14

76 20 60
                                    

Surpresa com aquilo, fico boquiaberta. Seria um castelo?
Estamos entrando numa casa... Aliás, estamos entrando numa mansão extraordinariamente grande, linda, chique... Um sonho. Na entrada há dois seguranças, que abrem os portões para entrarmos. O Sr. Dérick entra caminhando devagar e eu fico parada, imóvel. Eu poderia aproveitar essa chance para sair correndo na rua, mas nem sei em que país estou! Além do mais esses seguranças com certeza me acompanharia, pois são mais rápidos e estou com a perna machucada.
O Sr. Dérick olha para traz e me chama, eu o encaro tentando mostrar raiva, e consigo. Respiro e ando em direção a ele tentando evitar mancar, ele retorna a andar e eu o sigo. Olho ao redor, observando o ambiente. Na entrada há um caminho largo de pedras, que ao redor tem grades finas em formato de um "U" invertido, com trepadeiras cobrindo tudo, formando um deslumbrante corredor. Continuamos caminhando e observo aquele jardim verde, pequenas árvores emolduradas em formatos de estátuas e no centro, uma fonte feita de pedras, com uma estatua de uma mulher segurando um jarro, que do mesmo, jorrava água dentro da fonte como uma cachoeira. Caqueiros de barro espalhados por todo canto, com várias espécies de flores nos mesmos.
Chegamos a uma porta dupla de madeira, olho para cima e conto 6 andares. Nossa! Uma mulher de roupa de funcionária abre a porta e sorri gentilmente. O Sr. Dérick pega minha mão e então entramos num enorme salão, com piso de porcelanato bege, servia de espelho. Paredes num estilo antigo, cheia de quadros de filósofos antigos. Rapidamente solto minha mão da mão dele. Ele caminha em direção a uma escadaria curvada, olho para cima observando a elegância do lugar. Olho para os cantos, que são detalhadamente perfeitos, alguns com pinturas estranhas mas bonitas.
Vejo que o Sr. Dérick no fim da escada, olho para traz e depois olho para ele, respiro e ando em direção a escada começando a subir. A cada degrau que subo, tudo fica mais distante. Estou no terceiro andar e parece que já subi vinte andares. Respiro fundo e subo mais um degrau. Meu estômago grita. Subo outro degrau e minha visão escurece, tudo parece girar, tento subir mais um degrau. Fecho os olhos. Sinto meu corpo pesar e parece que estou suando frio.

- Você está bem? - sinto uma pele quente tocando meu braço

- Eu... - tento falar algo, Abro os olhos e vejo o Sr. Dérick me encarando impassível

- Está se sentindo mal? - ele insiste, me perguntando calmo enquanto segura meu braço

- Eu... Estou fraca... - falo quase num sussurro

- Você pode estar com fome, venha... - ele segura minha mão e me conduz a descer a escada

Sr. Dérick puxa a cadeira para mim, e então me sento. Estamos na sala de jantar esperando a refeição ser aprontada, ele conversa com uma mulher que provavelmente é uma empregada. Abaixo a cabeça, olho para o copo de água que ele colocou a minha frente e então o seguro e levo a boca, bebo um pouco da água e coloco o copo na mesa novamente, suspiro.

Aff, quanto pesa esse copo?

  Logo, vejo ele se sentar na cadeira ao meu lado, segura minha mão e olha para mim

- A Milene já está vindo nos servir, aguente só mais um minuto

Assinto com a cabeça, respiro fundo e me reencosto na cadeira. Percebo que minha mão treme, fecho os olhos e apoio minha testa nas mãos, com os cotovelos na mesa.

Até que fim!

Suspiro ao ver uma mulher colocando várias coisas em cima da mesa, que agora percebo ser de madeira escura e vidro. Ela coloca um prato para mim e outro para o Sr. Dérick, depois uma bandeja cheia de frutas, duas jarras de vidro com suco, outras pequenas vazilhas e uma garrafa de vinho, depois duas taças e dois copos. Olho para meu prato e observo aquela comida estranha.

Que lavagem é essa?

  Olho incrédula, sinto nojo daquela comida estranha, mas a fome é maior. Pego os talheres e começo a devorar ferozmente, não me importando com o que aquela comida parecia. Não sei se é a fome, mas não está tão ruim quanto parece.

- Cuidado para não engasgar - diz o Sr. Dérick, calmamente me olhando

  Ignoro o que ele fala, apenas continuo a comer aquilo, vejo ele colocando suco no meu copo e então pego o mesmo e começo a beber. Depois de comer e beber tudo, reencosto na cadeira e suspiro aliviada. Aquela tontura era fome, apenas isso. Ele se levanta deixando metade da comida e quase todo o suco, limpa a boca com o guardanapo e me olha.

- Vamos... - ele fala me olhando como se eu fosse uma criança

- Para onde? - o encaro fixamente

- Você tem que conhecer sua casa por completo

- Minha casa? - Pergunto confusa

- Sim, nossa casa! - ele levanta os braços como se estivesse apresentando o local

- Essa casa não é... - paro de falar e fico calada, me levando da cadeira e fico o encarando

- Vamos? - ele ergue a mão e sorrir

- Eu sei andar sozinha - Falo seca, recusando sua mão

- Certo... - Ele levanta as mãos em rendimento e logo começa a andar saindo da sala de jantar

  Eu o sigo, andando devagar e observando ao redor, analiso cada detalhe do ambiente, observo as cores e as decorações dos grandes cômodos. Passamos por um corredor largo, com o chão de mármore, que nos dá para uma enorme varanda. Ergo os olhos observando um imenso jardim, logo a frente um pomar, avisto uma piscina ao lado, e próximo algumas mesas com cadeiras brancas no meio do gramado. Solto um leve e discreto sorriso, aquele lugar tão lindo, com um ar fresco e... Livre. Ele anda para outro lugar e então eu o sigo, ele caminha pela varanda e passa por uma porta de vidro, continuo o seguindo e nós chegamos numa enorme biblioteca, com imensas prateleiras repletas de livros de todo tipo, todas as cores, todos os temas. Tento evitar ao máximo olhar para ele, apenas o sigo novamente para outro cômodo, subimos uma escada de madeira e cerâmica e logo entramos num enorme quarto, com uma elegante janela de vidro, uma parede com uma TV extremamente grande, atraz da parede uma cama, que cama!

- Este é nosso quarto, já tem roupas suas no closet. Pode decorar o quarto como quiser, e se quiser roupas diferentes, é só  avisar. O que você quiser é só pedir para os empregados.

  Escuto cada palavra de cabeça baixa, suspiro e ergo os olhos, observo sua face por alguns segundos e então balanço a cabeça concordando

- Ok...



Me perdoem a demora!!!
Prometo não demorar mais.
Se gostaram, votem e atirem comentários sem pieadade!
(Isso me ajuda muuuuuito)

Até o próximo capítulo!!!

 

O Lago VerdeOnde histórias criam vida. Descubra agora