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Acordo. Minha cabeça está a ponto de explodir. Minha boca está extremamente seca. Meus olhos doloridos e inchados.

Me levanto com muito cuidado, me espreguiço, ando até a porta e a destranco. Olho para os dois lados do corredor, não há ninguém. Ando na ponta do pé em direção a sala. Olho para o relógio na parede a cima da lareira. É 10 horas da manhã. Escuto uma música baixa e sensual. Paro na entrada da sala e olho para o sofá. O tatuado está sentado no sofá, de costas para mim. Está com uma blusa regata e uma calça jeans clara. Ando devagar e na ponta dos pés. Preciso fazer alguma coisa para fugir daqui. Me aproximei mais ainda. Ele está com um biscoito em uma mão, e na outra ele segura uma revista de mulheres peladas. Fiquei para traz do sofá. Ele ainda não me viu. Olhei para todos os cantos e não vejo sinal de vida. Arrodeio o sofá lentamente. Ele ergue os olhos e me encara. Paro em sua frente, e ele parece meio confuso.

- Como você conseguiu sair do quarto? - me perguntou desconfiado.

- O otário do seu amigo esqueceu a chave na porta ontem a noite - Falei suave.

Seus braços são exageradamente fortes. As tatuagens cobrem seus braços, seu peito, e até o pescoço. Ele usa um brinco pequeno em uma das orelhas, um anel de caveira no dedo indicador, e quase não tem cabelo.

Aproximo meu rosto do dele, beijo seu queixo. Ele fica imóvel. Passo os lábios até sua orelha, mordo seu pescoço levemente. Volto a sua boca e lhe dou um suave beijo.

- O que você está tentando fazer? - ele perguntou baixo.

- Shh - coloquei o dedo indicador em seus lábios fazendo-o calar.

Coloquei a mão em seu peito, e a outra mão em sua perna. Beijei seu pescoço, chupei sua orelha, mordi seu queixo, beijei seus lábios. Ele largou no chão os objetos que tinha na mão. Passei a mão por seu corpo e senti sua excitação. Ele fechou os olhos e mordi seu lábio inferior. Passei a mão por debaixo de sua camiseta. Ele está ofegante. Sento em seu colo. Beijo-o com mais velocidade e ele corresponde me beijando feroz. Pressiono meu corpo contra o seu, e ele agarra minha bunda, pressionando com força. Agarro sua calça e abro o zíper, puxo seu membro para fora e o pressiono fazendo-o gemer. Pego a barra de sua camisa e puxo para cima fazendo-a sair. Ele termina de tirar a camiza e a joga para traz. Depois olha em meus olhos e me beija, me agarrando.
Segura em meu cabelo e puxa para tráz.

- Não, não - geme entre os beijos.

Não posso deixar que ele desista, então, agarro seu membro e sento em cima, penetrando rápido.

Ele me levanta e me joga para o lado, me fazendo cair de lado no sofá, ele se vira para mim e abre minhas pernas. Mira seu membro em mim e penetra. Joga seu corpo em cima do meu e começa as estocadas. Sem dor, ele se meche. Lambe minha boca, chupa meu pescoço, beija minha boca. Aperta minhas pernas com força. Aumenta mais ainda os movimentos e morde meus lábios.
Sinto uma dor selvagem. Ele me beija sem parar, penetra com força. Sinto o orgasmo, mas ele continua e mergulha o rosto no meu ombro ao gozar, me pressiona e despenca o peso do seu corpo em cima do meu.
Por um momento, só consigo escutar nossas respirações ofegantes. Sua cabeça está em cima dos meus peitos.

Apesar de ser uma simples transa só para seduzi-lo, até que foi boa. Mas não posso perder tempo, o tal Sr. Dérick irá vir me buscar ao final da tarde. Não posso dar bobeira, preciso por o plano em prática, mas, que plano?

Ele levanta a cabeça, apoia os cotovelos no sofá, ao redor de minha cintura.

- Apesar de magra e chata, você é gostosa - me disse se levantando, limpando o pênis e arrumando a calça.

Fico parada no mesmo lugar, deitada no sofá, pescoço levantado, pernas abertas...

Ele olha para mim, depois baixa os olhos até minha vagina e fica olhando fixamente.

- Acho que eu deveria ter aproveitado isso antes - ele disse colocando as mãos no bolso da calça.

- Também acho. Teve dois dias para aproveitar, mas desperdiçou a chance - falei entortando os lábios - Mas agora não dá mais tempo. Vou sair daqui no final da tarde, quando o Sr. Derick vir me buscar.

Ele rio suave, estreitando os olhos.
Continuei:

- Em breve vou estar em outro país, com um velho frouxo. Será que ele vai dar conta de mim? Eu poderia estar com alguém como você, forte, atraente, que dê conta do recado.

Levantei e fiquei em sua frente, tirei a camisa e fiquei nua. Encostei meu corpo no dele e comecei a fazer carinho em seus lábios com o dedo.

- Seria maravilhoso fazer amor com você todos os dias, toda hora, em qualquer lugar da casa...

Ele já estava ofegante, ficou paralizado. Só escutando oque eu falava. Estou descobrindo o meu lado sedutor, e ele, tão sensível a uma sedução.

Continuei o meu jogo:

- Mas, isso não vai acontecer, pois em breve vou estar com um velho babão, frouxo, fraco... Imagine eu, louca de prazer, e o velho mau conseguindo me satisfazer? Seria horrível, não é?

Ele engoliu em seco, estava louco de tesão, sentia sua ereção me pressionando por dentro da calça. Olhei em seus olhos e mordi meu lábio inferior.

- A não ser que você não deixe o velho me levar. E se fugirmos?

Ele arregalou os olhos.

- Fugiríamos sozinhos, você e eu, iríamos para bem longe daqui. Podemos fazer o que você quiser - Falei mordendo sua língua e apertei seu membro por fora da calça, deixando-o ainda mais excitado.

Ele está na palma da minha mão!

- O quê você me diz? - perguntei massageando seus braços fortes.

Ele engoliu em seco, estava tenso. Ele queria se livrar de mim e ao mesmo tempo queria me jogar na parede e me saciar com fervor.

Ouço um barulho de carro, ele me empurra para o lado e olha por debaixo da janela.

- Va para o quarto - me ordenou e corri para o quarto.

Tranquei a porta e coloquei a chave debaixo do baú de cobertores.

Quem será? Será que são os outros marmanjos?

Sentei no chão e ajeitei meu cabelo que está parecendo um espanador.

Ele está na palma de minha mão. Vou conseguir me livrar deles. Vou fugir com o tatuado e depois entrego ele a polícia, e por fim, mudo para a faculdade da minha cidade natal, bem longe daqui.





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