Capítulo 25

675 43 4
                                    


Anahí: Quem é você e o que faz na minha casa?

Xxx: Sou Claudia e aquele ali é o Lucca, meu filho. – Anahí cruzou os braços a encarando – Filho venha cá! – o menino se aproximou e Anahí sentiu seu estomago revirar.

Ele tinha os olhos de Alfonso, os cabelos também. Os traços do rosto, o nariz, tudo. Era um Alfonso em miniatura. Ele devia ter mais ou menos a idade de Manuela. Fechou os olhos e voltou a abri-los. O menino estava parado a sua frente e sorria. Ele tinha as covinhas de Alfonso. Seu coração se apertou.

Anahí: E o que eu tenho haver com isso? – estreitou os olhos, desviando o olhar do menino para a mulher a sua frente.

Claudia: Olhe bem pra ele, acredito que não preciso de explicações. – encarou Anahí desafiadora. – ele é a cara do pai! – sorriu satisfeita. Anahí riu nervosa.

Alfonso fora mesmo capaz disso? Sentiu um enjoo forte, mas não tinha nada no estomago. Há dias que mal conseguia comer.

Lucca: Mamãe quando eu vou ver o papai? – perguntou inocente, segurando na mão da mãe.

Claudia: Logo filho, vamos esperar ele chegar – cruzou os braços e encarou Anahí mais uma vez. – Alfonso demora?

Anahí: Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe! – falou ríspida – Fátima? – chamou. Logo a empregada apareceu – onde estão as meninas?

Fátima: No quarto senhora... – a mulher olhou para Claudia e depois para Anahí – Desculpa por deixar ela entrar... ela insistiu.

Anahí: Tudo bem Fátima. – deu um sorriso fraco para a mulher que demonstrava estar com medo. – estarei lá em cima...

Deu as costas e subiu as escadas ao encontro das filhas. Chegou no quarto das meninas chorando. Abraçou as meninas que ficaram assustadas ao ver a mãe assim. Controlou a respiração, sabia que não poderia ficar nervosa por causa dos bebês. Precisava se manter calma na frente das meninas também. Primeiro a história do aborto, agora a traição e um filho. Um menino, que ele tanto queria e ela dera a ele duas meninas. Não teria forças para encara-lo. Precisava do abraço e o consolo de José. Ele sempre tinha as palavras certas para acalma-la.

Anahí: Nós vamos sair... – disse pegando Sophia no colo, segurou a mão de Manuela e a arrastou pelo corredor.

Manuela: Aonde a gente vai? – perguntou quando estavam quase na escada.

Anahí: Pra casa da vovó – falou rapidamente.

Assim que chegou na ponta da escada a porta da frente se abriu e por ela entrou Alfonso. Ele assustou-se ao ver Claudia e o filho ali.

Alfonso: Claudia? O que faz aqui? – perguntou segurando ela pelo braço – Eu te disse que não te queria aqui nessa casa! – gritou.

Claudia: Por quê? Pra continuar a esconder o seu filho dela? – apontou para a escada. Alfonso viu Anahí e se desesperou. Ela desceu as escadas chorando.

Alfonso: Any eu posso explicar... – disparou assim que ela passou por ele.

Anahí: Explicar o que? – gritou. Fátima apareceu na sala – Fátima leve as meninas lá pra cima. – enxugou as lágrimas. As meninas relutaram, não queriam deixar a mãe. Anahí abaixou-se para ficar da altura delas – Tudo bem, daqui a pouco eu subo e nós vamos ok? – as duas assentiram, estavam com os olhinhos mareados e assustadas.

Fátima levou Lucca também. Ele era uma criança e não tinha culpa de nada. Anahí esperou ouvir o barulho da porta do quarto das filhas se fechar. Estava tudo perdido pra Alfonso. Ele entrou em desespero. Mataria Claudia por ter de ver a tristeza nos olhos de Anahí. Ele tinha uma parcela de culpa. Durante cinco anos cuidou para que Anahí não soubesse de nada e agora a bomba tinha explodido. Carlos o havia alertado. E ele como sempre não ouviu o amigo. Agiu por impulso, por medo de perder a mulher que mais amou na vida. E agora estava a ponto de perdê-la.

Anahí: Quando? – pergunto rispidamente e encarou Alfonso.

Ele viu a frieza do olhar dela. 

Empezar Desde Cero (Mini)Onde histórias criam vida. Descubra agora