3. "Era eu..."

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-E aí? O quê achou?.-Perguntei dando uma voltinha.
-Ah... Tá boa... Ficou bem em você.-Falou, tentando disfarçar mexendo nos controles.
-Só? Só boa?
Ele não respondeu.
-Então... Onde conseguiu o vestido? Assim, Você não comprou, ou comprou?
-Não. Era de uma amiga.
-Quem?
-Amy.
-Amelia Pond.-Comentei.
-Sim, como você sabe?
-Eu sei de várias coisas.-Falei.- Da garota que esperou. A história dela parecia com a minha! Mas você voltou por ela, mesmo que 12 anos depois.-Falei dando um sorriso de lado.
-Eu voltei por você....-Falou puxando alavanca. Pouco ouvi o que fizera.
-Aonde estamos?.-Falei curiosa.
-Faça as honras.-Falou ele sorrindo e apertando a mão (ele sempre fazia isso quando estava empolgado ou feliz).
Abri gradualmente a porta de madeira e vi... Meu Deus! A paisagem a mais linda do mundo.
Era uma ilha cheias de vagalumes e as árvores eram bem coloridas, e algumas tinham a cor do universo. E o céu, Era o melhor de todos! Era feito de estrelas! Vários tons de azuis escuros, e violeta, e as estrelas! Nossa... Já lhe falei que a minha coisa preferida no universo são as estrelas? Elas são lindas! Magníficas! Seu brilho nos trás esperança, minha mãe falava isso.
-E então o que achou?.-Falou ele se aproximando da porta e colocando a mão em meu ombro.
-Eu... Estou sem palavras para descrever... É simplesmente lindo!
-Haha, então você gostou!
-Siim, eu amei!
-Tenho que te mostrar os seres daqui!!.-Vibrou O doutor.
Ele me mostrou uns seres parecidos com fadas!
-São... Fadas?
-Não! Nunca fale isso! Eles se ofendem.-Falou dando um leve tapinha na minha testa.
-UE, por quê? Elas se parecem muito com Fadas.
-"Elas"? São eles! Você é muito preconceituosa sabia?
-Ei! Sou nada, é que parecem.
-Fadas não existem!.-Falou.
-Ei! Existem sim, só que a gente nunca viu uma.
-Eu tenho 1.094 anos de existência e nunca vi uma!
-Ah! Não.É diferente, ainda tem vários planetas que você ainda não visitou... É isso!
-Você é teimosa.
-Obrigada.
Andamos até uma casa de Praia. Em frente a um mar incolor que refletia as estrelas as deixando bem maiores.
-Chegamos.
-É... Sua casa?
-Mais ou menos, tenho várias casas.
-Você me entendeu.
-Vá lá ver o seu quarto.
-OK!.-Falei subindos as escadas feita de cipó.
Cheguei até uma porta que estava escrito: QUARTO DA HAZEL.
-Bem visível.-Falei virando a maçaneta da porta.
Ele era... Estrelado. Lindo. Nossa, o doutor... Como ele sabia?
Ele apareceu na porta.
-Como você sabia...?
-O quê?
-As estrelas...
-Ah, não sabia, só achei que iria combinar com o ambiente.
-Mentiroso.-Falei, entre sussurros.
Eu comecei a olhar o quarto, ver cada detalhe, e o que tinha nas gavetas, e tudo mais. Até que ele se sentou na cama.
-A garota que sabia.
-Quem?
-Você.
-Huum, você gosta de apelidar as pessoas.
-Só as especiais.
O clima estava ficando estranho, sentia meu estômago se retorcer.
-Aonde estamos? O nome.
-Ilha de Mooohjim. Meu lugar preferido, me ajuda a pensar.-Falou, olhando para a sacada, para o céu.
-Virou o meu também.-Falei me aproximando.
Ele sorriu sem exibir os dentes.
-Eu... Estou com sono, se não for incômodo...-Falei, simulando um bocejo.
-Ah! Claro! Tudo bem.-Falou, dando um pulo da cama.
-Doutor?
-Sim?
