Prólogo: Um doutor Impossível

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Hazel:
Tinha apenas 3 anos de idade quando minha mãe estava bem pensativa e fora de si. Eu comecei a puxar seu vestido para que ela se tocasse que eu estava ali, e queria sua atenção, eu estava com fome!
-Eii! Mamãe! Eu estou com fome.-Falei, puxando mais uma vez e com mais força seu vestido xadrez cinza.
Ela finalmente acordou pra realidade, e me notou.
-O que foi meu bem?.-Falou ela, com sua voz jovem e doce.

Mãe de Hazel:
Eu estava fora de mim, não acredito que vi aquilo! Não podia acreditar! Agora tudo estava claro... O porque que minha vida não fazia muito sentido, sempre faltando mais de algo, esperando por alguém. Só minha filha pode faze-la com sentido, minha pequena Hazel.
Abri a porta e me dei de cara com ela, de braços cruzados.
-Polque você demolou tanto?.-Falou, ainda com os braços cruzados.
Não dei bola, ela estava uma graça.
Me sentei na cadeira da mesa da cozinha, e fiquei pensativa.
E só ouvia passos pesados vindo da sala, e era Hazel. Ela ficou puxando meu vestido inúmeras vezes, quase rasgou minha meia calça preta.
-Eii! Mamãe estou com fome.-Falou, puxando mais uma vez e com mais força.
Eu finalmente me toquei, e acordei.
-O que foi meu bem?.-Falei, alisando seus cabelos dourados e lisos.
-Estou com fome!
-Muito bem! Que tal um suflê?.-Falei, sabendo que era sua comida favorita.
Ela fez que sim, bem animada.
Fizemos o suflê, e estava uma delícia!
-É hora de durmir.-Falei, a limpando, estava toda suja de farinha.
-Tudo blem.-Falou.
Fomos ate seu quarto e a detei em sua cama rosa suave.
-Está confortável?
-Sim!.-Respondeu.
-Eu quero uma história.
-Ah sim.-Falei, alisando seus cabelos.
Fiquei pensando em uma história, queria surpreende-la, ah! Já sei, iria desabafar em uma história.
-Que tal uma nova história?
-Qual?
-Uma história diferente dos contos de fadas. Uma história que aconteceu com uma jovem, que estava em seu dia a dia normal, vindo pra casa. Desatenta, não viu que um local estava em construção e tinha um enorme buraco. Ela deu um passo, e quase caiu, mas não caiu, não sei explicar, ela... Ela caiu, mais não no buraco, não sei se caiu dentro dessa coisa, ou a coisa a salvou. Era ... Não sei, só me levantei lentamente, e vi uma porta, eu estava dentro da coisa, me virei bem devagar, e vi um ... Uma sala de controle, com uma outra coisa no meio, era bem grande, tinha escadas em volta, e coisas redondas! Eu fiquei apavorada, comecei a falar sozinha e parecia que a coisa também falava, com sons estranhos de máquina. E assim cheguei a conclusão que ela me entendia normalmente! Eu fiquei mais apavorada. Escutei passos e vozes vindo de fora, fui me esconder correndo em uma das aberturas, que tinha longos corredores, e aquilo era bem grande!!!! Entrou um homem, com um terno marrom, uma gravata azul, e tinha um cabelo legal, tinha olhos castanhos, olhos velhos para sua aparência;junto dele vinha uma mulher, ruiva, um pouco mais velha que ele. E ela falou:" Doutor, eu acho que esqueci alguma coisa". Ele falou:"Ah, Donna o quê?, você não precisa dessas malas!". E então ela saiu, e ele foi atrás, e aquela era minha chance de sair dali! Então fui correndo, abri uma das portas de madeira, e... E virei pra ver o que era aquilo... E... Meu Deus filha! Você nem vai acreditar! Era uma cabine, uma cabine! Da polícia, das antigas, pois era de madeira, e era azul! Azul! Eu fiquei paralisada, e escutei eles chegando, me escondi no lado de um carro vermelho que tinha na frente daquela "cabine", que era maior por dentro!! Eles entraram, e ela... Ela... Simplesmente sumiu. Eu... Não pude acreditar naquilo, era impossível! E no caminho eu vim pensando nisso tudo e de como aquilo era irreal... E...-Falei, sem nem mesmo perceber que estava falando de mim, e não daquela tão jovem que inventei, porque isso realmente aconteceu comigo. Mas me empolguei, era pra ser uma história!
Hazel estava sentada na cama, com completa atenção voltada em minhas palavras.
-Nolssa! Lisso lealmente conteseu com você mamãe.-Falou ela tão animada que seus olhos brilhavam.
-E mais o quê? O que você soibe? Mamãe.-Falou, quase pulando pra fora da cama.
-Nada... Nada mais, acho que já foi muita esquisitisse por uma noite só!
Nós duas rimos.
Hazel:
Não podia acreditar que isso aconteceu com minha Mãe! Era incrível, ou ela poderia estar inventando tudo aquilo. Mas não podia, por que uma cabine? E azul? Não podia ser invenção! Isso realmente aconteceu. E queria mais "relatos" como esses.
-Mamãe... Qlem é esse homem?
-Acho que se chama doutor...
-Doutor? Clomo doutor... O doutor Dolgas?
-Não filha.-Ela riu- Não como o doutor Douglas... Como...
-Clomo?
-Como o Doutor Impossível.-Falou ela olhando pela janela.

The Girl Who Forgot(Doctor Who)Onde histórias criam vida. Descubra agora