Marrenta

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Luna

AHH... Filho de uma quenga... Esse cara está muito perto.... É melhor chamarem uma ambulância, eu vou ter um ataque cardíaco.

Ele se aproximou mais, e logo nossos lábios estavam colados.

E eu "sem querer" acabei dando passagem e a língua dele explorou cada canto da minha boca.

E como eu não sou boba, minhas mãozinhas foram descendo, e uma mão passou por baixo de sua blusa e minhas unhas arranharam o tanquinho dele (e que tanque, morram de inveja de mim) e a outra mão parou na bunda dele.

Então infelizmente nos afastamos por falta de ar (por que essas merdas de pulmões não são maiores?!), e ele terminou de se afastar com selinhos.

Eu estava como uma pimenta, e ele riu da minha cara.

- Ai, meu Santo Toddynho. - murmurei recuperando ar. - Eu acabei de beijar o Zé Coxinha...

- Ah! Não pira, vai. - ele riu e se levantou, comigo no colo. - Vamos passear pela alcatéia.

- Me solta! Aaron!!!!!! - pirracei nos braços dele.

- Você tem mesmo 21 anos? - ele perguntou.

- Tenho. - respondi revirando os olhos.

- Então comece a se comportar como alguém de 21 anos. - ele me encarou. - Ou melhor, comece a se comportar como uma Luna Suprema deve se comportar.

Aff, mais essa, vou ter que ouvir sermão?!

- Eu me comporto como eu bem quiser. - retruco irritada.

Fiquei quieta, e ele também, e todas as pessoas que olhavam pra nós se afastavam, provavelmente sentindo o clima pesado.

Ah, foda-se, esse cara não vai mudar como eu sou e ponto!

Se eu sou do jeito que eu sou, ele que me aguente!

- Luna. - ele me chamou.

- Que é? - resmunguei.

- Tente ser menos marrenta, por favor. - ele disse. - Assim evitamos brigas.

- E facilitar as coisas pra você?! - ri com escárnio. - Vai vendo, querido. É ruim que eu vou aceitar uma coisa e ficar de boca calada, se eu discordo completamente do que você está dizendo. Não sou tua escrava, não.

- Não falei nada sobre ser escrava. - ele resmunga. - Só estou pedindo para você se comportar de acordo com a importância que tem na sociedade dos...

- Não tenho nenhuma importância, nem na sociedade humana, nem na sociedade dos Lobos. - retruquei. - Não sou importante. - encarei os olhos dele. - Nunca fui.

Aaron

- Como você pode dizer isso na minha cara?! - perguntei irritado. - É claro que você é importante.

- Ah, claro. - ela revirou os olhos. - Todos me amam, me adoram, me veneram, acham que eu sou uma diva que deveria ter uma estátua para ser adorada... - ela suspirou. - Até parece que isso ia acontecer na realidade.

Então ela saiu dos meus braços, e foi caminhando pra longe.

Mas eu a alcancei, e a segurei pelo pulso.

- Luna, você é idiota? - suspirei e ela me olhou irritada. - Se eu digo que você é importante, acredite, você é importante.

- Pra quem? - ela riu com escárnio.

- Pra mim. - encarei os olhos dela, que tinham um brilho inocente, como se as palavras que eu dissera, deixassem-na com a guarda baixa, como se ela tivesse ficado mansa instantaneamente.

Mas, como esperado, o brilho selvagem de seus olhos voltou, e Luna murmurou:

- Até parece que eu vou cair nesse seu papinho galanteador.

- É a verdade. - retruquei. - Encare os fatos, Luna.

- Vá pra merda. - ela soltou seu pulso da minha mão. - Babaca. - então ela começou a andar novamente, mas então parou, e olhou para trás. - Se você ainda quer passear pela alcatéia, venha logo.

- Sério?! - dei um sorriso zombeteiro. - Não me disseram que minha guia turística seria tão gostosa.

- Vá pro inferno. - vi um rubor aparecer nas bochechas dela.

- Você fica linda corada. - comentei.

- Calado, seu Zé Coxinha! - ela se irritou e eu ri.

- Muito bem, vá na frente. - indiquei que ela continuasse a andar. - Quero ficar um pouco para trás, sabe... Pra observar sua bunda. Você sabia que você anda rebolando?! É um fenômeno.

- Aiii! Vai se fuder, seu filho de uma quenga! - ela estava completamente vermelha.

- Me fuder? - ri, e fui a passos largos até ela, então me abaixei, e falei no ouvido dela. - se for com você.

O Alfa e a ÔmegaOnde histórias criam vida. Descubra agora