quarto capitulo

1.5K 119 17
                                    

Harleen.

Assim como eu tinha previsto aconteceu. Estou no meu apartamento deitada no sofá assistindo ao noticiário que diz  respeito ao Coringa que fugiu de Arkham. Já estava tudo armado, eu suponho. Com certeza a muito tempo. Fui tola ao não perceber isso. Mas não tive culpa, afinal como eu iria perceber isso? Ele é muito esperto e manipulador.

Derrepente seu sorriso psicopata me vem a mente, seus olhos em um verde atraente.

Ele é incrivel. É só conhecer mais um pouco dele e serei uma Harleen apaixonada. Ou talvez já esteja. Me sento no sofá com uma dor de cabeça repentina.

Estar apaixonada por ele ja não importa mais. Ele é um fugitivo agora. Só de imaginar ter que ir ao trabalho sem ter ele me esperando naquela sala branca como sua pele, me deixa um tanto triste e desencorajada a continuar a seguir minha carreira.

Decido dormir, sempre uso isso como desculpa para escapar dos meus problemas. Com uma ultima olhada para a tela da televisão onde tem a foto dele sorrindo diabolicamente pego o controle e com uma força vinda do abismo  desligo a TV. Eu não tinha vontade de fazer absolutamente nada.

Passo as mãos no meu cabelo  e deixo meu óculos em cima do criado- mudo. Vou para o meu quarto e me deito impaciente com toda essa situação na qual me encontro. Onde fui me meter?

Com essa pergunta e várias outras espalhadas pela minha mente adormeço cansada.




Estou no elevador de Arkham quando escuto barulho de vozes curiosas e chocadas de pessoas. Quando a porta do elevador se abre me surpreendo com a quantidade de psiquiatras amutuados observando algo que já irei descobrir.

Apresso meus passos até a multidão e esbarro em alguns colegas de trabalho, tentando ver de perto, o que estava acontecendo. Assim que me aproximou o suficiente, sinto imediatamente meus olhos arderem e se encherem de lágrimas que logo são derramadas. Sinto-me desesperada.

Ele estava ali, jogado no chão, ferido. O coringa estava deitado em uma poça de sangue. Sangue dele. Do meu Coringa. Serro meus punhos com ódio e dou passos em direção ao morcego. Rangendo meus dentes, chego perto dele com um misto de raiva e tristeza. Mas com certeza, meu maior sentimento neste momento, é o ódio.

Suas mãos me seguram e o olho nos seus olhos onde vejo confusão. Afinal, o que uma mulher como eu estaria fazendo chorando e totalmente cega de raiva por um criminoso?

— Eu vou te matar. — sussurro tentando me soltar de seu aperto em meu braço.  — O que você fez? — pergunto sendo invadida por uma áurea estranha e possessa.— O que você fez? — grito assustando as pessoas ao nosso redor e até ele mesmo. Me esquivo de seu toque e em uma ação rápida de repulsa e ódio descomunal eu pego um lápis com a ponta afiada e tento o furar.

Eu estou certamente acometida por idiotia. Sinto novamente suas mãos firmes me segurarem o pulso. Ele me lança um olhar irado e com certa força me solta.

Eu caio no chão com lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Meu olhar vasculha o chão em busca dele. Me arrasto até chegar perto do Coringa, passo meus dedos por seus lábios vermelhos manchados de sangue e sinto sua respiração. Um alívio dominador toma conta do meu corpo.

Ele está vivo mas completamente ferido.

— Vou acabar com a sua vida! — rosno com fúria me levantando do chão apertando entre na mão o lápis.

— Doutora Harleen, acalme-se. — sua voz sai totalmente glacial e não me surpreendo com sua frieza digna de medalha. 

Estou disposta a entrar nas manchetes dos jornais como " A psiquiatra louca que matou o Batman com um lápis", quando sinto meu corpo amolecer e minha visão ficar turva até eu cair no chão escutando vozes. Me injetaram antipsicótico e não consigo não evitar o imenso ódio que sinto crescer dentro de mim.

                              

Arlequina Onde histórias criam vida. Descubra agora