1. Um Ano antes Da Morte

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-Tomo banho de lua! Fico branca como a neve!

Estou tomando banho, muito feliz. Vou me encontrar com o Jorge. É um garoto da minha faculdade, me chamou pra sair. Apesar de não conhece-lo, eu aceitei. Preciso de novas amizades, ou de novos relacionamentos.

Saio do banheiro, me enrolando em uma toalha, ando em direção ao meu quarto. Seco meus cabelos, e penduro a toalha na maçaneta da porta.
Visto uma blusa branca, uma saia rodada na cor vermelha e uma jaqueta jeans. Calço uma sapatilha preta. Solto meus cabelos e passo um blush rosa claro, um rímel preto, sombra bege e um batom nude.

Saio do meu quarto e vou ao quarto da laura, bato na porta.
Laura abre a porta:

-Oi, oque você quer? - Ela me olha de cima a baixo e depois diz - Pra onde você vai?

Respondo com um sorriso no rosto:

-Vou sair com alguém!

-Ah... Está bonitinha - ela fala fazendo um bico e revirando os olhos. Depois fecha a porta.

Laura mora comigo, é minha prima. Minha mãe só me deixou vir para a capital se eu morasse com alguém conhecida. Minha mãe tem muito medo de pessoas desconhecidas, principalmente da capital. Ela acha que qualquer pessoa pode me sequestrar, me estuprar ou me assassinar. Ou seja, ela não confia em ninguém que ela não conheça a pelo menos seis meses.

Laura é bem preguiçosa, ela tem o cabelo escuro e bem repicado, olhos castanhos, pele morena, e seu corpo é bem desenhado. Ao contrário do meu.

Sou magra, muito pálida, tenho muitas espinhas no rosto, olhos verdes, cabelos escuros e lisos.

pego minha bolsa e saio. Marcamos as sete e meia, em uma pizzaria. Ainda é seis e quarenta e cinco. Vou andando mesmo, assim eu respiro melhor.

Chego em frente a pizzaria marcada, avisto o Jorge lá no final, quase escondido. levanto o braço e aceno, mas ele não me enxerga. Entro e vou em sua direção, paro à sua frente e ele me olha.

- Sente-se!

Ele me lança um sorriso simpático e rápido. Sentei-me à sua frente e cruzei as pernas.

Ele fica me encarando.

Seus olhos são azuis, sua pele é branca, sua barba é grossa e seu cabelo loiro e comprido a baixo do queixo.

Que cabelo mais lambido! Deve ter gastado um pote de gel!

Por quê ele me encara tanto? Será que tem alguma coisa estranha em meu rosto?

-O que vão querer? - O garçom fala com uma caneta e um papel na mão.

Jorge levanta as sobrancelhas. Acho que ele está me perguntando oque eu vou querer.

- Quero um suco de frutas - falei educadamente para o garçom. Tenho que dar uma de delicada.

- Uma água - Jorge fala para o garçom.

Uma água? Ele pediu uma água?

- E então. Você tem namorado?

Ah, oi pra você também!

- Não, não tenho namorado. E você tem namorada?

Ele olha secamente para mim. Estou ficando constrangida. Quero ir pra casa!

- Não! - ele responde de uma vez. Desvia o olhar para o garçom que se aproxima.

- Aqui uma água e um suco de frutas.

O garçom coloca os pedidos sobre à mesa, e logo sai.

- Por quê você faz pediatria?

Por quê ele quer saber isso? Cadê os altos papos que eu esperava? Bem que as pessoas da faculdade falam que ele é estranho.

- Na verdade, foi meus pais que escolheram. Mas eu gosto muito de cuidar de crianças - falei sorrindo para quebrar o clima tenso.

- Se gosta de crianças, por quê não trabalha como babá?

Meu sorriso se desfez. Pensei em dar uma risada, vai que foi uma piada. Mas ele continua muito sério.

- Nada contra à profissão de babá. Mas optei por medicina. É uma coisa que gosto e que pode me dar um futuro melhor. E você, por quê faz medicina?

- Na verdade, tenho outros interesses naquela faculdade...

- Interesses? - Questionei confusa

- É... - ele olha para a rua e depois para o relógio de pulso - Acho que já está ficando tarde, vamos.

Ele parece apressado, confuso. De repente quer ir embora.

Mas já? Não tem nem trinta minutos, Poxa!

Ele se levanta da cadeira e vai ao balcão, pagou a conta e veio até a mesa.

- Vamos?

Ele estava em minha frente, muito sério. Levantei-me da cadeira, e peguei minha bolsa que estava em cima da mesa.

- Vamos - Respondo.

Andamos em direção à porta e saímos. Fomos andando pela calçada. Não sei para onde estamos indo, mas estou confiando nele.

Após andarmos mais de meia hora, chegamos em frente a uma boate. Nunca estive neste lugar, mas é em uma rua muito escura e desconhecida. Do lado de fora estou escutando uma música sensual e agitada.
Jorge entra, e vou atrás dele. O segurança muito forte na porta nos deixou entrar sem questionamentos, deve ser conhecido do Jorge.

Nossa! Nunca iria imaginar que um cara me levaria a um lugar desses no primeiro encontro...

Ao entrarmos, fico surpresa com oque vejo.


Obrigado por lerem!

Até o próximo capítulo!

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