12. Acorde!

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Acordei com o barulho do despertador, eram 6:00 da manhã, uma manhã normal. Mas decidi dormir mais um pouco, já que era sábado.
-Vamos Alíce, acorde, eles já vão chegar.-Falou uma voz doce abrindo a cortina.
-Ei!.-Falei cobrindo-me com o lençol.
-Ei, vamos, levante.-Falou o tirando do meu rosto.
-Mãe?!
-Claro, por que a surpresa? Ate parece que nunca me viu.-Falou saindo do quarto.
-Mãe....
Olhei ao redor, e tinha sentido que tudo estava... Diferente? Não sei, talvez só seja impressão minha mesmo.
Tomei um banho e fui ate o guarda roupa, apenas roupas brancas, pretas e vinhos.
Peguei uma calça social colada preta, uma regata branca e um terno vinho. E um salto vinho escuro.
-Nossa filha, você vai receber a familia do seu noivo, não ir trabalhar.
-Noivo?
-Hoje você acordou meio esquecida, não é?
-Acho que é por causa do casamento.-Falei descendo as escadas.
Eu falei... Casamento...? Mas que casamento? Hoje estava tudo muito estranho, mas eu ... Todos achavam normal.
*mensagem*
Emma:Alíce, estou aqui.
Alíce:Onde?
Emma:Na outra esquina.
Alíce: OK.
Estava passando pela rua, e fui parada por um homem, parecia um executivo, que falou:
-Acorde.
-Perdão?
-Hã? Posso ajudar moça?
-Você falou... Esquece.
Aquilo foi estanho!
E lá estava a Emma, encostada no poste.
-Emma!
-Alíce.-Veio me abraçando.
-Acorde.-Sussurrou em meu ouvido.
-O quê?.-Falei saindo do abraço.
-Que foi?
-Você...
-Parece nervosa, é por causa do casamento?
-Deve ser.
-Ansiosa?
-Muito.
-E o Sam? sabe dele?
-Não, ele não me mandou mensagem hoje. Oras, ele é o noivo, deve estar fazendo... Coisas de noivo?
-Tipo uma despedida de solteiro?
-Talvez.... Será?
-Será? Amiga, não se preocupe, eles fazem isso. E nos também vamos.
-Vamos?
-Sim!! Hoje a noite, mas agora tem que encarar um monte de feras.
-Nem me diga!
-Mas não agora.
-Do que está falando?
-A despedida.
-Que? MAS ainda é de manhã.
-Hã? Hoje você não acordou bem.
-Mas... Como assim?
Olhei em volta e já era noite.
-Impossível.
-Vamos.-Falou puxando-me.
E ela me levou a um bar.
-Se lembra?
-Claro! Foi aqui que a gente se conheceu.-Falei entrando.
Foi...? Mas... Por que falei isso? Era verdade.
Entramos e sentamos no bar. Tinha um homem, de barba, parecia um mendigo, e não parava de me encarar. Só conseguia ver os seus olhos verdes, e pareciam bem tristes por sinal! Olhos tristes.
Eu Ficava sem jeito.
-Alíceee!! Vamos cantaaaar???.-Falava entre babas Emma, é... Ela estava bêbada.
-Não, vai lá Emma, você canta bem.
-Não quer vim mesmo?
-Não, estou bem aqui, na plateia.
-Como quiser.-Falou subindo no pequeno palco ao lado do balcão do bar.
Ela começava, e bela voz era a dela!
E o homem ainda me encarando.
Eu bebi algumas e fui pergunta qual era a dele.
-Por qle você.-E apontava pra ele.-Fica me olhando.-Alíce... Isso nem foi uma pergunta.
E ele desvia o olhar, e eu vou ate lá, e me sento ao seu lado na mesa.
-Em?
E ele fingia que não me via.
-Eii estou aqui agora, bem na tua frente, seu flertando!
-Hum?.-Perguntou ele.
-Nossa, seus olhos são lindos.-Falei querendo os cutucar.
-Pare com isso.
-Aff, você não é divertido.
-Eu costumava ser, mas hoje, isso não vale a pena.-Falou tirando a garrafa de cerveja da minha mão.-E você está muito bêbada.
