32.BÔNUS.-Welcome.

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Lembrando a vocês para comentarem neste capítulo!!
OBS:
Terá trechos da carta ao rodar do capítulo. Como a seguinte forma: desta forma.
E outra pequena OBS: Não deu para colocar tudo neste capítulo, então terá outro Bônus, bem pequeno. Essencial para todo o livro. Então recomendo MUITO a lerem. Obgd!
Boa leitura!

Eu corria, era a única coisa que eu fazia. Não sabia onde estava, era tudo totalmente branco! Mas só conseguia correr, de algo, eu acho. Sentia que algo me perseguia. Eu sempre seguia um pontinho azul, que a cada passo meu, se afastava mais de quilômetros de mim! Fazendo ficar mais desesperada atrás dele.
-Ah!-Acordo assustada.
De novo... O mesmo sonho, desde que vim pra cá, não paro de ter ele e não sei se um vai parar ou se vou conseguir chegar no pontinho azul.
Sento na cama e começo a olhar a janela, o dia chegou. Tenho a sensação que vivemos o mesmo dia todos os dias, os mesmos passam rápido. Deixando-nos sem percepção de tempo, mas deis do primeiro dia, eu conto. Agora são noventa e três dias.
Passo a mão no rosto e levanto-me, vou até a cozinha e sento-me na mesa.
-Bom dia, flor do dia.-Fala mamãe, suas mesmas palavras nessas noventa e três manhãs.
-Bom...-Tentei mudar um pouco, mas sem sucesso.-Dia.
-Chegou uma carta pra você.-Fala sentando e colocando encima da mesa. Isso era novidade!
-Sério? De quem?-Pergunto pegando.
-Não sei, não vi. Coma o seu pastel.
Peguei a carta.
De: The Doctor
For:Alice
-Doutor...?-Sussurro a abrindo com cuidado.

"Olá Alice, eu estou escrevendo esta carta na biblioteca da Tardis, prestes a lhe visitar no Teatro onde está treinando balé. Estou tentando achar tais palavras para colocá-las aqui, de como me expressar e... Eu sou bem ruim nisso, principalmente em finais.

Aqui é chamado de Dead Word, mas chamamos de... O Mundo dos Sonhos. Fica menos assustador.
Como de costume, falo para minha mãe que vou ao parque, fazer uma caminhada, mas na verdade, vou ao Cine Life. Local onde podemos ver o que nossos entes queridos(vivos) fazem. Sempre há uma grande fila, deixando-me observar o lugar.
No parque tem alguns corredores, outros indo calmamente para o trabalho, pessoas jogando xadrez, crianças brincando nos brinquedos. E sabe o que eles todos tem em comum? Tentar viver. Eles fingem que estão tendo uma vida normal. Não sei se trata-se de aceitação pós-morte, mas, na minha percepção, é motivo por puro tédio. Nesse mundo não tem propósito para que "viver", nem para "acordar", tudo é a mesma coisa. Então as pessoas tentam achar o que fazer, no caso: fingir que vivem.
Sou bem diferente, eu simplesmente aceitei. Não LIGO pra nessa baboseira toda de fingimento. Até que o Mundo dos Sonhos tem as suas vantagens: eu consigo vê-los!
Chegou minha vez.

Eu sei o que me espera quando colocar os pés no chão, sei que as escrituras me perseguirão ao meu último suspiro, e sei muito bem que não terá tempo para lhe dar um belo fim, e nem uma despedida. Então, esta carta é pra você, Alice, a pessoa mais altruísta e bondosa que conheci, de seu Doutor.

The Girl Who Forgot(Doctor Who)Onde histórias criam vida. Descubra agora