Ruivinha dos meus olhos

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Vigésimo Quarto Capítulo
POV LEO
Afastei-me da Clary, logo depois de lhe ter dito que precisávamos de falar, e voltei ao estado de silêncio. Mas, claro está, que silêncio com o Nick não é duradouro.

Nick: AHHH.... Que secaaaa!

Eu: Nick, para de refilar!

Nick: Mas não se faz nada.

Clary: Porque é que não vais dar um mergulho?

Ela diz com um sorriso irónico.

Nick: Ha Ha Ha... Que piada!

Diz rindo falsamente. Vejo a Kaylyn levantar-se, pôr-se à nossa frente e logo se virar para nós.

Kaylyn: E que tal fazermos uma festa de pijama? Os meus pais vão dormir a casa de uns amigos hoje e eu ía ficar sozinha em casa, mas vocês conhecem-me, assusto-me com qualquer coisa.

O Nick num pulo levanta-se e coloca um braço em volta da Kaylyn.

Nick: Eu concordo perfeitamente! Não posso...

Interrompo-o, tossindo.

Nick: Quer dizer, não podemos deixar uma donzela tão bonita como esta, sozinha à noite em casa.

A Clary limita-se a rir da figura do meu primo, enquanto eu me pergunto se ele será da mesma família que eu ( algo que me questiono todos os dias ao acordar ).

Clary: Eu não me importo... A minha mãe de certeza que não se importa, nem deve querer saber. Só preciso que me emprestes roupa para amanhã para as aulas.

A Kaylyn sorriu concordando.

Eu: Por falar em aulas, Kaylyn tu vais para a nossa escola?

Kaylyn: Infelizmente, não. Os meus pais inscreveram-me numa outra escola, fora desta zona, por acharem mais "adequada à minha pessoa".

Disse, fazendo aspas com os dedos na última frase.

Nick: Pena...

Eu: Cala-te, Nick!

Nick: Uma pessoa já não pode ser simpática...

A Kaylyn ri, soltando-se do seu braço.

Kaylyn: Então mas concordas ou não Leo?

Eu: Não sei...

Nick e Kaylyn: Vá lá!

Olho para a Clary em tentativa de saber o que fazer, mas esta estava de cabeça baixa. Eu teria que falar com ela ainda hoje sobre o que se estava a passar entre nós e, passar a noite na casa da Kaylyn, seria a ocasião ideal para isso.

Eu: Ok... Mas isto não é uma festa de pijama ouviste?

A Kaylyn sorriu eufórica e concordou. Realmente, precisava de me distrair um pouco de tudo o que se estava a passar. E relaxar um pouco até sábado, visto que ainda tenho um voo por marcar e que ainda tenho de me mentalizar do estado em que poderei encontrar a minha mãe.

Clary: Podemos ir andando? Estou com muito frio, daqui a pouco estou a morrer congelada. E já são 22:15 da noite!

Rimos da expressão que ela fez e levantámo-nos para ir embora.
Ao caminharmos até à zona dos bares e restaurantes, o Nick ofereceu-se para ir com a Kaylyn informar os pais que iríamos lá dormir em casa, ficando eu e a Clarissa sozinhos à espera deles. Não posso dizer que estava confortável naquela situação mas também não me importava. Só precisava de arranjar assunto...

Eu: Então...

Olhei para ela e ela limitou-se a suspirar.

Clary: Leo, não tornes isto mais embaraçoso do que já está, por favor.

A sério que não percebi.

Eu: Como assim?

Ela virou-se bruscamente para mim e encarou-me.

Clary: Isto!

Disse, apontando para nós. Ela deve ter entendido a minha expressão confusa porque logo retomou a falar.

Clary: Nós, tu, eu, a nossa amizade. Tudo! Tudo entre nós tem estado estranho. Não percebo o que se passa... Porque é que estamos assim? Porque é que te afastas e depois voltas a falar comigo? Não percebo porque é que de repente tudo mudou por causa de um beijo, de uma conversa.

Eu apenas fiquei perplexo, sem saber o que dizer. Tudo o que ela dizia era verdade, e eu tenho consciência disso, mas todas as questões que ela me fez também se podiam aplicar a ela. Eu não queria discutir, ainda para mais a nossa relação já está por um fio. Mas também  não podia ficar calado!

Eu: Isso eu também te posso perguntar. Achas que é fácil para mim tudo o que se está a passar? Clary, abre os olhos!

Clary: Para o quê?

Eu: Para mim! Para tudo o que sinto!

Deixei escapar, o que a fez arregalar os olhos. Mas já que tinha começado, iria continuar.

Eu: Clary, eu não te posso responder a essa perguntas porque eu próprio as tenho. Tenho dúvidas sobre tudo! Mas sabes do que é que eu ainda tenho a certeza?

Fixei o seu olhar em silêncio, esperando a sua resposta. Ela negou levemente com a cabeça, receosa com a minha resposta. Aproximei-me um pouco mais dela e num sussurro respondi.

Eu: De que à muito que não te vejo como uma mera amiga.

Respirei fundo, ganhei coragem e aproximei-me mais um pouco. Agarrei a sua mão.

Eu: De que te amo!

Ao proferir as últimas palavras, vi um brilho formar-se nos olhos da Clary. Eu devia estar igual! Isso e bastante vermelho do nervosismo...
Só sei que, depois de ajeitar o meu casaco no ombro da Clary e ajeitar uma mecha que teimava sobre o seu olho, senti as suas mãos no meu rosto puxarem-me para junto dos seus lábios. Era um beijo calmo mas cheio de desejo! Conseguia sentir as lágrimas no rosto da minha Ruivinha... E que bom que ela continuava a ser minha!
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OI PESSOAS QUE EU TANTO AMO😍❤💕 Que saudades que eu já tinha de escrever um capítulo! Desculpem a demora mas é que a escola não está a ajudar... E eu estou num ano de exames então todo a minha concentração tem de estar nos estudos e só consigo escrever mesmo nos pequenos tempos livres, ou seja, quase à meia noite😩 Mas é um esforço que eu não me importo de fazer❤
Espero que estejam a gostar e keila_dallas por favor vê se não matas a Kaylyn😂😂😂❤
Beijos❤



Ruivinha Dos Meus OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora