O clima estava agradável. Harley estava com roupas longas cobrindo todo o seu corpo. Seus cabelos estavam em um coque e seu rosto era coberto por mais de mil quilos de maquiagem. Passou-se exatamente três dias desde aquela punição que lhe quase custou a morte.
Coringa apesar de não ter batido nela (ainda), ela sabia que aquilo, a raiva que ele emanava dela faria muitos estragos. Ela sabia do peso de suas consequências, toda vez que o via tentava de alguma forma se aproximar do Coringa, mas o mesmo a impedia de imediato dizendo sempre " Não ouse encostar um dedo em mim!". Depois desses três dias escutando sempre as mesmas palavras, ela soube que tudo isso era o maldito castigo por ter fugido.
Os capangas, mesmo sendo uns otários, atualizaram a Harley de tudo que havia acontecido na sua ausência. Uma delas era que Coringa esbravejava em alto e bom som que a mesma o havia abandonado. Escutar aquilo das bocas sujas dos capangas fizeram Harley se culpar de uma forma horrível.
Ela prometeu pra si mesma que tudo ficaria do mesmo jeito que antes. Mas ela sabia que não seria assim, no final as coisas sempre mudam.
Coringa era alguém de personalidade extremamente difícil. Ele ficava louco e embriagado por tolices. Ultimamente o mesmo tem comprado garrafas e garrafas de cervejas. Todas as noites ele bebe feito um alcoólatra. Quando está tomando suas cervejas só de ver Harley ele sente repulsa. O ódio por aquela cretina ainda era muito grande.
As vezes Harley pensava seriamente se devesse fugir de novo. Mas era só lembrar do dia da tortura e de como ele estava a tratando ultimamente que esse pensamento a abandonava.
Harley estava sentada na varanda com os pés para fora do prédio, a forma como movia as pernas assemelhava-se as de uma criança. Estava observando a movimentação de Gotham City. Coringa havia se mudado novamente, mas desta vez, o local era mais aconchegante e também bastante luxuoso.
Harley se virou quando escutou o som do trinco da porta se abrindo. Observou quando o Joker adentrou o apartamento com seu terno preto e branco. Um sorriso de canto se formou no rosto da Palhaçinha, mas a mesma abaixou a cabeça virando-se novamente para a paisagem de Gotham City.
Coringa nem se deu o trabalho de comprimenta-la. Ele ainda sentia seu peito doer de raiva. Ou seria tristeza? Ele a olhou sentada na varanda e suspirou. Tirou seu paletó e depois seu terno. Procurou uma calça folgada e quando a achou se vestiu indo direto para a geladeira. Seu estômago estava dando voltas em busca de qualquer alimento para digerir.
Sentou-se na mesa e começou a comer um pote de sorvete de chocolate. Aquilo era uma delícia. Chocolate era uma maravilha. Sentiu mãos delicadas tocarem seus ombros e relaxou instantaneamente. Harley tocava os ombros dele com carinho fazendo uma massagem. A palhaça Beijou o topo da cabeça do Joker e o mesmo soltou um ar pesado.
– Me perdoe. – pediu Harley mordendo o lábio. Queria impedir o choro que queria vir.
Ele balançou a cabeça negativamente. Não a perdoria, nunca! Harley fungou tomando o ar todo pra si. Aquilo seria mais difícil do que ela imaginava.
– Eu preciso do seu perdão. – ela disse em sussurro.
– Não terá. – disse friamente se levantando acabando com a seção de massagem.
Harley o olhou com pura súplica em seus olhos. Mas ele simplesmente ignorou botando o pote de sorvete na pia e saindo de perto dela. Ela deu um paço à frente decidindo se o seguiria, mas sua mente maluca e sábia dizia para ela permanecer quieta. Naquele momento, ela não queria pensar nas consequências, ela simplesmente queria o seu Coringa de volta.
Aquele que mesmo a maltratando a amava também. Nas horas certas ele demonstrava afeto. Correu em direção ao Joker que já estava fechando a porta do seu quarto o impedindo de fazer isso.
– Você não me quer mais? – perguntou insegura da resposta.
