Capítulo 2

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12hs30min - Isabella.

O quarto era escuro e possuía apenas uma janela que tinha tamanho normal, mas com grades de metal que impediriam qualquer fuga. O chão era coberto por um carpete negro e as paredes pintadas de um vermelho sangue. Parecia um quarto sadista, digno de filme. Espalhadas pelo quarto, algumas portas de madeira escura e avermelhada, que só eram pesceptíveis por conta da luz que entrava pela janela. Praticamente no meio do quarto, uma cama enorme, coberta por lençóis negros e de um tecido nobre, talvez fosse seda.

Eu estava amarrada uma espécie de cama de madeira, que ficava em pé na parede. Algemas de ferro estavam começando a cortar minhas mãos, que estavam acima da minha cabeça e pés por conta do meu peso. Obviamente, eu estava pendurada num objeto de tortura. Tinha passado mais de 15 horas depois de eu ter sido sequestrada, com certeza, já que estava com claridade no quarto, e agora eu estava tentando recuperar meus sentidos.

Não muito tempo depois, uma das portas se abriu. Tentei olhar para cima, mas parecia que alguém tinha tentado quebrar meu pescoço. Alguém se aproximou, fazendo meu coração acelerar e minha respiração ficar cada vez mais pesada. Ao chegar bem perto, senti sua mão em minha nuca e rapidamente a pessoa puxou meu cabelo, fazendo-me levantar a cabeça e lágrimas caírem dos meus olhos, por conta da combinação de medo e dor.

— O que você quer comigo? — O pavor ficou claro em minha voz.

— Deveria ter pensado nisso antes de chamar a atenção de quem não devia, Bella. Terá sorte se continuar viva.

A garota abriu outra porta que possuía várias facas e armas.

— Eu não posso matar você, mas posso me divertir um pouco. — Ela segurava uma faca média e prateada.

Ela se aproximou de mim e agora já conseguia vê-la. Tinha um longo cabelo pintado de azul, olhos esverdeados e talvez uns 23 anos. Calmamente, ela cortou o que era meu vestido e eu nem sabia como havia chegado naquele estado.

— Você é virgem, não? — Continuei em silêncio. — Você é virgem, vadia? — ela gritou e abaixei a cabeça, chorando ainda mais.

Continuei sem respondê-la e recebi um tapa no rosto, que ficou queimando por um bom tempo.

— Última chance, Bella. Você é virgem? — Permaneci em silêncio e ela bufou, irritada comigo. — Serei educada, todos gostam de pessoas educadas. Meu nome é Rafaella e eu vou cuidar de você até que seja a boneca perfeita. — Ela enfiou a faca em minha mão, prendendo-a à madeira, enquanto eu gritava de dor.

Rafaella cobriu minha boca com a mão livre, fazendo o grito sair abafado. O sangue escorria de minha mão e encontravam minhas lágrimas que molhavam meu próprio corpo.

— Hoje eu serei boazinha com você e não te machucarei muito. — Rafaella acendeu uma espécie de isqueiro, colocou perto de minha mão para que o metal da faca esquentasse para queimar minha ferida antes que retirasse a faca da minha mão. Ela balançava a faca, aumentando o corte e a intensidade de meus gritos, enquanto eu implorava para que ela parasse.

Após tirar completamente a faca, ela rasgou o que sobrou de minhas roupas e amarrou em minha boca. Jogou a faca em algum outro lugar e continuou com o isqueiro na mão, deixando meu coração cada vez mais disparado.

— Vamos testar uma nova forma de depilação. — Ela riu demoniacamente. Seu cabelo azul estava molhado de suor, apesar do frio extremo causado pelo ar-condicionado. — Diga-me Bella, você já teve um orgasmo?

Abri os olhos, paralisada com o que ela acabara de dizer. Sem esperar minha resposta, Rafaella abaixou enquanto eu usava o final de minhas forças para balançar minha cabeça negativamente, mas fui ignorada. Ela se aproximou de mim, mordendo minhas pernas, cada vez mais próxima de minha intimidade.

Rafaella pôs a boca, lambendo desde a minha entrada até meu clitóris, fazendo meu corpo tremer. Seus movimentos não eram prazerosos e sim, enjoativos. Só queria que aquele inferno terminasse logo.

A porta se abriu silenciosamente, provavelmente não sendo ouvida por Rafaella que continuava me chupando. Ignorei o som dela também, sem forças para olhar quem entrava discretamente. Depois de alguns segundos, olhei para cima e vi um homem bem vestido, com um terno negro bem alinhado e sapatos luxuosos. Ele parou um pouco atrás de Rafaella e piscou para mim, sorrindo carinhosamente.

Repentinamente, ele puxou o cabelo da garota, fazendo ela cair para trás e rapidamente ser enforcada pelo sapato, que precionava seu pescoço enquanto o homem a encarava.

— Não mandei você chupar ela, vadia. — Ele chutou seu estômago. — Sequer mandei você entrar aqui!

Ele arrastou a garota pelos cabelos, saindo pela mesma porta pela qual havia entrado e fechando-a com força, deixando-me sozinha novamente.

14hs21min – Renan.

O quarto não possuía nada além de um ar macabro. Quase tão macabro quanto eu mesmo, mas não me importava o que pensavam de mim.

Arrastei Rafaella pelo cabelo até a cama que ficava no meio do quarto. Prendi seus braços nas algemas que estavam instaladas nas extremidades da cama, enquanto ela me implorava perdão. Sua voz era tão irritante que a primeira coisa que pensei, e fiz, foi dar-lhe um belo tapa na cara. Peguei uma faca qualquer e cortei as roupas de Rafaella, deixando-a completamente nua. Até que ela é bem gostosa.

— Diga-me, Rafa... Você é virgem? — ri enquanto fazia a garota lembrar o que havia dito à minha nova boneca.

— Renan! Por favor! — ela implorou, já com nojo de mim, o homem que teria qualquer mulher hétero aos pés.

— Não irei fazer o mesmo que você porque você não merece prazer. Você é repugnante.

Fui até o armário que tinha alguns chicotes e peguei um feito de cordas de couro e com ferros pontudos na extremidade. Voltei até a garota e bati com toda a minha força nela, fazendo um filete de sangue escorrer por sua barriga. Após vinte chicotadas — ou mais — , ambos estávamos suados, mas eu nem estava perto de me cansar. Você irá se arrepender de ter nascido, Rafaella.

Tirei o isqueiro que Rafaella usou na garota, rindo dela sombriamente. Encostei o fogo em seus lábios, deixando sua boca em carne viva.

— Não vou te matar hoje, mas não ouse encostar em qualquer boneca minha.

Por fim, abaixei minha calça, deixando à mostra a cueca boxer azul já com um bom volume.

— Não faça isso, Renan! Por favor! — ela gritava desesperadamente.

— Renan? — perguntei ironicamente e a penetrei de uma só vez, cobrindo sua boca enquanto me movia violentamente.

As lágrimas da garota aumentavam meu prazer e eu apertava cada vez mais forte os seus peitos, e em alguns segundos, cheguei ao meu ápice.

Arabella - Autodestrutiva Onde histórias criam vida. Descubra agora