[AVISO: não fiquem chateadas comigo pelo que vai acontecer haha :p]
Abri a porta de novo e as lágrimas começaram a escorregar pelos meus olhos apesar de eu morder o meu lábio inferior com bastante força para que isso não acontecesse.
Louis estava mesmo á minha frente, apenas com um lençol castanho-escuro a tapar-lhe metade do corpo. Eu sabia que era ele, a rapariga tinha dito o seu nome e a tatuagem em forma de pássaro no seu braço direito confirmava-o.
Afastei-me da porta fechando-a e encontrando Harry mesmo atrás de mim. Tinha-me esquecido totalmente dele. Limpei as lágrimas sem que ele visse, eu não gostavas que as pessoas soubessem que era fraca ao ponto de chorar, e desci as escadas voltando àquele espaço cheio de gente que parecia que tinha encolhido.
- Emily, o que é que passou? – Perguntou Harry pela terceira vez desde que eu tinha saído lá de cima.
- Nada, só… deixa-me em paz. – Olhei à minha volta, eu tinha que sair daquela casa o mais depressa possível.
- Mas-
- Por favor Harry! – Implorei e as lágrimas voltaram a cair.
Tentei limpá-las, mas Harry apareceu à minha frente e agarrou-me nos pulsos observando-me atentamente.
- Estás a chorar?
- Não, eu só… - Tentei dizer, mas eu não conseguia parar de chorar.
- Calma. – Disse ele e puxou-me contra o seu peito abraçando-me. Eu fiquei surpreendida, mas ignorei e abracei-o também. – O que é que se passou? – Perguntou alguns segundos depois ao meu ouvido.
- O… O Louis estava lá em cima. – Disse e as lágrimas caíram ainda com mais intensidade.
- Oh. – Foi tudo o que ele disse.
- Eu só quero ir embora. – Eu disse afastando-me dele.
- Eu levo-te.
- Não é preciso, eu vou-
- Sozinha? Emily, já passa da meia-noite. Eu levo-te, chegámos à universidade em 10 minutos.
Wow! Já era assim tão tarde? Oh meu Deus. Amanhã eu tinha aulas. Ugh! Harry insistiu uma vez mais que eu fosse com ele e eu aceitei. Não que ele fosse a melhor companhia para me levar de volta ao dormitório, mas ele era, provavelmente, o único que o faria.
Harry aproximou-se do seu carro e abriu a porta do passageiro fazendo sinal para que eu entrasse.
Estranho… Quem diria que ele era cavalheiro.
Eu entrei e ele fechou-me a porta. Eu não queria que ninguém me visse a sair de uma festa de gente estranha com o Harry que eu considerava perigoso, mas eu não tinha alternativa e quase toda a gente naquele jardim estava mais interessada em meter o nariz onde não deviam. Literalmente.
Encostei a cabeça ao vidro do carro, enquanto Harry me levava de volta à universidade, onde eu devia de ter ficado. Uma lágrima caiu, mas eu limpei-a de imediato e engoli em seco, evitando que outras se seguissem.
Dez minutos mais tarde, como Harry previra, eu estava à porta da universidade. Eu saí do carro e ele segui-me até estar à minha frente.
- Ficas bem?
- Sim. – Menti.
- Tens a certeza, não queres que eu vá contigo, nem nada?
- Não, não é preciso. Volta para a festa.
Ele aproximou-se de mim e meteu os braços à volta da minha cintura, puxando-me contra ele. Olhei para o seu rosto e vi que eram poucos os centímetros que existiam entre nós.
- Não vai ser o mesmo sem ti. – Sussurrou-me.
- Obrigada por me teres trazido. – Eu disse e tentei sorrir.
- Sempre que quiseres. – Ele sorriu também, voltando a mostrar a suas covinhas e afastou-se de mim caminhando até ao seu carro. – Adeus, Emily. – Ele disse e acenou-me, antes de se ir embora.
Eu peguei na chave do meu dormitório que estava na bolsa que, por sorte, tinha levado comigo. Abri a porta devagar para não acordar a Kahlan, mas só depois reparei que ela não estava lá. A sua ausência era, de certa forma, boa. Evitava demasiadas perguntas desnecessárias sobre coisas que eu queria esquecer.
