Capítulo 1.

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Tive o melhor pai do mundo. Michael Jackson era meu padrinho e também um grande amigo. Meu pai verdadeiro é Leonel, um advogado. Porém, não o considero pai. Para mim, ele só é meu pai no papel. Ser só pai de sangue não é ser pai.
Michael Jackson cuidou de mim como se eu fosse sua filha, então cresci chamando ele de papai. Minha mãe, Eva, só me contou a verdade um ano depois de ele falecer.
Foi um choque enorme para mim. No início fiquei muito chateada, não só por terem mentido para mim, mas sim - e principalmente - por saber que ele não era meu verdadeiro pai.
Não quis mais ver a cara dela, não queria ouvir nada, não queria explicações. Só queria ficar sozinha, até que certo dia eu cedi e resolvi ouvi-la.
Minha mãe me contou que Leonel não se importava conosco, que não se importava comigo, totalmente diferente de Michael. Leonel não ficou ao lado dela no dia do meu nascimento. Imagina só um esposo não estar ao lado da esposa no primeiro dia de vida da própria filha. Mas Michael estava lá. Leonel não estava no meu batizado, mas Michael estava (como padrinho, óbvio, e praticamente como meu pai). Esse sim era um verdadeiro pai. E amoroso também.
Mamãe disse que, quando papai - sim, ainda chamo e sempre chamarei Michael de papai - me viu pela primeira vez, seus olhos brilharam. Brilharam tanto que parecia que sua filha estava nascendo, e não sua afilhada.
Por essas razões e muitas outras mamãe sugeriu ao Michael que ele "fosse" meu pai. Ele não gostou muito dessa ideia, mamãe disse que houve várias vezes que ele tentou me contar a verdade quando cresci, mas Michael não conseguia e nem queria imaginar como é uma criança crescer sem uma mãe ou sem um pai, então, por fim, ele aceitou essa ideia maluca dela.
E foi assim, Michael Jackson tornou-se meu pai. Tenho tantas lembranças dele... Mas compartilharei aqui para vocês algumas delas.
Conheçam agora o verdadeiro Michael Jackson.

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