17. "I'm not crazy!"-Especial De Natal.

141 13 0
                                    

Flash on: como Alice se lembrou do doutor.
O vento batia forte na janela, a cortina voava sem rumo, que nem a minha cabeça nesses últimos dias.
Quatro batidas. Quatro batidas. Quatro batidas. Sem parar. A cada pensamento meu, a cada palavra saindo de minha boca sentia elas: as quatro batidas.
Um livro, encima da escrivaninha, junto aos papeizinhos de lembre-se.
~lembre-se~
O livro que não tinha absolutamente nada escrito, mas nunca tive nenhuma coragem de escrever. Não sei por quê. Um livro de tamanha importância, que sentia que minha vida dependia dele.
Tinha uma capa dura e cores indecifráveis de azul, roxo, preto e branco (cor do universo). Páginas em branco, um branco osso. Sentei-me e fiquei a encara-lo. O nome do livro:
"The Girl Who Forgot"
-A garota que se esqueceu?.-Falei, virando a cabeça para a direita.
Que coisa! Cadê a criatividade que não vinha? Af.
-Aaah! Que tédio! Olha que ponto chegamos? Ficar olhando para um livro em branco!.-Falei levantando-me.
Então decidi ir até o terraço do prédio. Gostava de ir lá, dava para ver a grande e linda Nova York! A cidade que nunca dorme. Fui pela escada de incêndio, o único meio de chegar ate lá.
Abri a pesada porta vermelha, e o vento forte, suave e frio contra o meu rosto, aquela sensação única!
Estava sozinha, ainda bem, iria poupar alguém de me ver inchada.
Sentei-me no banco de concreto que tinha ali, ao lado de uma árvore com grandes raízes, bom... Elas que o sustentava. Encostei minha cabeça no tronco da árvore e comecei a tirar fotos, do meu celular mesmo. Não tinha investido nesse sonho impossível meu de ser uma fotógrafa. Dali dava uma ótima visão da Estátua Da Liberdade.
-Dá uma ótima foto.-Falo a tirando.
Mas uma sensação estranha toma conta do meu corpo, aquela típica sensação de estar sendo observada. Fazendo-me arrepiar-me toda! Me cobri mais com o casaco, talvez só seja o frio. E esqueci aquilo e fui editar as fotos ali mesmo. Fui as passando ate que cheguei na da estátua da liberdade. Ficou toda borrada.
-Impossível, mas não vai ficar assim.-Falei tentando focar o máximo possível aquela foto. E consegui, coloquei um zoom.
E a foto estava toda... Errada, o que era aquilo?!
A-A estátua estava com a boca aberta e com os seus dentes pontiagudos! Não conseguia acreditar! Como assim? Nem ao menos pensei duas vezes em olhar para ela.
-Normal? Mas... Como?.-Falei pegando de novo o celular.-Não sou maluca!.-Tirei outra foto.
Mas na segunda estava normal!
Comparei as duas, completamente iguais, em ângulos iguais, tudo igual! Tirando o fato que a primeira estava macabra! A estátua se mexeu. Como?
Alguém segura forte em ombro. Nem conseguia respirar! Impossível alguém ter entrado, se não a porta iria fazer um tremendo barulho e sem falar que é pesada. Ela(ou ele) já estava ali.
E ela continuava a apertar, sem coragem de virar fiquei complemente paralisada.
Alguém sussurra em meu outro ouvido:
-Não pisque.
Estava com muito medo pra piscar!
Não estava aguentando mais! Meus olhos ardiam e lágrimas escorriam em meu rosto.
-Seja forte.-Sussurra outra vez.
-Não consigo, eu sinto muito por não ser mais a sua cachorrinha obediente.-Falo com os olhos ardendo cada vez mais.
E ao piscar, tudo fica escuro e acordo no mesmo lugar.
-Era apenas um sonho.-Falo aliviada.
Um sonho bem estranho! De quem era aquela voz? E por que eu respondia como se o/a conhecesse? E aquela foto?!
