terceiro capitulo

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Harleen estava na banheira tentando com muito esforço relaxar. Não é como se ela estivesse prestes a ter um surto, ou algo do gênero. Só precisava apaziguar seus pensamentos que tanta a perturbava com idéias nada sutis e muito menos sensatas.

Hum, Harleen sentiu-se derrepente muito desnorteada e apavorada. Pressentimentos ruins a afligiu de súbito. Remexeu-se sentido-se como se algo ou pra ser mais específica, "alguém", estivesse a vigiando. Desde pequena ela tinha esse tipo de sentidos. Era como se ela não estivesse sozinha. Seria sua mente começando a dar sinais de insanidade? Talvez, ela nunca duvidou que realmente tivesse alguma demência.

Pegou a toalha que estava do seu lado e se levantou cobrindo rapidamente o corpo. Saiu do banheiro com os cabelos molhando o chão por onde fazia seu caminho. Harleen pegou sua roupa e rapidamente se vestiu. Se certificou que as chaves do carro que havia alugado estava consigo e saiu do apartamento não aguentando o medo. Iria se arrumar no carro porque ficar naquele local sozinha estava sendo de uma maneira estranhamente ruim. Nada agradável.

Respirou o ar profundamente assim que botou seus pés no estacionamento. Andou apressada com certo medo de estar sendo seguida. Abriu a porta do carro e praticamente se jogou dentro do mesmo.

- Ok. Estou no carro. Estou segura. - disse com o coração queimando de medo, os pelos de sua pele se arrepiaram com o ar frio do estacionamento. Estar em época de inverno era algo tão sem graça, mas o problema era que, o clima estava normal. Nem quente e nem frio. Porque diabos estava sentindo seus ossos congelar?

Ligou o carro fazendo um som estranho do motor ecoar pelo local que estava tão escuro e deserto. Ela estava com medo. E não sabia ao certo do quê. Escutou um barulho de passos vindo em direção a ela e botou o pé no acelerador fazendo o carro arrancar de onde estava com uma velocidade jamais usada por ela. Poderia ser apenas um morador do prédio, ou um zelador fazendo seu trabalho, mas ela preferia se prevenir. Vai saber se não era um serial-killer procurando alguma alma pra sugar?

Apertou mais seu pé no acelerador enquanto fazia curvas pra sair do enorme estacionamento. Harleen sempre teve um limete de velocidade para andar em seu carro, mas sinceramente, isso é o que menos importa agora. Ela apertou suas mãos no volante ao olhar uma sombra de um homem a vendo fugir pelo retrovisor, um homem estranho por sinal, ao julgar pela roupa preta e pela fantasia de coelho em sua cabeça. Era um homem coelho matador?

Harleen se desesperou mas manteve a cabeça no lugar e saiu daquele lugar que estava a fazendo tanto mal.

...

- Céus, o que houve com você Harleen? - escutou a voz de Jessy ao longe e Harleen sorriu simpaticamente sem realmente querer.

- Nada. - olhou as horas no relógio do pulso soltando um suspiro de alívio ao ver que chegou bem na hora da consulta com seu paciente. - Tenho que ir, até logo Jessy. - despediu-se da colega.

Andou pelo corredor tendo como direção a sala onde ele estava. Girou a maçaneta e rapidamente entrou na sala.

- Harley! - escutou a voz de ironia do palhaço e de alguma forma, Harleen sorriu derrepente animada.

- Estava anciosa para falar com você. - soltou as palavras de uma vez não notando o quanto aquilo foi relevante pra o homem que a observava sorrindo.

Um brilho inigualável passou pelos olhos verdes sedentos do Coringa que passou a ponta da língua na divisão dos lábios.

- Tenho esse dom. - ele usou as palavras dela contra si e recebeu como resposta um sorriso pequeno da outra que estava em plena quietude.

- Então. Que tal conversamos como pessoas normais? Me fale sobre sua infância. - Harleen falou arrumando suas pastas em cima da mesa gélida e voltou seu olhar para o seu paciente vendo-o se remexer preguiçosamente enquanto tentava se confortar com a camisa de força.

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