quinto capitulo

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"Me imagino em seus braços. Seus braços estão rodeados em minha cintura e você sorrir pra mim. O sorriso que eu tanto amo. O sorriso que as pessoas tanto odeia. Mas você não se importa. Você não se comporta diante dessas pessoas monótonas.

Todas elas são tão superficiais e você é exclusivo.

Seus lábios tocam os meus. Lábios vermelhos marcados pelos químicos. Seu corpo tem cicatrizes marcadas pelo passado que ninguém sabe ao certo qual é.

Tantas histórias, mas quais delas é a verdadeira?"

                              

Acordo ofegante. Minha cabeça dói e meus ombros pesam me mantendo refém da cama. Meu pescoço arde quando me lembro do ocorrido. Enfiaram uma agulha em mim. Como se eu fosse uma maldita louca! Isso não pode estar acontecendo comigo.

— Sr. Quinnzel, que bom. Você já acordou. Que quer eu a ajude a se levantar? — olho para o rosto da médica que está me analisando e não a reconheço. Onde estou e porquê diabos estou sendo tratada como uma doente mental?

— Eu sinto meu corpo pesado. — digo baixo com a voz levemente fraca e rouca devido ao tempo que passei sem usa-la.

— Está sentindo dor?

— Não. — minto.

A enfermeira se aproxima de mim enfiando novamente uma agulha mas dessa vez em meu braço direito. Mordo os lábios segurando um gemido devido ao pavor que senti ao ver aquela coisa pontuda. Meus olhos analisam a agulha que suga o meu sangue. Sinto vontade de rir pelo possível pensamento de quem quer que esteja por trás disso tudo, ache que sou louca.

Talvez seja...

— Você se sentirá melhor agora.

Mesmo não querendo, o remédio faz seu poderoso efeito me derrubando outra vez. Levando-me contra a minha vontade para o mundo dos sonhos

                           

 •

Estou vestida com uma blusa azul e uma calça jeans preta. Andando pelas escadas do hospital. Ouço o noticiário na televisão anunciando novamente outro plano de fuga que deu certo para o Coringa. Sinto um alívio descomunal me invadir prontamente por tais notícias.

—  Mais uma vez o Coringa fugiu de Arkham. Dois planos de fuga consecutivos que deram certo. O morcego está a procura do Coringa que está a solta por Gotham. Novamente. — a voz da repórter ecoa pelo ambiente fazendo todos prestarem atenção na TV. Estes que logo soltam murmúrios de medo e repreensão pela falta de atenção dos militares e governo.

Mordo os lábios ao ver uma foto tirada a pouco tempo do Coringa em uma lamborghini roxa. E como sempre seu olhar doentio e seu sorriso psicopata estampado em sua face. Nada de novo, só ele sendo ele mesmo.

Maldito!

Ele nem sequer sabe que estive em um hospital por causa dele.

Com o cenho franzido ando em direção a saída e como "obra do destino", coringa passa por mim em sua Lamborghini, com os olhos semicerrados corro em direção a um homem que acabara de parar com sua moto perto do estacionamento do hospital. O empurro fazendo-o cair no chão meio ou completamente desnorteado. Subo em cima da moto e acelero em disparada ao alcançe do Coringa. Eu estou louca.

Esta não sou eu.

Ele corre com o carro como se estivesse fazendo parte de uma corrida de fórmula 1. Decidida, eu acelero a moto na velocidade máxima.

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