Para checar, peguei meu celular e procurei a foto, e nada, nenhum sinal de foto alguma. Suspiro e apoio meu corpo no tronco, olho para o lado, ao lado da porta tem um cartaz de papelão para pendurar mensagens, e lá, tinha uma que me chamara atenção:
"Quando estiver se sentindo , apenas olhe para a imensidão do céu, a estrela mais brilhante e maior, sorria, pois pode ter certeza que tem um maluco em uma caixa azul te vigiando e protegendo."
PS: D.
-Um maluco em uma caixa azul?.-Falo sorrindo sarcasticamente.-É... Estão ficando sem idéias.-Falo levantando-me.-Está muito frio, e ficando tarde.
Me joguei na cama com tudo, não conseguia levantar, estava colada nela. Não queria. E de novo encarei aquele livro, parecia tão importante e... Inútil? Mas... Sei que um dia será útil... Apenas sei.
Os dias passam rápido, todos são iguais: uma bailarina iniciante sem sucesso algum; sendo sustentada aos 26 anos pela mãe que trabalha de garçonete em uma lanchonete no centro; morando com ela em um apartamento cinza e destruído!; e a vida não tendo nem um sentido para mim... Sempre faltando algo ou esperando por alguém. Apenas um vácuo, um nada.
Em um domingo tedioso de sempre:
-O que está fazendo?.-Pergunto pegando um copo d'água.
-Um bolo.-Fala fazendo careta.-*Tentando.
-Suflê? De novo?
-Sim, só que agora funciona!
-Você sempre diz isso.-Falo apoiando-me no balcão.
-Mas agora vai! Aaah qual é Alice? Mais ânimo! Hoje é domingo!
-Exatamente!
Ela me dar um olhar de reprovação.
-Odeio quando faz isso.-Falo saindo indo para o meu quarto.
-Suas tias vem hoje a tarde! O Will vai trazer uns amigos e por favor, seja legal.-Fala de longe. Na verdade nem escutei uma palavra que ela disse, tudo ali era... Igual, todos os domingos uma " festa" com os familiares e amigos, as tentativas fracassadas de minha mãe ao fazer o suflê, e eu reprovando a todos com o olhar de apenas existindo, de que dá a mínima importância para quem jogou ontem ou ir assistir ao jogo de basquete da casa ou falar da vida miserável que estamos levando ou das promoções e liquidações que está tendo em uma loja cara. Sempre faltava. Faltava apenas um coisa: Vida. Ninguém ali vivia, ou não tinham a mínima ideia do que é viver e naquelas circunstâncias nem eu sabia.
-Você sabe da Caroline?
-Não, conta.
-Diz que ela tava namorando com um dono de uma loja caríssima!.-E se ajeitou, tentando sussurrar mais né, impossível.-Mas ele a traiu com uma ajudante de enfermagem do hospital Goxgh's em São Francisco.
-Mentira, nossa.
Minha mãe flutuava naquela conversa, sabia que não se encaixava mas sempre dava um jeito, de : "Mentira!" Ou " Nossa!" "Como pôde".
-E da Charle? Aquela de quase trinta, solteirona.
-Né, encalhada. É muito feio uma mulher de quase trinta anos não estar comprometida.-Fala tia Tammy.
A atenção é toda voltada para mim.
-Quis dizer quarenta, quarenta anos.-"Corrige".
Apenas reviro os olhos. Ninguém Merece!
-Vou dar uma volta.-Falo pegando meu casaco.
-Onde?.-Fala Mamãe me parando com seu braço.
-Ah sei lá, por aí.
Fui cercada por aquele olhar de reprovação de novo, acompanhado de bônus com todos que estavam ali.
Sai em disparada e bati a porta com força.
Peguei meu celular e liguei para o Kyle.
Alice: Kyle, vem me buscar.
Kyle: iih agora não Alice, fazendo um lance.
