Capítulo 09

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Anahí: Bom dia! – disse sorrindo assim que abriu a porta dando passagem pra uma ruiva com uma criança de um ano e meio no colo acompanhada de um moreno alto. Anahí abraçou a amiga de longa data, desde a época do primário. Pegou o pequeno João Pedro no colo e o encheu de beijos – a dinda estava com saudades dessa bolota linda! – disse dando mordidinhas nas mãozinhas gordas do menino.

Xxx: Meu filho não é comestível Anahí! – brincou.

Anahí: Olá Pablo! Não é comestível, mas é irresistível! – deu um cheiro no menino que riu alto.

Xxx: Deixa o José ouvir isso... – riu acompanhada de Anahí e Pablo.

José: Ouvir o que? – perguntou assim que apareceu na sala, cruzou os braços.

Xxx: Sua mulher chamando o meu filho de irresistível. Se eu fosse você tomava cuidado!

José: Eu confio no meu taco! – piscou e cumprimentou o casal de amigos.

Anahí: João não tem o que competir com o José – mordeu o lábio inferior.

Xxx: Sei... Ele não pode te dar o que você gosta né bandida? – gargalhou.

Anahí: Vai se ferrar Dulce Maria! – disparou rindo – e não, ele não pode! Mas minha intimidade não vem ao caso – empinou o nariz.

Dulce: Essa casa está muito silenciosa... Cadê as meninas?

Anahí: Saíram com meus pais, já devem estar chegando... – Dulce cruzou os braços e olhou maliciosa pra Anahí e José – o que foi?

Dulce: Nada não... – fez um bico – vocês estão a muito tempo sozinhos? – perguntou segurando o riso. Anahí estreitou os olhos, José prendeu o riso e Pablo disparou a rir.

Pablo: Ela quer saber se estavam transando! – indagou rindo. José gargalhou e Dulce também. Anahí encarou um por um e depois se juntou a gargalhada.

José: Ontem a noite sim... que fogo em amor! – deu um olhar malicioso pra Anahí que corou. Pablo e Dulce riram mais. Anahí bem que tentou, mas não conseguiu não rir.

Alice e Ricardo chegaram com as netas e se juntaram aos casais.

***

Alfonso: Você tem certeza? – perguntou nervoso e o amigo assentiu – MERDA! – gritou.

Carlos: Não adianta surtar agora Alfonso. Você sabia que isso poderia acontecer. Era o mais óbvio!

Alfonso: Não! Isso não está acontecendo, você está mentindo... Essa pessoa passou informações erradas!

Carlos: Aceita que dói menos!

Alfonso: Nunca Carlos! – chutou o sofá – Eu... eu preciso ir pra Monterrey!

Carlos: Nem pensar! Você vai ficar aqui e esperar até sexta-feira! – levantou-se do sofá e segurou nos ombros do amigo – Alfonso respira, se acalma.

Alfonso: Calma... Calma... Todos me pedem isso há dois anos! Eu não aguento mais! – deixou o corpo cair no sofá, esfregou as mãos nos olhos – Eu a amo Carlos preciso dela aqui! – disparou a chorar. Carlos sentou ao lado do amigo e pousou uma das mãos nas costas dele.

Carlos: Se ela ainda te amar como um dia te amou – Alfonso olhou-o com o rosto banhado em lágrimas – vai voltar a ser sua e serão felizes juntos. Vai recuperar o tempo perdido...

Alfonso: Dois anos que eu a procuro feito louco, mandei revirar Londres inteira e nada dela! – sua voz era embargada – gastei uma fortuna com isso na esperança de encontra-la, pedir perdão...

Carlos: E eu não sei? Acompanhei tudo Alfonso, desde a época do colegial. Sei que o namoro de vocês foi complicado, que brigavam muito por conta do ciúme de vocês. Mas se amavam muito, disso todos tinham certeza. – Alfonso olhava fixamente nos olhos do amigo, enxugou as lágrimas. Carlos deu um aperto no ombro de Alfonso – Era totalmente visível sua cara de idiota apaixonado Alfonso, por Deus! Vocês eram uma ameaça a glicose da turma inteira – lembrou rindo, fazendo Alfonso dar um meio sorriso.

Alfonso: Foi a melhor época da minha vida... – suspirou – eu vou lutar Carlos. Não desisti até hoje desse amor que me sufoca, que machuca, que me faz sentir vivo. Vou ter a minha pequena de volta! E aquela casa vai voltar a ter todos os dias o som daquela gargalhada que contagiava a todos nós – falou sorrindo e Carlos assentiu.

Empezar Desde Cero (Mini)Onde histórias criam vida. Descubra agora