29. A Contadora De Histórias

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Hazel:
Tinha parado de cair, sentia o chão outra vez. Aquilo era uma calçada, nossa... Era calçada.  Nunca tive tanta saudade do chão.
Levanto o rosto, e... Estava em casa? A minha velha casa, parecia do mesmo jeito que a deixei pra mudar-me para o apartamento.
A chave ainda debaixo do tapete.
—Como sempre.—Mal conseguia falar. Mas um sorriso apareceu.
Abri a porta e... Alguns móveis ainda estavam cobertos pelo pano... Parece no primeiro dia que voltei.
—Meu nome é Hazel Oswald Wesley.—Alguém falou, no banheiro. E era a minha voz. Droga!
—Meu nome...
—Meu nome é... Ah!
—Meu nome é Hazel Oswald... Não precisa falar o nome todo!
—Sou...—Ela para ao ouvir um barulho no quarto, eu também paraliso.
—Olá?.—Ela se aproximando.
AGORA EU ESTOU FERRADA!!!. —Era a única coisa que pensava.
Mas o celular dela toca, assustando a nós duas.
—Ah meu Deus, Alô?—Fala.—Ai, Emma, que susto. Parece aqueles filmes de terror que a gente assistia.—Sorria.—Agora? Mas amanhã tenho uma entrevista de emprego. Ta bom, tô indo. Me espera!—Fala pegando sua jaqueta e saindo.
—Eu me lembro desse noite. Bem cansativa... Só Emma falando do Cara que ela conheceu.—Comento.
Ouço mais um barulho no quarto, agora deu medo.
Fui bem devagar, cheguei na porta. A abri.
—AHAM!
Mas não tinha ninguém, só a janela que agora estava aberta.
—UE, mas... Estava fechada.—Sim, estava fechada, quando eu entrei lembro-me que estava!
—Casa velha Hazel, apenas isso.-Falei pra eu mesma.
Apenas Fechei de novo.
Mas após ter fechado, depois que dei dois passos, escutei abrir, de novo!
Paralisei. Virei gradualmente, e ela agora estava escancarada. Me aproximei mais, e coloquei minha mão nela, naquele momento me senti estranha, mas logo a tirei, me virei mas... Mas não tinha nada!
—C-Como assim? Eu... Eu não sei onde estou, socorro! Eu não sei onde estou!!!
Tudo estava escuro.
—Que Droga! Eu fiquei presa no MALDITO ESPELHO! Ninguém merece, acabo que sair de uma prisão pra entrar em outra.—Bufo zangada.
Pessoas passavam mas nem davam bola. Eu pedia ajuda mas elas tinham medo e se afastam.
—Que coisa! Qual é o problema de vocês??
Minhas esperanças estavam todas entrando pelo ralo a baixo.
Encolhi-me no canto naquela escuridão sem fim, até que senti alguém a se aproximar.
Outro medroso.—Pensava.
Mas esse foi diferente, ele... Não se afastou, ele colocou sua mão.
Curiosa com O tal corajoso e me assusto com quem está lá.
—Doutor.—Sussurro.—Que droga.—Falo olhando bem, e sim, eu reconhecia aqueles olhos pequenos e verdes em qualquer lugar. E a sua testa franzida. Ah! E sua gravata borboleta.
Ele ainda estava com a mão no Vidro, então sentia-me obrigada a corresponder.
E foi aí que percebi que ele não me conhecia, e essa história de me conhecer no espelho nasceu aqui. Então tinha que fingi que não o conhecia.
Alice:
—Doutor... Mas onde ela mora?.—Pergunto.
—Virgínia.—Fala puxando a alavanca.
—E agora? Não entendi.
—Daleks sendo os mesmos chatos e irritantes Daleks.—Revira os Olhos.—Deve ter só alguns sobreviventes, já que explodi seu planeta.—O olho, o mesmo dá de ombros.
Saímos e estamos no quintal de uma casa.
—Você apareceu assim, no quintal?.—Falo.
—É, onde mais?
—Sei lá... Na frente da casa? Eu iria me assustar em encontrar uma caixa telefônica da polícia dos anos 50 azul no meu quintal.
—Elas não vão saber, está de noite Alice. Devem está dormindo.
Aproximo-me da janela e vejo que Hanna estava deitada com os olhos fechados, e sua mãe ao seu lado, com um livro em suas mãos. Sorri e disse:
—Ou lendo.
—Vamos, Alice.—Fala saindo do Quintal pela cerca.
—Qual é a necessidade de sair de um quintal para entrar em outro?.—Falo o seguindo.
—Sendo... Discretos.
—Você será bastante "discreto" se pisar nesse carrinho de música.—Falo o olhando.
—Oras... Vamos.—Engole o seco e desvia do carrinho de música.
