Acordo e levanto da cama com um pouco de ânimo, parece que as coisas estão mais suaves e tranquilas hoje. O dia está lindo, com um sol incomum para essa época do ano. São cerca de 10:30 e eu preciso estar pronto para sair de casa 12:00, a redenção é aqui perto então eu posso ir a pé mesmo.
Entro debaixo do chuveiro e deixo a água levar, ou pelo menos tentar levar meus problemas. Fico um bom tempo no banho e quando saio vejo que já é quase meio dia e que estou um pouco atrasado. Coloco uma calça jeans azul, rasgado nos joelhos e na coxa, uma camiseta branca e um tênis branco também. O dia esta bem quente e acho que não precisarei de casaco.
Pego meu celular e desço as escadas:
- mãe?
- aqui querido - grita ela da cozinha
- estou saindo!
-ta bom, não volte muito tarde.
Saio de casa e vou em direção à redenção. Moro cerca de três quadras dela então em cerca de 15 minutos eu chego no local marcado. Chegando lá eu encontro o grupo e reconheço algumas pessoas, até que uma menina baixinha,loira e muito sorridente veio me cumprimentar. Acho que o nome dela é Anna:
- Oi, eu sou Anna - ela diz e abre um sorriso muito fofo mostrando suas covinhas
- Oi, muito prazer, sou o Carlos
- que bom finalmente poder conhece-lo, vamos nos juntar ao grupo?
- vamos- falo, caminhando em direção ao grupo
- pessoal esse é o Carlos- diz ela me apresentando para o grupo e recebendo um ''oi Carlos'' em coral como resposta
- oi pessoal- digo, reconhecendo varias pessoas que eu só havia visto por fotos.
Havia 4 pessoas, incluindo Anna. O Leo: um menino meio fortinho, com o cabelo castanho e cheio de cachinhos e que usava uma camiseta de Game of Thrones. Samantha: uma menina alta e magra com os cabelos ruivos e cheia de sardas pelo rosto. E Melanie: uma menina com o cabelo curto e de duas cores que sorria muito.
Já conversei tanto com essas pessoas, sei um pouco sobre a vida de cada uma, pela primeira vez na vida me senti parte de um grupo. Anna foi a que eu mais me dei bem, ela tinha um espirito ativo e extrovertido, e por incrível que pareça por mais que sejamos tão diferentes eu adorei muito a companhia dela e espero que possamos nos tornar grandes amigos.
Nem todas as pessoas que disseram que iriam ao encontro foram, então decidimos fazer nós mesmos o nosso encontro e que daqui pra frente seríamos só nós a participar mesmo que outros quisessem nos encontrar
- Mas nos conte Carlos, você não tem alguém especial ai nesse coraçãozinho?- perguntou Anna querendo saber tudo sobre minha vida
- rsrs é complicado
- rsrs tudo bem, esperamos que sua historia se descomplique- diz ela me consolando. E eu realmente quero que isso aconteça, e saber que ela, mesmo não sabendo quase nada sobre mim, tampouco me conhecendo e torcendo para que minha história de certo me da ainda mais motivação.
Decidimos que já era hora de ir pra casa, estava escurecendo e a Redenção fica um pouco perigosa a noite.
- então até mais pessoal- digo e em seguida nos abraçamos, sim, nós demos até um abraço coletivo
-até
Voltando pra casa, penso no quão especial foi esse dia e no quão legal aquelas pessoas foram comigo, e que eu quero guarda-las pra sempre no meu coração. Chegando em casa, não encontro ninguém, só encontro um bilhete na mesinha da sala:
''saímos para jantar, não nos espere acordado''.
Fazia tempo que meus pais não saiam sozinhos pra se divertir, fico feliz por eles...E por mim também
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Acredito em Você (Romance Gay)
RomanceUm amor entre mundos? Entre dimensões? Entre a mente humana? Carlos esteve muito tempo sozinho, deprimido e isolado em seu pequeno mundo. Depois de um acidente de carro levar seu único e melhor amigo ele tenta o suicídio, porém o resultado não é...