo contra a parede. Ele acertou-lhe com um murro na barriga com tanta força que eu quase que pude sentir a dor de Ash.

Eu levantei-me da mesa e saí do restaurante a correr. Eu tentei atravessar a estrada, mas havia muito trânsito e quando finalmente consegui, ignorando Kahlan que me estava a chamar, eles já não estavam em lugar algum.

Será que eu estava a alucinar?

- Emily? Mas o que raios é que te passou pela cabeça? – Kahlan perguntou quando me alcançou.

- Hm… eu pensei que tinha visto alguém conhecido. Desculpa.

- Ok, mas vamos voltar ou o rapaz ainda pensa que saímos sem pagar. – Ela disse e eu ri-me.

O resto do almoço foi bastante mais calmo e eu e Kahlan ainda acabámos por ir às compras durante o resto da tarde, sem que eu visse qualquer sinal do Louis, o que até foi bom. Eu precisava de desocupar a cabeça e comprar com a Kahlan era realmente bom.

Quando estávamos a entrar para a universidade eu vi Ash em frente à entrada lateral. Será que ele estava à espera de Louis? Será que ele se ia vingar? Oh meu Deus!

- Kahlan?

- Sim? – Ela parou e olhou para mim.

- Podes levar o meu saco? Eu tenho que ir… ali.

- Hm… ok. – Ela disse e pegou no meu saco que tinha uma camisola e um par de calças.

Assim que ela entrou no edifício dos dormitórios eu saí e fui ter ao encontro de Ash que me sorriu assim que me viu.

- Emily, não é?

- Sim. - Eu observei-o atentamente e vi marcas dedos no seu pescoço. A minha boca abriu-se instantaneamente. Oh meu Deus, será que tinha sido o Louis? – Foi o Louis que te fez isso? – Eu deixei escapar.

- Hm…

- Não me mintas. – Eu pedi.

- Sim. Foi ele. – Ele suspirou. – Mas está tudo bem. – Ele sorriu e olhou-me de alto a baixo desencostando-se da parede. – Foi bom ver-te Emily. – Ele começou a caminhar.

- Espera! – Ele parou e virou-se para mim. – O que é que querias dizer com aquilo hoje de manhã? – Perguntei.

- Não posso contar.

- Porquê?

- Desculpa, Emily. – Ele piscou-me o olho e foi-se embora.

- Mas que raios!!