Capítulo 13

60 6 1
                                    

Eu sou uma péssima autora, reconheço isso. Mas juro que estou tentando voltar a escrever com mais frequência e por isso, vou postar um pouco mais hoje, então prestem atenção na ordem das atualizações para não pular capítulos.

É isso, não desistam de mim, por favor! E obrigada demais pelos 2k, vocês são lindos <3

------------

06hs50min

Renan pôs o capuz e pegou Matheus em seus braços, levando-o para seu carro. Uma quantia considerável de mafiosos já haviam ido embora por ordem de Elisa, enquanto seu irmão não era capaz de ouvir nem pronunciar uma ordem sequer. Os únicos permanentes – Elisa, Gabriel, Adriel e Michel – assistiam a dor de seu líder, indubitavelmente sentindo quase tanto quando o mesmo.

Após colocar seu melhor amigo no banco traseiro de seu carro, ignorou o sangue que escorria até os tapetes, voltando a buscar suas armar antes de se retirar sem qualquer aviso de seu paradeiro.

07hs10min – Renan

Ao bater a porta, pude ouvir o vidro virando estilhaços, mas qualquer merda de parte da casa quebrando não faria qualquer diferença, principalmente por não ser o que traria Matheus de volta à vida. Nada traria.

- Quero que você cuide dele com a sua vida, porra! – gritei para o médico ao qual já sabia quem eu era.

- Sim, senhor. Coloque-o nesta marca, por favor. – pus o corpo de meu melhor amigo naquela maca gélida e ao analisar seu pulso, o médico ficou pálido, incapaz de esconder suas mãos trêmulas.

- S- senhor... – gaguejou, entendi que não era sua culpa e não havia forças dentro de mim para qualquer ato infeliz.

- Só arrume-o para o funeral e providencie tudo do bom e do melhor. Estarei no jardim de minha casa às 23 horas. – olhei uma última vez para meu melhor amigo, não conseguindo digerir que essa seria a ultima vez.

Entrei no carro, me restando apenas voltar para casa.

"Na máfia não há família", isso ainda era uma verdade?

Flashback

- Brother, ano novo só serve para beber! – Matheus ria enquanto o copo em sua mão continuava cheio, escorrendo vez ou outra.

- Diz isso, mas não aguenta nem o primeiro copo. – algum dos mafiosos gritos no meio do grupo antes de morder um pedaço de churrasco.

Todos riam enquanto aproveitavam o tradicional churrasco brasileiro. Matheus tentou de forma falha virar o copo, engasgando-se pela intensidade do líquido e pela quantidade exagerada.

- Acho tão bom ser normal de vez em quando... – Elisa sorria sentindo os beijos de Gabriel em sua nuca.

- Você é a última pessoa que pode falar isso, Elisa. Sua boca lambe a desse nerd esquisito. – Matheus falava cada vez mais alto, sendo atropelado pelas próprias risadas.

- Pelo visto você não é tão bom com bebidas, brô. – Renan puxou o copo de sua mão e colocou um copo de refrigerante, arrancando uma careta de seu melhor amigo.

A máfia era uma família.

End Flashback

Mesmo com uma dor tão latente, não era capaz de derramar mais lágrimas. Minha cabeça doía com as informações e puxar meus cabelos tão freneticamente piorava a dor. Ele foi o amigo mais fiel e sem mais nem menos, morreu. Morreu e não pude fazer merda nenhuma, sequer saber quem foi o maldito!

Arabella - Autodestrutiva Onde histórias criam vida. Descubra agora