sétimo capítulo

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— Senhor Coringa. — falo o abraçando e noto cada detalhe do seu rosto. Eu sempre fazia isso, era com se a cada oportunidade que eu tinha de ficar próxima à ele,  eu tentasse de alguma forma, gravar cada detalhe do seu rosto.

— Olá docinho. Fez o que te mandei? — ele me olhou e não pude sentir nenhum tom de amor em sua voz. Como sempre.

— Sim Puddinzinho eu tirei aquele homem das terras que agora lhe pertence. — falo sorrindo tentando não mostrar minha decepção.

— Boa garota. — ele sorrir tocando no topo da minha cabeça.— Agora temos outra coisinha para fazer. — ele tira meus braços que só agora percebi que ainda estava ao redor de sua cintura.

— O que seria?

— Um abestado invadiu a terra que eu desejava. —seu sorriso some e um semblante de raiva aparece. — Essa terra é minha. Tenho planos com ela.

Eu o olho um pouco confusa mais depois de um tempo, eu entendo onde ele quer chegar.

— Conte comigo Sr. Coringa, eu vou te levar de volta ao topo. — forço uma gargalhada.

— Inacreditável. — ele bufa porém finjo não ouvir e continuo a abraça-lo forte com medo de que, ele venha a fugir de mim.

A paixão por ela somente aumentava, e isso por vezes me apavorava.

                        

     °•°

— Vamos Ernie! Seja uma pessoa inteligente e saia do lugar que me pertence.

Meu Puddinzinho está tendo uma conversa civilizada com o tal cara
que ousou tomar suas terras. Se dependesse de mim este maldito já estaria morto. Pouparia o meu tempo, e de vários outros.

Mais um bandido morto, não faria falta.

— Você não vai tomar o meu território palhaço! — o homem diz com uma metralhadora em  mãos. Coringa nem ligava, ele era conhecido como uma pessoa sem medo da morte, o que era verdade. Uma metralhadora nas mãos de um bastardo não o intimidava.

No rosto do Senhor Coringa é notável puro ódio mas logo isso muda quando seu sorriso lindo aparece nos lábios.

— Está enganado meu amigo. —  me sento assistindo tudo de camarote.— Eu quero você do meu lado. — ele diz e se eu não o conhecesse chegaria até  a acreditar que tudo que ele disse neste momento é verdade.

Além de ser lindo, maravilhoso e  inteligente, acabei de descobrir que é um ótimo negociador também. Ele é um pacote completo.

— Pense no quanto será bom trabalhar-mos juntos. — Óh sim! —  Seremos sócios e você será meu braço direito nas docas o que acha?

Olho para Ernie que observa o meu Puddin em busca de um sinal de traição.

Impossível! Esse maldito sabe enganar as pessoas direitinho. — diz a voz dentro da minha cabeça. 

— Cale-se Harleen! — grito e Coringa me olha incrédulo. — As vozes. — sorrio mordendo os lábios.

Ele volta a olhar para Ernie.

— Tudo bem. — Ernie abaixa a metralhadora. — Se eu vou me aliar a alguém,  que seja com o melhor dos melhores.

— Mas é claro! — Coringa bate palmas o olhando com aquele olhar de psicopata.

— Sem truques certo? — Ernie parece confuso e com medo. Sorrio com satisfação ao notar o pavor do bastardo.

— Querido Ernie, eu lhe dou as boas vindas com a mão direita da amizade. — Coringa estende a mão para Ernie como comprimento. Ernie parece lutar uma briga interna quando aceita o aperto de mão. — Ah, mas tenha cuidado com a mão esquerda da falsidade. — Coringa faz cara de surpreso quando enfia a faca no pescoço de Ernie com a mão esquerda  o derrubando.

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