Capítulo 10

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Anahí: Anda logo Manuela! – chamou num tom mais alto de voz, pela terceira vez. – Vou te deixar em casa! – estendeu os braços para pegar Sophia que estava sentadinha no sofá a sua frente. A menina apareceu com os braços cruzados, com um bico enorme na cara. – O que foi?

Manuela: Não achei meu brilhinho – se aproximou da mãe e Anahí viu que ela estava com os olhos mareados.

Anahí: Ai Manuela, o que eu faço contigo? – perguntou rindo. Largou Sophia no sofá e procurou algo na bolsa. Manuela abriu um sorriso enorme ao ver o que a mão tinha nas mãos – desfaz esse biquinho e essa cara de choro – passou seu gloss na filha e Sophia parou de pé no sofá fazendo biquinho pedindo pra que ela passasse o gloss nela também.

Anahí foi até o carro, colocou as filhas na cadeirinha e saiu de casa. Já havia virado rotina na vida dela e das filhas de fazer uma visita assim durante as tardes. Durante aquela semana era a primeira vez, já que nas outras Anahí estivera ocupada com outras coisas.

Estacionou o carro e as meninas desceram rapidamente, correndo para dentro do prédio sorrindo. Todos ali as conheciam e adoravam as suas pequenas. Por mais que aprontassem, eram meninas adoráveis, encantadoras.

Manuela era a mais difícil de conquistar. Era uma Anahí um pouco pior, digamos assim. Se dizia que gostava de alguém é porque realmente gostava, e do contrário, não adianta nem querer compra-la com presentes ou promessas.

Sophia já era mais calma, porém ciumenta. A caçula é do tipo "não pise no meu calo" ou "não cutuque onça com vara curta". A calma dela acabava quando alguém fazia a mãe ou a irmã chorar. Sophia poderia ser pior eu Manuela.

Anahí tinha certeza que as duas tinham puxado o gênio dela, totalmente temperamentais. José sofria com as três, porém nunca reclamou ou a chamou de insuportável como Alfonso a chamava quando ela tinha suas crises.

Quando ocorria com Alfonso eles brigavam e voltavam a se falar dois dias depois. Com José, na maioria das vezes ele respirava fundo, e acabava cedendo as chantagens dela. Mas quando eram coisas absurdas, José deixava ela se acalmar por algumas horas e depois conversavam.

E mais uma vez ela estava ali, pensando nele. Sorriu ao imaginar como Alfonso estaria. Será que continuava tão lindo e sexy como há três anos atrás? Mordeu o lábio inferior, sentiu um desejo crescer em seu ventre. Já estava em estado de alerta outra vez. O que estava acontecendo com ela? Estava tão sedenta por sexo nos últimos quinze dias como era quando estava com Alfonso. Sorriu maliciosa com a ideia que teve, mas não poderia coloca-la em pratica, afinal as meninas estariam com eles. Ops, cadê as meninas?

Saiu do carro quando se deu conta que as filhas já tinham corrido para dentro da academia. Trancou o carro, pegou a bolsa e foi atrás das filhas. Sabia onde elas exatamente estariam. Chegou próximo a uma porta e ouviu as risadas das filhas.

Xxx: Eu morri e estou no céu? Mandaram um anjo muito gostoso vir me buscar? – alguém falou parado atrás dela. Anahí conhecia aquela voz. Gargalhou alto.

Anahí: Suas cantadas estão a cada dia piores Gui! – falou rindo e o abraçou.

Guilherme: Assim você me magoa poxa! Eu tento, mas você ama esse merdinha que fica sentado numa cadeira atrás dessa porta – falou fingindo estar magoado. Anahí ainda ria quando a porta atrás dela se abriu e alguém a abraçou por trás.

José: Se continuar a dar em cima da minha mulher você perde o que tanto preza entre as pernas! – ameaçou.

Guilherme: Ciumento... – rolou os olhos.

Ouviram um barulho de algo vindo de dentro da sala de José, Anahí fechou os olhos e José a soltou imediatamente. Entrou como um furacão dentro da sala e logo atrás Guilherme e Anahí. José olhava desesperado as meninas para ver se elas tinham se machucado.

Anahí: O que aprontaram agora? – estreitou os olhos, encarando as filhas. Sophia apontou para o notebook de José no chão, com a tela trincada. – quem foi? – perguntou tentando controlar-se.

José: Amor tudo bem, elas não fize...

Anahí: Tudo bem? – deu um risinho nervoso – Não está tudo bem! – José abriu a boca pra falar algo – Para de defender elas! – lançou um olhar duro pra ele e encarou as meninas. As duas baixaram a cabeça – Estou esperando alguém se acusar... – cruzou os braços.

Sophia: Foi sem querer mamãe... – sussurrou.

Guilherme: É só um notebook Anahí! – tentou intervir pelas "sobrinhas". Manuela ergueu o olhar pra ele, Guilherme deu uma piscadela. A menina sorriu disfarçadamente.

Anahí: Uma semana sem vir aqui e sem sorvete! – disparou. Lançou um olhar repreendedor pra José que sorriu balançando a cabeça. Anahí estava mais irritada do que o normal, mas ele não ia intervir na decisão dela.

Empezar Desde Cero (Mini)Onde histórias criam vida. Descubra agora