Riley
Se alguém me dissesse que no final da noite eu estaria sentada na cama da pessoa que eu mais odeio no mundo, eu provavelmente riria na cara dele, mas tudo o que eu fiz essa noite, só provou que eu estava perdendo a pouca sanidade que tinha me sobrado, quando voltei a encarar aqueles olhos me dei conta das coisas que eu fiz naquela noite, foi uma loucura, mas eu nunca gostei tanto de uma loucura quanto essa, eu tinha que ir embora, ficar nessa casa e mais loucura ainda.
- Preciso ir. — Eu disse para o garoto de cabelos cinzas.
- Eu sei. — Após ele ter dito isso voltamos a nos encarar.
- Para de me olhar desse jeito! — Eu digo já um pouco estressada.
- Desculpa, eu realmente não sei porque te trouxe para minha casa.
- Não costuma trazer muitas meninas aqui? — Solto um sorriso debochado.
- Não, cacete, jamais iria trazer meninas de rua para minha casa. — Que ? Como assim? Meninas de que? Do que raios o marrentinho estava falando?
- Meninas de que?! — Eu vejo ele rir com a minha confusão.
- Meninas de rua foguinho, são tipo gatos de rua, só serve para pegar.
- Oh... Tipo só beijar? — Ok eu não costumava ser tão burra assim, mas toda aquela situação deu pane no meu cérebro.
- Não querida, apenas comer e jogar do lugar de onde veio.
- Mas isso não é pegar!
- Se isso não é pegar o que é então? — Ele cruza os braços em frente ao peito, me perco por alguns segundos nos seus braços musculosos, R foca! Me obriguei a pensar.
- O seu pegar é diferente do meu. — Eu digo por fim.
- Se você diz, quem sou eu pra descordar? — Ele diz e sorri, e uau, que sorriso lindo. – R PARA! – Gritei para mim mesma.
- Ok, eu sou que tipo de garota? - Ele me olhou e fez uma cara de safado.
- Quer mesmo que eu responda?
- Anda logo, você está me fazendo perder a paciência.
- Aquela tipica garota bonita, que toma o coração de todos os caras com um sorriso e que é a garota perfeita pra casar.
- Então tomei seu coração? Afinal você disse todos os caras. - Ele sorri de novo, pega a minha mão e leva até os lábios e a beija.
- Se eu tivesse um coração, sim, você teria o roubado, mas a questão é, eu não tenho um. - Me surpreendo com o que ele diz e acabo rindo.
- Bem justo. - Estamos sorrindo um pro outro e ele ainda segura a minha mão. - Luke, posso ter minha mão de volta agora? - Ele percebe e solta no mesmo segundo.
- Acho melhor eu te levar para casa agora, alguém já deve ter notado que sumiu.
- Ok. - Apenas concordo, saímos da casa dele, o caminho até a minha casa foi silencioso, quando ele estacionou na frente do prédio, ele me olhou e me entregou uma pulseira de prata delicada.
- Para que isso? - Peguei a pulseira e examinei ela.
- Mudei de ideia, eu acho que tenho coração, quero que use isso. - Estranhei as palavras dele.
- Mas, a gente não se gosta, a gente se odeia, não se suporta.
- Eu te odeio tanto foguinho, que chega a ser amor. - As palavras deles não poderiam me chocar mais, até que ele me beijou na bochecha.
- Eu te odeio mais. - Sorri e ele também. - Não vou usar isso.
- Vai sim. - Eu ri e ele travou as portas do carro.
- Me obrigue. - Ele pegou a pulseira, segurou meus pulsos me imobilizando e colocou a pulseira e quebrou o negocio que abria ela, ou seja eu não poderia tirar. - VOCÊ FICOU MALUCO? TIRA ESSE NEGOCIO AGORA!
- Não tem como, agora tchau te vejo amanhã na escola foguinho. - Eu abri a porta do carro, sai e depois fechei a porta do carro com força.
- EU ODEIO VOCÊ LUKE! - Ele ri, liga o carro e sai dirigindo, eu entro no prédio puta da vida, entro no elevador e subo ate o meu andar, eu ia matar ele amanhã, com certeza ele vai desejar nunca ter feito isso. Entrei em casa e fui pro meu quarto, tomei um banho, tirei a maquiagem, me vesti e deitei na cama, acabei adormecendo no final de tudo.
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Destiny
Teen Fiction- Acho que é o destino nos encontramos, toda vez. - Ele sorri debochando da situação. - O destino me odeia. - Revirei os olhos. - Bem, talvez você só esteja adiando o inevitável, você vai se apaixonar por mim. - Ele coloca as mãos nos bolsos e con...