Hanna:
Minha mãe estava a contar uma história, a minha preferida:
—Era uma vez o Sol e a Lua, sempre foram apaixonados um pelo outro, mas nunca podiam ficar juntos, pois a Lua só nascia ao pôr do sol. Sendo assim, Deus na sua bondade infinita criou o eclipse como prova que não existe no mundo um amor impossível.—Termina.
Essa sempre fora a minha preferida, sobre amores impossíveis serem possíveis... É meio complicado, mas ensina que nada é impossível! Uma esperança, sei que sou muito nova mas... É lindo.
Ela me dar um beijo de boa noite.
—Boa Noite, minha princesa.—Amaciando meus cabelos, e desliga a luz.
Após minha mãe ter saído do quarto, enfim podia dormir.
Estava com os olhos pesados, quase se fechando quando ouço um barulho no quintal. Curiosa, fui ver pela janela. Nada.
Mas um barulho... Uma música começa a tocar, daqueles brinquedos.
—Eu disse pra você não pisar.—Fala alguém. Sua voz feminina,decepcionada e de "eu te avisei".
—Não tenho culpa se tem vários espalhados no quintal! Isso que é uma armadilha.—Fala em seguida outra voz, só que agora de homem.
Podia ser ladrões, mas... Não tive medo. Quem iria roubar um carrinho de música?
Calço minhas pantufas de girafa; coloco meu roupão lilás; meu cachecol branco e minha touca de crochê.
Peguei a lanterna e decidi segui-los. Não sentia mais sono, fora completamente embora. Tinha que saber o que eles queriam! E no quintal do Freddy. Ainda bem que seu irmão, Lucas, tem seus carrinhos irritáveis barulhentos.
Sai pela cozinha, que dava para o quintal.
Fui seguindo os carrinhos espalhados até da em uma rua, sem ninguém. Dava calafrios!
—Não tenha medo, Hanna. Vai fazer nove próximo mês... Já está grande.—Respiro e vou em frente.
Nunca estive com os meus extintos tão apurados.
—Exterminar!!.—Escutei.Normalmente você iria correr dali o mais rápido possível, com a seguinte palavra ameaçadora. Mas queria saber quem ou o que fez isso.
Aproximo-me mais, e era uma figura de um... Saleiro gigante, com um desentupidor.
—Como assim?
Já essa criatura(metálica) aponta o desentupidor para um homem, na mesma sai um tiro? E isso desintegra o homem.
—Wow.—Foi a última palavra que pude falar antes que alguém tampar minha boca.
—Shh!.—Ela pega minha mão.—Corre!
Corremos até outro quarteirão.
—Quem é você?.—Pergunto.
—Alice.—Responde sussurrando, atenta ao lugar.
—O que era aquilo?.—Pergunto sussurrando
—Daleks.—Sussurra. Faço que sim. Mesmo não fazendo ideia do que ela estava falando.—E eles raptaram meu amigo Doutor.
—Ah... Como vamos resgatá-lo?
—"Vamos"?
—Sim, quero ajudar.—Falo firme.
—Olha, eu vou te levar para casa. OK?
—Não, quero ajudar.
—... Eu me viro sozinha.
—Duvido.—Falo cruzando os braços.
—Aaah, Hanna. Então vamos.
Como ela sabia o meu nome???
—Uma pergunta.—Fala.
—?
—Por que a cidade inteira está enfeitada?
—É natal.—Sussurro.
—Ah, a propósito, feliz natal.
—Uma pergunta.
—?
—Por que estamos sussurrando?.—Pergunto.
Ela sorri e dá de ombros.
—Então...Alice, onde ele está?—Pergunto.
—Segui-me.
Fomos até um tipo de lixão.
—Aqui fede.—Falo tampando o nariz.
—Acho que estão ali.—Aponta para um casa ali perto. Um tipo de cabana, caindo aos pedaços.
—O que vamos fazer?.—Pergunto olhando pela janela.
—Só depende de uma coisa: Você é boa com histórias?
Doutor:
Finalmente saímos das armadilhas de carrinhos barulhentos.
Chegamos em uma rua.
—Onde será que eles estão?.—Pergunta.
—Não sei, em qualquer lugar.
—Dou-Tor.—Droga!
Olho para trás e tinha três Daleks na minha frente.
—Corre, Alice, corra.—Sussurro pra ela.
—Não vou te deixar aqui.—Fala sussurrando.
—Corre! Agora, não estou pedindo.
Pude ouvi-la bufando e saindo, dobrando a rua.
—Doutor!
—Olá, quanto tempo.
—Você é o Doutor, tem que ser exterminado.
Engoli o seco.—O que há em um nome? Nomes são só títulos. Títulos não te dizem nada.
—Pegue-no!!
—Eieiei!

The Girl Who Forgot(Doctor Who)Onde histórias criam vida. Descubra agora