Luna
Aaron Williams, o filho da puta mais gostoso da face da terra.
- Assim você me deixa sem graça, seu babaca. - resmunguei desviando os olhos dele, e Aaron riu.
- Você nunca perde a graça, docinho. - ele me deu um beijo no queixo. - Aliás, eu adoraria provar o seu sabor, será que dentro é melhor do que fora?! Por que por fora... Você me deixa com água na boca. Você aparenta ser muito gostosa, Luna.
- Eu estava certa ao te chamar de tarado de merda. - revirei os olhos, mas eu estava como um pimentão.
- Assim você fere meus sentimentos - ele fingi estar ofendido.
-Ah, claro. - dei uma risada com escárnio.
Peguei um pão com manteiga, e dei uma mordida.
Meu estômago agradeceu.
- Ahhhh! Eu te amo comida! - sorri e vi Aaron fazer uma expressão irritada. - Que foi Zé Coxinha?
- Nada. - ele murmurou, então ele encarou toda a comida que estava na mesa com uma expressão assassina.
- Aaron Williams... Não me diga que está com ciúmes da comida... - falei tentando não rir.
- É claro que estou! Por que a comida merece um "eu te amo", e eu não?! - puxa vida, ele estava irritado.
- Meu Santo Toddynho... - resmunguei. - Aaron! É só uma forma de falar...
- De qualquer forma! Mesmo sem a comida na parada, você nunca disse " Eu te amo" pra mim. - ele retrucou.
- Você vai me obrigar a falar "eu te amo"?! - perguntei. - Não que eu entenda muito do assunto, mas... Tem que sair do coração. - encarei o chão. - Eu não sou muito disso Aaron, sabe... Gostar tanto de alguém a ponto de dizer "eu te amo", eu nunca disse isso pra ninguém.
- Disse para a comida. - ele resmungou.
- Esse "eu te amo" saiu do meu estômago, não do meu coração! - gritei irritada então saí correndo pro quarto do Aaron.
Aaron
Falei merda, de novo.
E deixei ela irritada, de novo.
Fui pro meu quarto, e Luna estava deitada na cama, com o rosto enterrado no travesseiro.
- Luna. - sentei ao lado dela, na cama. - Luna... - ela não respondeu. - Luna, fala comigo, vai...
Silêncio.
Suspirei irritado, e falei:
- Luna Campbell, olhe pra mim, agora.
Ela resmungou algo como: Minha vida é uma droga, e olhou pra mim.
- O que você quer? - ela perguntou.
- Desculpa, pisei na bola... - murmurei.
- De novo. - ela semi-cerrou os olhos.
- É, de novo. - concordei.
- Até quando você vai ficar pisando na bola? - ela me encarou.
Fiquei sem palavras.
- Olha, quando eu quiser falar "eu te amo", eu falo. - ela suspirou - Não se esqueça que te conheço a apenas a cinco dias.
- Desculpa. - respirei fundo. - Sou um companheiro horrível.
Fui saindo da cama, mas ela me impediu, com um abraço.
- Você é um babaca. - ela murmurou. - Um idiota, um arrogante, um tarado, você é... Você é o meu companheiro. Você não é horrível Aaron... - que fofo... - Por mais chato que você seja, você não é horrível. - isso não foi muito fofo...
Típico da minha marrenta.
- Da próxima vez se lembre disso, antes de ter um ataque de ciúmes. - ela riu.
- É impossível não ter um ataque de ciúmes enquanto você é a minha companheira. - revirei os olhos. - Você chama muita atenção, sabia? Me irrita quando você atrai olhares masculinos!
- Não é minha culpa. - ela deu de ombros.
- É sim! Quem mandou você nascer tão gostosa assim?! - resmunguei. - Eu conheci sua mãe, e ela não era tão gostosa assim!
- Eu sou única. - Luna concluiu.
- Você é única. - concordei. - Unicamente minha.
Adoro chamá-la de "minha".
Fiquei encima dela (vocês perceberam que eu faço isso quase que automaticamente?!), olhei nos olhos dela, e falei:
- Sabe Luna, você pode me conhecer a pouco tempo, mas eu sempre soube que você era minha companheira, desde o dia que você nasceu. Aliás, quem você acha que te deu o seu nome? - ela me olhou surpresa, e eu ri. - Você pode me conhecer a apenas cinco dias, e eu te conheço a apenas 21 anos... Tempo o suficiente para eu dizer que eu sou louco por você.
- Ou seja... - ela murmurou entendendo aonde eu queria chegar.
- Isso. - concordei, e dei um beijo bem demorado nela, por fim, encarei os seus belos olhos. - Eu te amo, Luna Campbell.