4- A Procura Pelo Estuprador

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Estou oficialmente cansada, tudo o que está me acontecendo, minha vida está completamente revirada. Agora nesse momento estou sentada na varanda do meu quarto observando as lindas estrelas brilhando no céu, passando a mão na minha barriga, sem acreditar que estou esperando um filho de um estuprador misterioso.

-Amber?

-Oi Robert, o que houve?

-Posso entrar e conversar um pouco com você?

-Sim claro, pega uma almofada aí na minha cama e senta aqui do meu lado.

-Pronto, aqui estou eu. Como você está?

-Seguindo de vagar, eu nem sei mais o que estou sentindo, são tantas coisas acontecendo que eu mal sei minha idade. - Robert riu.

-Imagino o quanto deve está sendo difícil pra você, eu e sua mãe estamos sofrendo muito com tudo isso também, mas a única coisa que podemos fazer agora é cuidar do pequeno ou pequena que vem aí e ajudar a policia a achar esse desgraçado e coloca- lo onde ele merece está, na cadeia.

-O meu maior problema não é isso, é o fato de está tudo na minha cabeça, eu.....eu não consigo esquecer daquela noite e Robert não é só isso, eu estou vendo coisas, tipo fantasmas ou sei lá o que, isso tá me deixando louca.

-Viu algo paranormal naquela noite?

-Eu senti a presença dele atrás de mim quando eu estava indo para o carro,mas não tinha ninguém, a rua estava vazia!

-Ele não estava atrás de um carro, ou escondido atrás de uma árvore?

-Não, a rua estava vazia, sem ninguém, eu ouvia os risos dele e ele sussurrava meu nome o tempo todo, mas ele não estava lá, foi quando eu comecei a correr que eu olhei para trás e ele estava parado no meio da pista, me olhando de uma forma assustadora,ele estava bem longe de mim, mas era como se estivesse perto o tempo todo, como está nós dois aqui agora, muito mais muito perto.

-Que estranho, como ele te pegou?

-Essa é a parte mais estranha, foi nesse momento em que senti como se algum carro tivesse passado e me atropelado, eu fui arremessada pro alto e quando eu cai no chão ele já estava parado do meu lado, não dava tempo dele ter ido para lá tão depressa.

-Iremos chamar um padre.

-Você acha que eu estou louca?

-Não meu bem, mas precisamos de um padre para rezar nesta casa, você mesmo deveria rezar, nós precisamos disso nesse momento, tudo bem?

-Sim,irei rezar mais, eu prometo.

-Vai ficar tudo bem, minha princesa. - Robert me deu um beijo na testa e saiu do quarto.

Depois de alguns minutos ainda na varanda, levantei-me e fui até meu guarda-roupas escolher um pijama, fiquei passando os dedos entre os cabides procurando um pijama, quando senti uma mão gelada encostando em meu ombro, virei-me rapidamente e não tinha nada.

-Não é nada, Amber, não é nada. - Voltei minha atenção ao guarda-roupas quando de repente o meu celular começou a fazer um barulho ensurdecedor, tapei meus ouvidos e fui até a cabeceira da cama pegá-lo, ele estava com a tela desligada e o barulho continuava, joguei-o no chão e comecei a pisar e ele estava ficando todo quebrado, mas o barulho permanecia, então peguei e joguei pela janela e o barulho parou, sentei no chão aliviada, quando levantei minha cabeça e olhei para a cabeceira, o celular estava lá, intacto.

-Mas que merda é essa? - Peguei o celular e ele estava funcionando normalmente, peguei uma pílula de remédio para dormir que minha mãe tomava, na gaveta do banheiro, e desci até a cozinha para pegar um copo d'água, enquanto descia as escadas, ouvia a voz do homem misterioso atrás de mim, como sempre sussurrando meu nome lentamente, continuei descendo só que agora em um ritmo mais rápido. Tremendo muito, peguei um copo no armário e coloquei água gelada, coloquei a pílula na boca e tomei rapidamente. Subi correndo para meu quarto, deitei na cama, cobri-me dos pés a cabeça, aos poucos fui pegando no sono.

Audrey - Um Demônio em Meu VentreOnde histórias criam vida. Descubra agora