Luke
Faz uns quinze minutos que eu estou sentado dentro do meu carro olhando para o nada, eu me sinto vazio, sem emoção, eu não consigo sentir nada.
Soquei o volante com força, senti meus olhos encherem de lágrimas, mas eu não chorei, eu não podia chorar, encostei minha cabeça no voltante e gritei, eu estava com ódio, muito ódio, eu era um babaca, eu tinha deixado a única coisa boa na minha vida merda escapar, e agora ela me odeia.
Pego meu telefone, ligo para Rik, eu precisava correr, liberar todo esse ódio que eu tinha dentro de mim, fazia tempo que eu não corria, e eu sentia falta de tudo aquilo, eu sentia falta de ser errado, de ser um bad boy, eu sentia falta de não ligar para nada, eu só não sentia falta das transas sem compromisso, isso eu não sentia falta, ter Riley em meus braços, em baixo do meu corpo, gritando meu nome era tudo que eu precisava, tudo que eu queria, mas agora, o que eu queria era impossível de ter.
Apenas pedi a Rik que me arrumasse uma corrida ainda hoje, e foi o que ele fez, o velho bad boy Luke estava de volta.
[...]
Três meses depois
Durante esses meses, eu ia à escola raramente, eu não queria vê-lá, eu não queria ver ela com outro, aquilo era demais para mim, o fato de quão ela era perfeita com o desgraçado do Mason era incrível, sim eles estavam ficando, eles eram tão perfeitos que me dava nojo, eles estavam muito felizes juntos, eu conseguia notar e isso só me dava mais ódio ainda, e tudo que eu queria saber e se ela já tinha se entregado para ele como ela tinha se entregado para mim, ela não podia, ela é muito especial para dar para qualquer um, ela merece um cara perfeito, e eu não era esse cara, eu queria ser, eu tentei ser, mas, eu não podia me enganar ou engana-lá eu não era nada disso.
Durante esses meses, eu me afundei por completo, não vou mentir, eu corria toda noite, ia a festas todas as noites, enchia a cara e ficava olhando a foto de Riley em meu telefone, toda a maldita noite, eu só queria esquecê-la, para isso usei outras garotas que davam em cima de mim para esquecê-la, mas nenhuma nem se quer chegou aos pés de Riley, e isso me deixava puto, eu só queria esquecer, mas ela é inesquecível.
Eu não falei com nenhum dos amigos dela desde que nos separamos, afinal eles eram seus amigos não meus, tudo bem que Noah me mandou mensagem dois dias depois que terminamos mas nunca passou disso.
Agora eu me encontro em minha garagem concertando nessa, o carro do meu pai, ouço alguém bater de leve no capô do carro, eu olho para lado e encontro um par de coturnos pretos que eu conheço muito bem, foi um presente meu inclusive, saio de baixo do meu carro e encontro, um par de jeans escuros, uma camiseta branca minha, casaco de couro e um gorro preto, e seus belos cabelos ruivos.
- Riley, o que faz aqui? — Pergunto a olhando enquanto limpo minhas mãos num tecido, já que estão completamente sujas de graça.
- Noah me pediu para vir. — Ela diz enquanto olha em volta.
- Para que? Afinal, não tem nada o que conversamos, você me chutou lembra? — Digo frio.
- Eu sei, é só que eu fiquei tão puta com você naquele dia, e pelo que aconteceu, eu simplesmente não conseguia mais olhar para você e não pensar no lago... — A interrompo.
- Pode parando por aí, você não quis me deixar explicar, e agora você vem na minha casa para me deixar explicar depois de três meses? Você acha que eu sou idiota? Você não é a rainha do mundo Riley, o mundo não gira em tordo do que acontece com você, agora sai da porra da minha garagem que agora quem não quer te ver sou eu. — Digo quase gritando.
- Luke...
- Sai Riley, agora! — Ela se virou e saiu, bato na lataria de nessa com força, eu sou um idiota.
[...]
Dois meses depois
Fazia cinco meses que eu e a Riley não estávamos mais juntos, e a minha vida não podia estar mais merda, eu estava com abstinência dela, eu queria seu corpo no meu, sua voz soando em meus ouvidos, seu olhos me encarando, seu lábios nos meus, eu só queria te-lá de volta.
Ela e Mason não duraram muito, e de acordo com as fofocas do colégio eles só tinham ficado, e que o seu coração me pertencia, por isso nunca de certo, mas ela não voltou mais depois que eu a mandei embora, e isso me matava, e eu era orgulhoso demais para ir até lá e pedir desculpas, eu só queria tê-la de novo, mas eu não conseguia vê-lá e não pensar no lago também, foi tudo tão traumático, talvez eu consiga esquecê-la, talvez se eu continuar como estou em pouco tempo eu a esqueceria, ou pelo menos eu espero que eu a esqueça.
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Destiny
Teen Fiction- Acho que é o destino nos encontramos, toda vez. - Ele sorri debochando da situação. - O destino me odeia. - Revirei os olhos. - Bem, talvez você só esteja adiando o inevitável, você vai se apaixonar por mim. - Ele coloca as mãos nos bolsos e con...