-Ei! Isso não é nada vindo de você, seu velho bêbado.
-E está ruim da visão também, não sou velho, sou jovem, apenas da aparência. Mas sim, sou bem velho.
-Quem é você?
-Na verdade, nem sei. Costumavam de chamar de Doutor.
-Doutor?.-Falei tentando me lembrar de algo.-Como? Você era um doutor? Hahahha não parece.
-Eu era um homem "bom".
-Huuum temos um homem bom!.-Falei levantando a cerveja.
-E viajava pelo tempo e espaço, com uma caixa telefônica, azul!
-Você bebeu mais do que eu.-Falei sorrindo.
-Ela está aqui, lá fora.
-Humm sua máquina azul?
-Sim, azul, de madeira.
-Aaaah quero ver! Quero ver!
-Diriam que é um cabine de amassos.-Falou se levantando.
E eu o segui ate uma caixa telefônica da policia, azul, ah! E de madeira.
-Hum... É velha, e de Londres. Você é da Inglaterra, né? Tem o sotaque.
-Sim.
-Mas... Como a trouxe pra cá?
E ele me olha.
-Misterioso!.-Falei a abrindo.
-Cuidado, dizem que é maior por dentro.
-Quem? Os outros bêbados?
-Como quiser.
E eu a abri, e... Era só uma cabine telefônica.
-Hum.... Nada.-Falei a fechando.
E ele pega forte em meu ombro e fala:
-Acorde Hazel!Acorde! O doutor precisa de você.
-Hazel? Não sou ela, sou Alíce!
-acorde!
-Me solte!.-Falei o empurrando,e a partir dai tudo ficou girando, e sentia-me apagar.
-Aaah!.-Grito, mas eu já estava no meu quarto, e era de manhã.-Mas... C-Como?
-Acorde Filha, vamos! Eles já estão
-Chegando...?
-Sim.-Falou minha mãe, saindo do quarto.
Me levantei e...
-Você sabe.-Falou uma voz.
-Quê? Mãe?
-Não!
-Quem é... Você?
-Você, Hazel.
-Não, não sou essa Hazel, já é a segunda pessoa que me fala isso. Pare.
-Você sabe que está algo errado? Não é?
-Não sei....
*Mensagem*
Emma:Alíce, estou aqui.
-Está se repetindo...?
-Sim, o dia está se repetindo. Muitas e muitas vezes.
-P-Por quê?
-Porque você está se lembrando, e precisa! O doutor precisa de você!Acorde!
-Mas... Acordar do quê?
-Sonho.
-Mas... Estou bem acordada.
-Não... Sinto muito, mas você está sonhando, está dormindo no sono da morte.
Olhei para o papel de parede de ursinho que tinha algumas frases fofas, mas agora todas estavam escrito a mesma coisa:"Acorde!" "Está sonhando" "Acorde, você está morrendo, cada vez mais!"
-Pare!!!!
-Alíce, acorde.-Falava a voz.
Sentei no chão, isso não poderia estar acontecendo.
-O tecido da realidade está se rasgando, e você, morrendo. Vamos! Acorde, tenho que ajudar o doutor, você tem!
-Mas... Como eu acordo?
-A chave, a que você sempre passa por ela, mas é como se ela fosse invisível.
-... A da...
-Vamos lembre-se!
-Da coluna da cozinha, atrás da escada, nunca usamos ela, e sempre fica lá.
-Rápido. Mas não se esqueça, todos vão querer para-la, então tem que fingir que está tudo normal.
-Então... Nada é real?
-Claro que não, é um sonho.
-Tudo bem.
Desci as escadas mas me lembrei, a roupa!
-Isso, tem que ser exatamente igual, pelo menos antes de pegar a chave.
-OK.
E me vesti, aquela mesma roupa.
-Nossa filha, você vai receber a familia do seu noivo, não ir trabalhar.-Falou minha mãe indo para a sala.
*Mensagem*
-Deve ser a Emma.-Falei.
-Sim, a responda.
Alíce:Onde?
Emma:Na outra esquina.
Alíce:OK.