Coringa revirou os olhos. O que ela queria? Que ele a perdoasse? Que ele simplesmente esquecesse? Quando se ama se abandona?
– Você disse que me amava. – falou ele com os olhos pretos como a escuridão.
Aquelas palavras foi o suficiente para Harley desabar em lágrimas. Tentou segurar, mas não conseguiu. Seu coração estava doendo. Ela havia realmente o machucado. Desde quando os papais se inverteram?
– Você me abandonou Harley. – ele falou desviando o olhar. – Pela segunda vez fui abandonado pela pessoa que eu mais cheguei perto de amar.
Segunda vez? Esta pergunta se formou na mente da Palhaça a deixando confusa. Ela tinha fugido somente uma vez. O choque momentâneo de uma possível mulher ter entrado na vida dele antes de si, a deixou pouco mais angustiada.
– Eu te amo. – Harley disse repentinamente. – Independente do quanto me machuque eu vou estar ao seu lado sempre. – se engasgou com as palavras. – Não posso te abondonar porque minha vida é Você. Eu te amo tanto meu Coringa. – falou baixo as ultimas palavras sentindo uma dor enorme atingir seu peito. Aquilo era horrível, era doloroso de mais.
Coringa suspirou cansado com todo aquele clichê. Ele não tinha tinha a mínima vontade de abraça-la e conforta-la. Mas o estado daquela mulher a sua frente era problemático. Ele passou as mãos no cabelo vendo Arlequina se acabar de chorar.
Ele bufou de impaciência. Ela bem que poderia ser menos dramática.
– Eu te odeio Arlequina. – os lábios do Joker tocaram os dela enquanto suas mãos puxavam o cabelo louro da mulher com delicadeza. Desfez o coque da mulher e pegou entre os dedos uma mecha do cabelo macio de Harley.
Aquela era a única forma de fazer a dramática calar a merda da boca. As mãos de Harley se enrolaram no pescoço de Coringa com medo dele larga-la.
Ela retribuía o beijo com amor e desejo. A saudade era grande. Os lábios do seu amado Puddin continuavam macios e suculentos. As mãos do Joker desceram para a bunda de Harley apertando com força. Aquilo era excitante demais. Ela não aguentaria.
Harley nunca mais o abandonaria. Nunca mais. Coringa a puxou pra dentro do quarto com a boca ainda colada a dela. Ele sentiu saudades, apesar de tudo. Aquela mulher era estúpida demais. Mas também era gostosa demais.
Ele fechou a porta com os pés e pegou Harley no colo, a mesma sorriu entre o beijo. A palhaça enrolou as pernas na cintura dele. Não queria solta-lo tão cedo.
Coringa deitou com lentidão a Arlequina na cama.
– Eu vou ter uma noite de amor? – Arlequina perguntou mordendo os lábios.
Coringa sorriu botando a cabeça de lado.
– Me prometa uma coisa. – ele disse sentando em cima dela com as pernas uma de cada lado. – Nunca mais fuja de mim.
Arlequina arregalou os olhos. Aquilo era uma surpresa. Ele nunca havia mostrado tamanho carinho ou afeto.
– Prometo. – Arlequina puxou ele para mais um beijo. As mãos macias de Harley logo se perderam nos fios verdes e macios do Joker.
Coringa pegou o peito de Harley com uma das mãos fazendo carinho por cima do tecido da roupa da mesma. Ela gemeu entre o Beijo e ele sorriu satisfeito.
– Me leve as nuvens hoje Puddin. – pediu Harley descolando os lábios dos dele.
Ele simplesmente revirou os olhos. Se inclinou e deu um selinho nos lábios da Rainha de Gotham. Amaldiçoou-se por estar se rendendo àquela mulher.
– Levo.
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Arlequina
Fanfic- Eu te amo. Não importa o quanto me machuque; eu vou estar ao seu lado sempre. Não posso te abondonar porque minha vida é você. Eu te amo, Coringa. - Eu te odeio Arlequina. - os lábios dele tocam suavemente os dela, enquanto suas mãos puxam o cab...