Alice: e quando pode?
Kyle: acho que às 17, por quê?
Alice: eu que sair daqui.
Kyle: claro, mas às 17.
Alice: que se dane as 17, por favor.
Kyle: é bem sério, não posso sair agora, serao, vou te pegar às 17.
Alice: Aaf! Dane-se.-Falo desligando.
E recebo uma mensagem.
Kyle_gibnins28: Às 17:00.
-AFF.
Vou passando pelas ruas, que para mim, não fazia mais sentido algum, nada fazia!
Aquela sensação cercava-me de novo, de estar sendo observada! Minha atenção é voltada para os gárgulas que ficavam nas torres da igreja. Tive a impressão que eles se mexiam a cada piscada minha. O que estava acontecendo comigo!? Estou ficando paranóica! Louca!
Parei e sentei em uma calçada de um prédio.
-Alice? Está tudo bem?.-Pergunta alguém se aproximando.
-Ah, Heitor, oi.-Falo tentando me recompor.
-Você não quer entrar?
-Não, eu... Quero sim.-Falo entrando.
Heitor era o recepcionista do prédio onde minha mãe trabalhava como garçonete.
-Quer que eu ligue pra sua mãe?
-Não!.-Gritei e todos me encaravam.-Não, obrigada.
-Tudo bem.
-Existe dois mundos! Sabia? Paralelos.-Uma mulher para na minha frente.
-Hum, legal.-Respondo.
-Você.-Aponta para mim.-Você sabe que algo falta não é?
Ela apenas sorri e pega o elevador.
-Ei! Espere!.-Falo mas ela já havia entrado.
Parou no 11° andar.
-11? Okay.-Fui pela escada mesmo.
Subi elas tão rápido que nem sentia mais meus pés.
Quando cheguei avistei várias portas, mas senti um vulto entrando no departamento dos loucos, como minha mãe fala.
Senhorita Evil a médio.
Entrei e logo dei de cara com aquela moça sentada, e uma grande mesa.
-Criança, sabia que iria voltar, sempre voltam.
Já tinha ido ali antes, quando era criança, minha mãe tentou fazer amizade com a senhorita Evil,não sei o que houve mas não se deram bem. Já eu... Mostrava mais interessada.
-Você disse... Que tem algo de errado, faltando algo. Diga-me então o que está faltando.
-Dei-me sua mão.
Estendi minha mão, a mesma a agarrou e deslizava suas unhas nela.
-Hum... Interessante.
-O quê? O que é interessante?
-Você. Tem um bloqueio de memória, é isso que está faltando: suas memórias.
-Como?
-Não sei, está bloqueado.
-Mas como irá me ajudar!?
-Você presenciou algo estranho?
-Sim... Um sonho, a voz nele, a estátua.
-Um sonho, hein? O melhor jeito de se manisfestar. Dei-me sua mão de novo, só que agora foca nesse sonho estranho e na voz.
-OK.-Falo dando minha mão.
Flash do suposto sonho:
-Não pisque.
-Seja forte.
-Não consigo, eu sinto muito por não ser mais a sua cachorrinha obediente.
-Apenas isso? Não está claro. Tem mais algo?.-Pergunta.
-Uma mensagem estranha.
-Isso, foca nela também.
Flash mensagem:
"Quando estiver se sentindo só, apenas olhe para a imensidão do céu, a estrela mais brilhante e maior, sorria, pois pode ter certeza que lá tem um maluco em uma caixa azul te vigiando e protegendo."
PS: D.
-"D."?
-Sim, mas não sei quem é.
-"Um maluco em uma caixa azul".-Ela sorria.
-Sim, estavam ficando sem criatividade.-Falei com um sorriso abafado.
-O doutor.-Sussurra.
-O doutor? Doutor Quem?
-Exatamente!
-Quê?
-D.: Doutor.-Responde.
-Doutor? Mas por que? Tem vários nomes começando com a letra D.
-O Doutor não é uma pessoa.
