oitavo capitulo

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Quando eu me joguei nos quimicos eu achei que minha vida seria perfeita ao lado dele. Que tudo que acontecesse seria bom. Dependendo do quanto fosse ruim, para mim, seria bom.

Faz 2 meses que sou a Alerquina, faz 2 meses que sou a propriedade do Joker. Tudo isso para mim parece normal, mas para as outras pessoas não. Isso nao me importa, a opinião dos outros nunca me importou. Eu me preocupo com o que meu Puddin pensa de mim.

Sou capaz de fazer tudo por ele. Matar e morrer. Prender ou ser presa.

Eu quero ter uma vida ao seu lado. As vezes sinto falta de ser "normal". Mas ai me vem a mente que nao teria graça se meu Palhaço não fosse mais o Palhaço.

Eu me apaixonei por o que ele é. O psicopota. O louco. O insano.

Eu o escolhi assim, então vou morrer com ele deste jeito.

°•°

- Ah sua desgraçada! - minha bochecha arde Quando sinto sua mão em contato com meu rosto. Caio no chão disorientada e com medo.

Uma lagrima me escapa. Talvez seja por isso que falam que eu não o mereço. Ele começou a me agredir. Talvez eu realmente seja louca, porque quando ele toca em qualquer parte do meu corpo para deixar um imatoma, imagino como se fosse uma flor sendo jogada de encontro com meu corpo.

Suas palavras de ofensa são como um hino de amor.

- Mais uma vez você foi tola Arlequina! - Ele grita enquanto me chuta forte na barriga. - Quando vai aprender?

Coringa se agacha perto de mim segurando o meu rosto obrigando-me a olha-lo . Seu sorriso permanece em seu rosto. O rosto que tanto amo e admiro.

- Me perdoe Puddinzinho, eu juro que tentei. - soluço e ele limpa minhas lagrimas.

- Não basta apenas tentar meu docinho, quero que consiga! - ele arranha meu rosto me largando no chão.

Meus olhos mudam de tristeza e medo para raiva e indignação quando me lembro o motivo de estar sendo agredida por ele.

BatNojento. Ele é o grande cupado. Me levanto limpando minhas lágrimas e depois passando meus dedos no arranhão em meu rosto. Fecho os punhos com força e ando em direção a saída.

- Onde pensa que está indo? - escuto a voz de odio do Coringa porém ignoro correndo pra longe deste lugar.

De prédio em prédio que pulo minha vontade de matar o Morcego aumenta. Mais lágrimas escorrem pelo meu rosto. Dou um pulo perfeito caindo perto do sinalizador que o Batman usa a noite para mostrar que está a solta por Gotham.

Tiro minhas luvas das mãos e boto em cima do sinalizador deformando a imagem do morcego que aparece nas nuvens. A imagem que vejo na nuvem me satisfaz.

Quando o Batman ver isto no céu, vai vir correndo saber o que aconteceu. Me sento pegando um chiclete que escondo na minha roupa de boba da côrte.

Boto na boca e começo a mastigar esperando o Batcara. Depois de 10 minutos ele aparece.

- Finalmente. - bufo exausta. Mentira.

- O que faz aqui Alerquina?

- Vim te fazer uma visita queridinho. - me levanto andando em sua direção.

- Não me diga, o Coringa te botou pra fora de casa de novo? - sua voz sai sarcástica.

- E os vilões ainda tem a audácia de dizer que você não tem senso de humor. - reviro os olhos.

- O que você quer exatamente palhaça?

- Sabia que Coringa me bateu por culpa sua? - indago o fitando.

- Eu? - ele pergunta incrédulo. - E desde quando me tornei um vilão?

- Você sempre foi e sempre será um vilão para mim Bats. - abro um sorriso de sarcasmo.

Corro para cima dele mas o mesmo é mais rápido me pegando pela cintura e me apertando contra ele.

- Você vai para o Arkham, pra ser tratada. - ele diz no meu ouvido.

- Nem morta morceguinho! - consigo me soltar dos seus braços e pego minha arma na cintura. Me afasto dele até ter uma distancia boa.

- Você tranformou meu Coringa na criatura que ele é hoje. Sombrio, psicopota e as vezes nojento. Mas eu tenho só a agradecer, eu o amo mesmo com esses defeitos.

Aponto a arma para ele com a mira em seu peito.

- Me diga bats, você merece viver ou morrer? - Batman fica parado sem mecher um musculo sequer.

- Viver. - ele diz simplista saltando do prédio saindo do meu campo de visão.

- Batman! - grito com fúria atirando para o alto. - Você não ficará vivo por muito tempo!

Bato o pé no chão com força e arranco o chapéu que uso de boba da côrte. Grito alto fazendo minha garganta arder. As lágrimas começam a se formar em meus olhos só pra provar o quanto sou fraca.

Maldita Arlequina! Me xingo mentalmente. Não presto nem para matar um super herói de merda?

Passo as mãos no meu cabelo e o puxo arrancando alguns fios. Começo a soluçar. Sinto dor agora. Toda a alegria que senti quando me tornei a Arlequina sumiram.

Foi tudo ilusão? Meu pensamentos me enganaram mais uma vez?

Me ajoelho sentindo meu corpo ficar fraco. Essa é a verdade, sou uma fraca. Pobre do Puddin, merece alguém a sua altura. A melhor das melhores. Não a "mais ou menos".

Sinto mãos em meus ombros e me assusto pegando a arma e apontando para a pessoa. Abaixo a mesma quando vejo o vejo brincar com meus cabelos.

- Você fica tão linda quando esta sofrendo docinho. - ele cheira meu cabelo e fecho os olhos aproveitando o momento. - O que faz aqui deste jeito?

Abro os olhos e sorrio ao ver ele me fitando.

- As vezes é bom pôr tudo pra fora. - minha voz sai num sussurro.

- Está tão fraca minha Arlequina. - ele passa as mãos em meu rosto limpando as lágrimas.

- Como me encontrou? - pergunto passando os dedos em seus lábios.

- Eu estava com raiva de você e decide olhar para o céu, não me pergunte o motivo porque eu não sei. - ele sorrir pra mim. - Foi quando olhei a sombra do morcego deformado nas nuvens. - ele aponta o dedo para as nuvens e noto que minhas luvas ainda estão tapando a metade da figura do morcego.

- Eu te amo. - digo botando minha cabeça apoiada em seu ombro.

- Pare de clichê Harley. - ele diz calmo.

- Você é tão bipolar.

- Você ja esta me ofedendo vou acertar a minha mão na sua cara. - sua voz não é ameaçadora, ele está sendo legal comigo?

- Eu quero que me toque. - murmuro em seu ouvido. - Mas de outro jeito.

Os olhos do Coringa brilham com minhas palavras. Ele sorrir malicioso.

- Vamos brincar a noite toda amorzinho. - seus lábios encostam nos meus e me deixo ser conduzida por ele.

Suas mãos passeam pelo meu corpo e uma delas para em meus peitos, gemo contra sua boca quando ele começa a massagea-los. Um sorriso se forma em seus lábios. E meus olhos o fitam com desejo.

- Me ame está noite Sr. C. - sussurro.

- Venha. - ele pega nas minhas mãos. - Vamos para casa.

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