Tirei a roupa que Louis me comprou e fui tomar banho, em água bastante quente, para relaxar os meus músculos. A imagem de Louis com aquela rapariga loura veio-me à mente e mais umas lágrimas caíram.
Eu nem sabia porque é que estava a chorar. Eu e o Louis não tínhamos nada e, a não que eu perdesse o juízo, nunca iriamos ter.
Eu sabia bem que tipo de rapaz ele era. Do tipo que não se contenta com uma só rapariga na mesma semana. Eu já devia de o saber. Eu vi-o a entrar no quarto da Kate e de mais algumas raparigas. Aquela rapariga que eu vi hoje era só mais uma e eu, provavelmente, era o seu divertimento.
Vesti o meu pijama, tomei um comprimido para dormir e fui para a cama. Eu tinha que esquecer este dia. Um comprimido não faria mal, eu andei anos a tomar calmantes e comprimidos para dormir por causa do meu pai, por isso não faria diferença.
(…)
Acordei e já eram dez horas, ou seja, já estava quase na hora da aula. Boa! Como é que eu tinha dormido tanto? Ah sim, eu deitei-me tarde. Ugh! Se eu não me despachasse ia chegar atrasada a Inglês.
Inglês.
Não. Eu ia faltar. Eu não queria olhar para a cara do Louis depois do que ele fizera, depois do que eu vira. Mas se eu não fosse, isso só ia mostrar que eu me importava e que era fraca e eu até podia ser fraca, mas eu não me importava. Pois não? Ugh! Porque é que era tudo tão difícil quando o assunto era o Louis?
Decidi levantar-me, tomar banho, vestir-me e ir para a aula de inglês. Respirei fundo antes de sair do dormitório e dirigi-me à sala de aula. Quando entrei o meu olhar vagueou pela sala, encontrando Louis com a cabeça pousada sobre os braços com os olhos fechados.
Oh meu Deus. Ele parecia um anjo.
Ok, Emily, é que tu nem comesses. Tu vais-te afastar dele, ele é uma má influência para ti e nem sequer quer saber de ti a não ser para aquilo!
Eu sentei e vi, pelo canto do olho, que ele levantou a cabeça e me observou, mas eu não lhe disse nada e fazia intenções de continuar assim.
- Onde é que estiveste, tu desapareceste. Eu estava preocupado contigo. – Mentiu.
Como é que ele se atrevia a mentir tão claramente na minha cara? Quando eu o vi com aquela… pessoa, ele não estava minimamente preocupado comigo!
- Não vais falar comigo? – Ele perguntou, mas eu ignorei-o. – Ok. – Ele disse finalmente suspirando e encostando-se contra a cadeira.
A professora de Inglês entrou, dizendo aquilo que sempre dizia quando entrava na sala, e começou a recolher os trabalhos que ela tinha pedido. Eu tirei aquele que tinha feito com o Louis e entreguei-lho. Entregar o trabalho fez-me lembrar do dia em que eu estivera em casa do Louis…
Eu não ia pensar nisso.
Parecia que tinha sido há tanto tempo.
Eu estava tão absorta nos meus pensamentos que nem tinha reparado que a aula já tinha acabado, a não ser quando a campainha tocou. Kahlan saiu da sala sem mesmo esperar por mim, mesmo eu a tendo chamado umas três vezes.
O que é que se passa com ela e porque é que ela me anda a ignorar?
- Emily! – Louis chamou e eu ignorei, eu não queria falar com ele agora e fiquei feliz por ele não ter tentado.
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- Clau :)
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Dark [Louis Tomlinson Fan Fiction] (pt) *EDITANDO*
FanfictionEmily Fray é uma rapariga timida, simpática e pouco experiente no que toca ao amor. Louis Tomlinson é um rapaz misterioso, perigoso, o tipo de pessoa que é olhado de lado, o tipo que faz as pessoas atravessarem a rua quando o vêm. Então, o que é que...