-Quê? Como assim? Você é louca!
-Vamos Alice se lembre!
-Como sabe meu nome!?
-Eu li, na sua mão, o seu bloqueio! AHAM! SABIA QUE NÃO ESTAVA LOUCA! EXISTEM DOIS MUNDOS! E VOCÊ VEIO DO OUTRO! HA!
-Não entendo nada que está falando. Então... Tudo foi uma mentira? Minha vida toda...
-Lembre-se! O livro!
-O-O livro? Mas não tem nada escrito nele!
-Sim, um nada. Em um "nada" tem tudo, só que ainda não viu, não chegou a hora.
-Hora de quê?
-O seu segredo, aquele oculto. Esse é o mais bloqueado! Vamos agora é com você.
-As quatro batidas, se lembre.
-Sim, as batidas, mas não sei o que significam.
-Coração de um senhor do tempo.-Fala sorrindo.
-Senhor do quê?
-O doutor, agora irá se lembrar.
-O que vai acontecer agora?
-Boa noite.-Fala sorrindo.
Sinto meus olhos ficarem pesados, ate apagar.
BIII BIIII BIII BIII
-OLHA POR ONDE ANDA!
-Hã?
Como? Eu... Estava zonza e no meio da rua, quase fui atropelada. Tudo estava com pontos pretos, e girando. Sentia-me no palco, com aqueles olheiros me matando pelo olhar, mas eu tinha que dar o melhor de mim, girando e girando, um pulo hélice para completar, não posso cair! Nem dar um passo errado, se não morro.
Flashs:
-Quem é você?
-Eu sou o doutor.
-Doutor Quem?
- doutor.
Flash two:
-A garota que sabia...
-O quê?
-Você.
-Você gosta de colocar apelidos nas pessoas.
- as especiais.
Flash three:
-Ele acha que sou a estrela.
-Você é?
-Não, eu saberia, ?
-Rose não sabia.
-Para!
Flash four:
-Chegou minha hora, a da Star.
-...Eu amo você Hazel...
-Ei! Lembre-se eu sempre dou um jeito.
Flash:
-Minha mãe... Morreu por você! O Mestre a matou!
As Quatro Batidas.
-Não! Para!.-Falei batendo na minha cabeça.
Alice: Kyle, agora!
Kyle:Não posso. Às 17.
Alice: Agora!!!!
Kyle:... Te acalma.
Alice: Calma nada! Vem AGORA!
Kyle: Onde você ?
Alice: Não sei, em uma rua.
Kyle:Ajudou muito.
Alice: É sério!
Kyle:Um ponto de referência.
Alice: Um posto de gasolina, o nome é Posto Cristal, no centro.
Kyle: estou indo.
Depois de 20 minutos ele chega.
-O que houve?.-Pergunta ainda dentro do carro.
Eu estava inquieta.
Entrei e coloquei o cinto.
-Quero fazer alguma coisa.
-Que coisa?
Olha para a loja de conveniência do posto.
-Quero roubar uma loja, aquela.-Aponto, e tirando o cinto.
Ele ergue uma das sobrancelhas e dá um sorriso indecifrável.
Flash of.
--------------------------------------------
Genteeee!!! Estou realmente muuuiitoooo feliz! Chegamos a 1k!!! Aaaeeeeeh!
Primeiramente quero agradecer a todos! Por tudo!
Eu me esforço para dar conteúdos únicos e interessantes a cada capítulo, muito mesmo. Pois sou uma GRANDE de Doctor Who! Por isso é uma grande honra fazer uma fanfic da minha série favorita.
Espero que tenham gostado até agora, e que venham cada vez mais e mais. Que pessoas novas conheça este livro e fazer parte disso!
Obrigada por você, que faz parte desses mil!
Que chegam os 2k!!!
Realmente obgd... Obrigada Whovians! E a todos!

The Girl Who Forgot(Doctor Who)Onde histórias criam vida. Descubra agora