Há muitas pessoas neste lugar, mas não conheço ninguém. Muitas mesas, muitos homens, poucas mulheres. Tem um pequeno palco no canto, onde tem uma mulher baixa e peituda cantando uma música sensual, ela tenta seduzir os homens.
Há outras mulheres dançando e se esfregando em alguns homens. Estão quase nuas, apenas de lingerie e uma máscara no rosto.Isso está mais para um puteiro!
Jorge sumiu que eu nem percebi, mas logo ele volta com duas bebidas em copos florescentes.
- O quê é isso?
- Apenas beba, você vai gostar. Se solte! - Ele sorrir
Ah, ele estava todo mal-humorado e agora fica me dando sorrisinhos e mandando eu me soltar. Se ele pensa que vou deixar ele encostar em mim, está enganado.
Bebo um gole da maldita bebida que ele me trouxe. É um pouco forte, não sou de beber muito, prefiro refrigerante. Senti um fervor no estômago.
A música começou a ficar mais agitada. Jorge descruza meus braços e puxa para dançar. A maioria das pessoas estavam dançando, algumas loucamente.
Bebo um longo gole da bebida, fiz uma careta, Jorge rir. Passa por nós uma mulher mascarada e de lingerie com uma bandeja de doces.
Ela para e nos serve os doces esverdeados.- Coma um! - Jorge me oferece.
Nunca vi um doce igual a esse, verde e em formato de flores.
- Depois de você! - Falei
Jorge e a mulher se olham por um momento e depois ele pega um doce.
- Claro, depois de mim! - Ele fala erguendo o doce na mão.
Pego um doce também e a mulher arregala os olhos e agradece sorrindo, ela vira as costas e sai.
Coloco o doce na boca, tem um cheiro de ervas e dissolve em minha boca, tem um gosto bom e parece alcoólico.
Jorge rir.Bebo o resto de minha bebida e solto o copo no chão.
Jorge observa as dançarinas e a banda tocando. Viro meu rosto para o lado e olho para um espelho na parede. Vejo Jorge atrás de mim no espelho, e ele está soltando o doce o no chão e pisando-o disfarçadamente.Por quê ele não comeu?
Olho nos olhos dele, e ele olha para mim, solto um sorriso e ele retribui.
- Você comeu o doce? - perguntei sorrindo.
- Sim e estava uma delícia!
Mentiroso! Oque tinha naquele doce?
Olho para a frente e observo a cantora peituda cantando e passando a própria mão por todo seu corpo.
Sinto um fervor no estômago, minhas pernas estão fracas, sinto o gosto daquele doce ardendo em minha boca, meus lábios secam.
Avisto a mulher dos doces circulando pelo outro lado, por onde ela passa todas as pessoas pegam os doces e comem com vontade e saem loucas, rebolando e se esfregando uma nas outras, se beijam, se lambem. Só quem não come dos doces são as pessoas que trabalham aqui.Sinto uma tontura, meus olhos se reviram, estou com muito calor. Minhas pernas estão tremendo. Meu pescoço gira em ritmo da música sensual, meu pé bate no chão, começo a abrir a boca e lamber os lábios.
Olho para o lado e Jorge está me encarando maliciosamente.
A música fica agitada e Jorge começa a acompanhar o ritmo com a cabeça. Ele me da um pouco da sua bebida. Fico mais tonta ainda. Passa a mulher dos doces e Jorge pega um e me dá. Tento resistir mas ele empurra em minha boca. sinto muito fervor no estômago e uma agonia enorme em meu corpo. A música penetra em minha cabeça.
Fecho os olhos e deixo meu corpo se movimentar, estou delirando.
Abro meus olhos e todo mundo está dançando loucamente, e eu , no mesmo ritmo. Fecho os olhos novamente e deixo a música me levar...
Abro os olhos e estou dançando, me esfregando em várias pessoas desconhecidas.
Abro os olhos pela segunda vez e estou subindo e descendo até o chão, esfregando meu corpo no corpo de Jorge, passo as mãos por dentro de sua camisa...
Abro os olhos pela terceira vez e estou no palco sem blusa e descalça, rebolando na barra de pole dance.
Abro os olhos Pela quarta vez e estou dentro do porta-malas de um carro completamente nua.
Não esqueçam de votar!!!
Até o próximo capítulo!!!
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O Lago Verde
Mystery / ThrillerUma garota; Um lago; Uma troca; Uma vingança; Muitas mortes... "Uma história envolvente, com mistérios, suspenses, romances e... Mortes. Essa é a história de Carly, uma jovem que está enfrentando momentos de sufoco, angústias e tristezas, mas, que...