23. O Nosso Pequeno Paraíso

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Narradora:
Em uma ilha paradisíaca, sentados na beira do mar, na areia molhada, estavam Alice e Sam. Alice estava com a cabeça apoiada no ombro dele. Estavam conversando sobre a vida, e de como seria bom viverem assim, na paz, sem estar correndo a todo tempo.
-É... Seria bom.-Fala Alice olhando para aquela água cristalina.-Mas não iríamos nos acostumar uma vida sem o doutor, iria ser bem difícil.
-... Talvez tenha razão, ou não. Todos se acostumam a algo, o ser humano é assim. Talvez... Uma vida normal seja bom para nós. Já pensou?
Mal sabiam eles que ali, no meio das palmeiras tinha um homem solitário escutando tudo.
Alice olhou para aqueles olhos verdes de seu amado e falou:
-Uhum, namorar, se casar e ter filhos. O meu sonho de consumo!.-Fala sorrindo, fazendo Sam sorrir também.
-Namorar? Pensava que já estávamos namorando.-Faz bico.
-Estávamos? Quando iria me avisar?
-Agora você me magoou.
-UE, você nem pediu...-Fala olhando para o céu.
-Ae, então é assim. Beleza.-Fala Sam se levantando.
Alice não entendeu o que estava acontecendo.
-Então todas vocês estão de prova.-Ele falava com as estrelas.-São testemunhas desse dia!.-Agora olhava para os olhos castanhos de sua amada.-Alice Wesley, Você aceita passar o nosso para sempre... Vivendo aventuras, loucuras, amores, perigo em uma caixa azul... E Comigo? Você aceita... Namorar comigo? Viver o nosso para sempre?.-Alice emocionada com tão poucas palavras de tamanho significado.
-É Claro que eu aceito!.-Fala levantando-se e beijando-o como de fosse a última vez.-Eu amo você.-Sorria.
-Eu também amo você.-Fala sentando outra vez, a mesma também.-Preparada?-Afirmo com a cabeça.
-Feliz Ano Novo!-Gritamos.
Ficaram abraçados ali, parados naquele momento maravilhoso de suas vidas. Olhando para o mar, aquele lindo e infinito mar, que nem o amor que sentiam um pelo outro.
-Por que você acha que ele ficou com esse rosto?.-Pergunta Alice.
-Você quer dizer velho?
-Ei!.-Ela dá um leve tapa EM seu braço.-Mais ou menos.
-Por que a pergunta?
-Não sei... É porque... Na antiga regeneração dele... Era mais jovem, por que acha que ele mudou?
-Ah... Ele tem uma idade significativa.-Os dois riram.-Não é nenhuma surpresa, ele.... Apenas tirou a máscara.
-Máscara?.-Franzino a testa.
-É, olha, pense bem. O doutor, ele é um homem MUITO antigo, sério, deve ter mais de três mil anos?
-Bem mais.
-Pois é, acho, não, tenho certeza que as regenerações jovens dele é uma máscara.
Alice não entendia.
-Ele perde tantas pessoas que ama, não dá nem para contar... A tamanha... Tristeza, o vazio que existe naqueles dois corações. E sim, acho que é uma máscara, para poder... Confiar. Não sei se vai entender, mas o pouco tempo que estou perto dele, eu percebi. Ele se importa com você.
-Ele não vai me perder.
-Eu sei que não.-Beija a testa de Alice.- Junte-se a nós, doutor.
Alice levanta e se aproxima do doutor.
-Ei.-Fala o abraçando, ele nem ligou para o anti-abraços, só queria senti-la, nem que se fosse pela última vez.-Feliz Ano Novo.-Sussurra em seu ouvido.
Ele sabia que um dia iria perdê-la, em algum momento... Isso ele temia, perdê-los.... Até mesmo o Sam, ele pensava.
-Temos que ir.-Sua voz sai meio abafada, pois estava aprofundado no ombro de Alice, a garota que um dia ele amou. E ainda ama, de uma certa forma.
Não era o mesmo homem, ele admitia. Mas queria ser melhor pra ela. Gostava do jeito de como ela olhava para Sam, o fazia querer seguir, o fazia ter esperança... A acreditar no amor.
-Tudo bem.-Fala saindo do abraço, deixando o doutor respirar.-Vamos Sam.-O mesmo se levantou e os seguiu.
Alice:
-O que temos para hoje?.-Falo Indo para o meu quarto.
-Ainda estou vendo.-Fala o Doutor.
Sam segui-me.
-Ei, apressadinho. Vamos ir devagar. Você no seu quarto e eu no meu.-Falo o empurrando.
-Você vai implorar por mim.
-Ha Ha, vai nessa.-Falo entrando.-Bye.
Estava sorrindo que nem uma boba.
Tomei um banho e coloquei uma meia calça preta xadrez; uma saia azul escuro, quase preto; uma regata branca; uma jaqueta jeans e um tênis (o meu típico all star branco). Amarrei o cabelo no rabo de cavalo.
Saí e fui para a sala de controle. O Doutor estava com o seu terno vinho e o Sam: calça jeans; camisa social verde, as mangas diminuídas até cotovelo; e seu seu tênis all star ( preto e branco, que ele usa pra tudo).
-Iai?.-Pergunto.
-Recebemos um... Convite.-Fala Sam, cruzando os braços.
-Convite? Pra onde?
-A Igreja. Natasha... Velha amiga, e sobreviveu, é dura de matar.-Fala puxando a alavanca.
-Chegamos?.-Pergunto.
-Sim, mas antes coloque isso na sua roupa.-Ele joga pra cima e eu o pego.-É um tipo de comunicação?
-Não... Essa igreja é meio peculiar.-Fala Sam.-Esse dispositivo é para... Todos que não estiverem ele... Verem você... Nua.
-NUA?!
-Sim, estamos indo a Igreja!.-Fala o Doutor abrindo a porta.-Natasha! Quanto tempo, ainda está... Viva.-Fala indo em direção a uma mulher, bonita...
Doutor:
-E vejo que você também, doutor.-Fala Natasha.-Mudou de corpo.
-Regeneração.-Falo aproximando-me.-E então... Qual é a honra do seu convite?
-Provar que você realmente é o doutor.-Levanta uma das sobrancelhas.

The Girl Who Forgot(Doctor Who)Onde histórias criam vida. Descubra agora