Desci e pelo canto do olho vi a chave, prateada.
Fui ate lá, correndo quase ia pegando quando minha "mãe" aparece do nada atrás de mim.
-Você não iria encontrar a Emma?.-Perguntou.
-Como ela sabia?.-Perguntei mentalmente.
-Claro que sabe, é um deles.
-Só vim beber uma água.-Falei dando um sorriso falso.
E ela fez que sim.
-Vou arrumar a sala, e já volto.-Falou.
-Tudo bem.
Quando ela virou a primeira coluna, peguei logo a chave, e sai pela porta da cozinha.
E quando a toquei senti algo estranho.
-Você a reconhece?.-Pergunta Hazel.
-Acho que sim... É... Da Tardis?.-Respondi.
-Sim! Você está se lembrando.
-Sim... Eu... Morri?
-Isso não importa vamos.
-Espera. Eu... Morri? E minha mãe também?
-Sim... Mas temos que acabar logo com isso.
-Agora me lembro de tudo: Do doutor, de que minha mãe morreu por ele, de... Eu ter morrido por causa dele, de todas as pessoas que morreram... Extron. Meu Deus! Ele é um monstro!
-Alice, não temos tempo para isso.
-Como eu posso... Ama-lo?
-Porque você é boa, você perdoa. Vamos Alice. Está perdendo tempo, vão tentar para-la.
-Mas... O que vai acontecer? Quando tudo acabar? Vou morrer?
-Não, vai Viver, só que em outro mundo, como Rose. Ela também passou por isso, mas FOI MAIS RÁPIDA. VAMOS!
-Vou me lembrar...?
-Não.
-Então o que adianta? Se não vou me lembrar?
-Vai sim, mas chegar a hora. A moça irá te ajudar.
-O meu segredo... Agora está tudo claro.
-Vamos vamos.
E escutamos passos pesados.
-Já sabem que pegou a chave, rápido.
-Tudo bem.
E corri ate o bar.
-Sabe onde está a Tardis?
-Sim, mas ela não tem nada, é apenas uma caixa telefônica.
-Claro que era, queriam que fosse, mas agora, com essa chave, irá dar certo.
-O... Doutor, ele também esteve aqui.
-Sério?
-Sim, como bêbado de um bar, ele me trouxe aqui.
-Viu, vamos rápido.
E puis a chave e a abri, a Fechei rápido, e alguém deu uma pancada que me fez cair.
Me levantei e verei-me, e era a tardis!!! colorida!
-Pra mim, essa foi a melhor, colorida!.-Falou Hazel.
-Prefiro a cinza e verde.
-Chata. Agora coloque a chave naquele dispositivo.
-Aquele?.-Falei apontando para um lugar onde era para colocar uma chave, que apareceu perto da alavanca.
-Rápido!
E tudo ao meu redor estava se desfazendo.
-O que está acontecendo?
-Tudo está se desfazendo! Rápido.
Sentia-me voar ate aquele dispositivo, e encaixar, mas antes tudo parou e minha mãe apareceu.
-Não filha, não faça isso, eu estou aqui e agora, por você.
-Minha mãe morreu!
-Claro que não, foi ele! Aquele doutor! Ele nos tirou tudo. Não faça isso, pense, o que ele fez por nos?A não ser de nos matar?
-Boa tentativa.-Falei colocando a chave no dispositivo.-Mas não funcionou.-Falei piscando.
-Não!!!.-Falou se desfazendo junto com tudo.
E paguei, de novo.
-Agora é real.-Sussurrou.
TRIIIM TRIIIIM
6:00 da manhã.
Levantei-me e o meu quarto era o mesmo, mas sem desenhos. Claro! Era normal para mim, esqueci.
Mas ai desci as escadas e minha mãe estava fazendo um belo e cheiroso suflê de chocolate!
-Huum cheiroso.-Falei colocando o dedo na massa, delicioso!
-Ei! Ainda não está bom. Ainda vou ser a garota suflê!.-Falou.
-Claro que sim mãe!.-Falei sorrindo.

The Girl Who Forgot(Doctor Who)Onde histórias criam vida. Descubra agora