-Era você...? No meu sonho, acho que foi um lembrança ou realmente aconteceu. Me colocando na cama? Foi você?
-Sim... Boa noite Hazel.
-B-Boa..-Falei, com a sensação que já escutei ele falando isso.
Me deitei, estava cansada, tive um longe e maravilhoso dia. Bom, era bem diferente que minha mãe me falava, ela dizia que viajar com o doutor é perigoso, e incrível.
Acordei com um forte brilho vindo da sacada.
-Ah... Isso... É real? Realmente encontrei o doutor?.-Falei me levantando.
Desci e não achei o Doutor. Procurei na casa toda, e nada. Fui para fora e vi a Tardis. Ela não estava aberta, então bati três vezes.
-Entra.-Falou o doutor.
-Você não dorme?.-Falei ainda me espreguiçando.
-Claro que sim! É Que não consegui.-Falou instalando os dedos, e fechando a Tardis.
-Por quê?
-Tive perdas... Não conseguiria.
Não perguntei quem era, aqueles olhos tristes já revelavam tudo.
-Já vamos?.-Perguntei.
-Sim.
-Ah mais já? Estava gostando.
-Nada dura para sempre.
-Claro... Aonde vamos?
Ele me olhou com olhar desafiador.
-Ou melhor, em que ano vamos?
-Ah! Gosto de você, como gosto!.-Falou, puxando alavanca, dando um forte impacto.
Abri a Tardis, e vi minha casa.
-Minha casa? Por quê?
-Queria ver como você era, a garotinha sonhadora, eu amo conversar com elas.-Falou saindo apressado.
Ele parou bem na porta quase bateu e eu o impedi.
-Não! Minha mãe vai me reconhecer!
-Que nada.
-Sim! Ela sabia sobre você, então.
-Odeio com você está certa.
Me aproximei da janela do meu quarto, e vi minha mãe, ao meu lado, de vestido cinza xadrez.
Perai! Foi naquele dia que ela me contou sobre o Doutor!
Estava a observando, ate quando ela simplesmente olha pra mim, e da um sorriso gratificante que ela fazia, de felicidade!
E eu só pude escutar ela falando para a garotinha (eu).
-Sim, um doutor impossível. E você irá encontra-lo! Mesmo que seja difícil, mas nunca desista. Nunca! Eu acredito em você.-Falou beijando a testa da garotinha.
Senti lágrimas caírem dos meus olhos.
Só peguei o doutor e entrei na tardis, fui direto para o meu quarto, o deixei com cara de bobo(de: como assim? O que aconteceu?)
Me deitei, e fiquei sorrindo entre lágrimas.
-Minha...mãe....-E sorria- Ela sempre soube! Naquela noite quando ela olhou para janela, ela... Me olhou! E por isso teve tanta certeza.... Meu Deus..!
Naquela noite não consegui durmi. Então fui ate o doutor, na sala de controle, iria explicar para ele, coitado! Não entendeu nada.
Ele estava meio pensativo. Olhando pro nada.
-Está tudo bem?.-Perguntei.
Ele não respondeu.
-O que aconteceu?.-Perguntou vindo pra bem perto de mim.
-Nada... Só vi minha mãe.
-Só? Você nem me deixou ve-la.
-Não precisava.
-Você está me escondendo algo.-Falou franzindo a testa, com aqueles pequenos olhos verdes.
-Nada... -Falei tentando escapar da conversa.
-Eu não vou desistir. Sei que está escondendo algo e vou descobrir.
-OK... É que era eu, o tempo todo.
-Você?
-Sim! Você foi justamente para o dia que ela me contou sobre você. E ela teve tanta certeza que um dia eu iria te encontrar.
-Como?
-Porque ela me viu, claro! Agora faz sentido.
Ele deu um sorriso.
-Ent...-Fui interrompida por um forte impacto.
-Batemos?.-Perguntei.
-Não impossível!.-Falou vendo no monitor.-Fomos sequestrados.
-QUÊ!?

The Girl Who Forgot(Doctor Who)Onde histórias criam vida. Descubra agora