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 Marinette foi até Adrien assim que ele saiu do quarto de Gabriel Agreste

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 Marinette foi até Adrien assim que ele saiu do quarto de Gabriel Agreste.

- Como ele está?

- Bem, graças a Mestre Fu. - suspirou aliviado. - Ele disse que meu pai não vai se lembrar de nada.

- Como assim?

- Tem algo a ver com o antigo portador de um Miraculous não deve se lembrar do que fez como herói, ou vilão no caso. Mas quem sabe assim possamos voltar a ser uma família ao menos normal.

- Fico feliz por você. - o surpreendeu com um abraço. Adrien a abraçou de volta e sorriu. Não sabia como Marinette podia ser tão amável com o garoto que brigou com ela a pouco tempo atrás e que quase matou o próprio pai também.

- Hoje à noite o prefeito fará a revelação das nossas identidades. Será um evento fechado, porém a emissora vai transmitir ao vivo para toda Paris.

- Tem certeza que quer fazer isso?

- Não é questão de querer. Eu preciso fazer isso.

- Adrien, me escuta. - se afastou e segurou os ombros dele de leve - Sei que se culpa por aquela catástrofe, mas a verdade é que a culpa não foi de ninguém. Aquilo foi uma fatalidade resultante das nossas escolhas, indiretamente é claro. Pense no que disse ao seu pai, você não precisa tentar consertar um erro que não é seu. - refletiu por alguns segundos. Pela primeira vez o loiro questionava de vez sua decisão quanto aos registros.

- Eu sei, eu... - respirou fundo - Marinette, muito obrigado por ficar ao meu lado, mesmo que eu não tenha ficado do seu. - a azulada sentia seu coração acelerar. Era uma das poucas vezes que conseguiu ter uma conversa coerente com Adrien, e obviamente ainda era apaixonada por ele. - Eu não quero te prender, porque você me mostrou o que é ser herói. Os heróis fazem sacrifícios para o bem de todos, porém precisam pensar em si mesmos atrás das máscaras. Ninguém nos dá algo para salvar a cidade, mas nós o fazemos, então o mínimo que merecemos é que respeitem nossos espaços. Fique tranquila, eu não vou contar pra ninguém sobre a identidade de vocês. - ela sorriu - Mas eu só queria saber uma coisa.

- O quê?

- Aquilo que você disse ao meu pai, bem... sobre... sobre ainda me amar. - os dois coraram.

- Independente das suas escolhas, sim, eu vou continuar te amando. - Marinette sentiu as bochechas queimarem. Agora ela conseguia conversar com Adrien, no entanto, aquele sentimento de nervosismos nunca passaria. Era de certa forma, um efeito bom que ele tinha sobre ela. Talvez ela gostasse de sentir isso.

- Eu também. Também vou continuar te amando. - o loiro se aproximou segurando a cintura da garota e encostou seus lábios sobre os dela, em seguida aprofundando o beijo.

Os dois sabiam que o mundo lá fora estava complicado. Paris estava em meio a uma guerra civil, portanto, naquele momento não se importaram com nada, apenas um com outro.

*

- Tá tudo bem entre você e a Marinette? - Nino perguntou, escorando seu braço ao redor dos ombros do amigo.

- Acho que sim. - sorriu.

- Ih, essa cara de bobo apaixonado diz tudo.

- Ei! - empurrou o garoto de leve, enquanto riam.

- Então, porque nos chamou aqui? - Lila questionou.

- Porque hoje à noite o prefeito vai revelar as nossas identidades e eu queria dizer que não precisam fazer isso se não quiserem. Eu finalmente entendi o lado da Marinette quanto a isso, e eu a respeito. Assim como vou respeitar se não quiserem vir comigo hoje. - Nino e Lila se entreolharam.

- Olha, na verdade nós já discutimos isso antes. - disse a garota.

- E chegamos a conclusão de que começamos isso com você, e iremos terminar também. Então pode contar com a gente. - Adrien sorriu.

- Mesmo? Eu juro que iria entender se não quiserem. Afinal, pensei melhor e acho que isso não vai resolver muita coisa. Mas como já assinei o acordo, não tem como voltar atrás.

- Estamos com você. Se quiser ir, nós iremos. Se não quiser, não iremos. - Adrien suspirou e encarou a janela. Pela primeira vez questionava o que era o certo. O certo é seguir as leis? Ou o certo é seguir o que sua mente diz? O certo era pensar pelas pessoas? Ou o certo era pensar nas pessoas?

Na sua cabeça se passavam muitas dúvidas, e ele pretendia encontrar a resposta antes de fazer sua escolha definitiva.

*

Marinette se jogou na cama e suspirou. Tikki logo pousou na sua cabeça e abriu um pequeno sorriso.

- Parece que está tudo resolvido entre você e o Adrien, não é mesmo?

- Bem, nem tudo. Ele ainda me deve por deixar meu rosto arranhado. - as duas riram - Mas é sério. Por mais que as coisas estejam boas entre nós, precisamos resolver como ficaram em Paris.

- O que pretende fazer em relação a isso?

- Eu não sei. - mordeu o lábio inferior, enquanto pensava em algo. - Preciso falar com as meninas.

- Ok, então vamos lá. - a kwami voou animada.

- Tikki, transformar!

Marinette chamou Alya e Chloé para que a encontrassem em um dos prédios próximos à prefeitura. Rapidamente as duas chegaram lá, trajadas de Peacock e Queen Bee.

- Como ficou a história com seu pai? - Marinette perguntou para a Bourgeois.

- Tivemos uma conversa bem esclarecedora. Acredito que ele não vá me incomodar, a não ser que ele queira alguns dos seus segredos revelados.

- Arrasou, garota! - Alya fez um toque com ela.

- Certo. - Marinette riu de leve - Bem, devem estar se perguntando porque as chamei aqui. É que daqui há algumas horas, o prefeito fará um evento fechado para revelar as identidades do Chat Noir, Tortue e Volpina para Paris inteira.

- O Adrien vai mesmo fazer isso?

- Aparentemente sim. Mas ele disse que não vai tentar nos prender ou coisa do tipo, porque ele entende nosso lado. A questão é, se vocês quiserem fazer o mesmo, eu vou entender.

- Marinette, não estamos do seu lado só porque você é a Ladybug, a nossa heroína favorita. - Alya pousou a mão no ombro dela - E sim porque concordamos com você.

- Exatamente, estaremos do seu lado. - Chloé sorriu. As três se abraçaram contentes.

- Mas como vamos ficar depois da revelação e tudo mais? Ainda vamos ser consideradas criminosas, não é?

- Olha, eu acho que o Adrien não está pensando direito. Ele precisa de um tempo em paz para absorver isso, e não vai conseguir com as pessoas o perseguindo mais do que perseguiam.

- E o que devemos fazer a respeito? - Ladybug encarou a vista de cima do prédio, pensativa.

- Vamos mostrar a Paris que somos os heróis que ela precisa.

Miraculous: Civil WarOnde histórias criam vida. Descubra agora